|| Diego Alcântara ||
📍Rio de Janeiro, Vidigal, Sábado, 10:00.
Acordo com um corpo se mexendo em cima de mim, e abro os olhos encarando a Laila se mexendo pra virar de costas pra mim, me fazendo sorrir.
Tô de quatro já pela novinha, e nem disfarçar mais eu sei, mas tá tranquilo.
Coloco os cachos dela pro lado, e passo meu nariz dando um cheiro no pescoço dela que dá uma risadinha me mostrando que já tá acordada.
— Laila: bom dia mô - ela resmunga preguiçosa virando pra mim e abraçando meu pescoço.
— Diego: bom dia cristalzinho - dou um beijo na testa dela que fecha os olhos e sorri.
— Laila: sabe o que eu tava pensando? - ela pergunta enquanto desenha círculos com o indicador no meu peito.
Eu murmuro um "hum?" curioso pra saber qual é a da vez.
— Laila: a gente tem quase uma relação, conhecemos família e tudo, e eu não sei nem o teu nome - ela diz e ergue o rosto pra encarar meus olhos.
Suspiro percebendo que isso é verdade, e que sabemos o mínimo só um do outro.
— Diego: tive uma ideia, eu vou te contar umas coisas sobre mim, e tu me conta umas sobre ti, pode crer?! - ela concorda animada sentando na cama, me fazendo rir da reação dela.
— Laila: pode ser sim, deixa eu começar com algo que ainda não te contei - ela olha pra unhas pensando e me olha com um sorriso maroto - eu fui a primeira filha mulher, neta, sobrinha e prima, então você tá saindo com a princesinha da família - engasgo com a saliva e ela gargalha da minha reação - super protegida sim bebê.
Me recupero do susto que levei e começo a falar também.
— Diego: o meu nome é Diego, mas pra ti é amor - ela ri envergonhada e eu puxo ela pro meu colo - e até tu surgir na minha vida, nunca tinha achado ninguém pra tentar algo sério.
Ficamos ali trocando informações sobre nós mesmos, até eu pilhar dar um churrasco aqui em casa pra continuar a comemoração do noivado da Gabi.
Depois de convidar geral, e organizar as coisas, sentamos na área externa esperando as carnes ficarem prontas.
Olho a cena e dou risada da cara debochada da Gabriela escutando o Th contar que o Coringa disse que nunca casaria.
Faço carinho com com polegar na coxa da Laila, que tá sentada no meu colo, tomando uma taça de gin que ela inventou de fazer.
Negócio bem ruim, doce abessa, sou mais uma cerveja gelada, ou meu whisky com energético.
Ela me olha enquanto pisca os cílios e eu já sei que lá vem um pedido.
— Laila: amanhã tu poderia almoçar comigo ursinho? - murmura me fazendo sorrir de lado pelo apelido.
— Diego: e quando eu nego passar tempo com a minha preta?! - ela sorri fazendo as covinhas aparecerem e os olhos quase fecharem.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Perdido no Paraíso
Romance📍 Rio de Janeiro, Nova Holanda. Laila, com seus vinte e quatro anos, é uma menina mulher que batalha diariamente pela sua independência. Nossa menina sempre foi calma e tranquila, recebeu muito amor desde criança, e batalhou muito pra conquistar se...