📍 Rio de Janeiro, Nova Holanda.
Laila, com seus vinte e quatro anos, é uma menina mulher que batalha diariamente pela sua independência.
Nossa menina sempre foi calma e tranquila, recebeu muito amor desde criança, e batalhou muito pra conquistar se...
Bebo um gole da minha cerveja devagar, enquanto faço carinho na coxa da Laila que tá sentada no meu colo conversando animada sobre alguma coisa com a namorada do MB.
Viemos almoçar aqui na casa da minha filha, e a grande novidade era que vou ser avô de novo.
E pra melhorar, de gêmeos, fiquei muito feliz em saber disso, o Coringa tá todo bobo, e eu entendo esse sentimento.
Solto a fumaça do cigarro pra cima, e volto meu olhar pra minha filha, que tá radiante conversando com os amigos dela.
Me mantenho em silêncio por alguns minutos, enquanto fico refletindo sobre esse momento.
Gabriela se tornou um mulherão, segura a responsa de um mundo nas costas, tem quatro filhos agora, e mesmo o Marcos sendo todo errado, depois que ela adotou ele, o moleque entrou na linha.
Eu entendo que ela nunca vai me deixar de lado, mas eu tenho que aceitar que meu bebezinho cresceu.
Suspiro dando um tapinha na perna da preta que me olha prestando atenção.
— Diego: vambora amor? Amanhã a gente vai pra praia junto com eles pô - ela concorda me dando um selinho e levanta do meu colo pra que eu consiga levantar também.
— MB: tudo tranquilo lá na boca coroa? - ele pergunta sério e eu concordo com a cabeça.
— Diego: só aquela meta que te passei ontem, que tô palmeando - ele concorda mostrando que entendeu que tô falando do Piolho.
Me despeço dele e da Emily, e passo minha mão por trás da cintura da Laila pra gente de despedir do pessoal.
Vamos em direção a saída e a minha gatinha nos acompanha.
— Gabriela: amanhã vocês cruzam aqui ou nos encontramos na praia? - ela pergunta abraçada na minha namorada que sorri pelo grude.
Essas duas se tornaram super amigas, e eu me sinto um homem sortudo pra caralho pelas duas mulheres da minha vida se darem tão bem.
— Laila: acho que a gente se encontra lá meu anjo, até porque quero passar lá em casa antes de ir, pra dar um beijo nos meus pais e convidar os meninos - ela concorda fazendo bico e arrancando uma risada da gente.
Nos despedimos da dengosa e eu dirijo até minha goma.
Estaciono e descemos do carro, deixo ela ir na frente enquanto dou umas ordens pros meus homens.
Entro em casa chamando por ela que nem me responde, e sigo até a cozinha pra tomar água quando encontro ela super entretida comendo um pedaço de bolo de chocolate que a moça que cuida da casa fez.
Abraço ela por trás dando um beijo no topo da cabeça dela que ri com a boca cheia e lambuzada de cobertura de brigadeiro.
— Diego: vou começar a te chamar de formiguinha amor, coé, não pode ver um doce - ela vira pra mim sorrindo enquanto bebe um gole do refri que ela serviu.
— Laila: para ursinho, você sabe que eu tenho um fraco por doce - dou risada concordando e ela abraça meu pescoço ficando na ponta dos pés e deixando um beijo no meu pescoço.
— Diego: semana que vem vou dar uma sumida preta - ela me olha confusa - tenho umas meta da facção pra resolver - ela faz um biquinho triste e eu deixo um beijo na sua testa.
— Laila: não quero não amor, eu tô muito acostumada a te ter pertinho sempre - sinto meu coração apertar quando encaro os olhos marejados dela.
— Diego: colfoi minha vida, tô na mesma pilha que tu, mas não tem pra onde correr não, teu homem é o dono da porra toda pô - ela sorri triste e concorda - mas relaxa, meu celular vai tá ligado 24/48 pra tu sempre.
— Laila: vou pedir pros mosquitinhos posarem comigo nesses dias - ela suspira e escora a cabeça no meu peito, voltando pro tamanho normal dela - não sei mais dormir sozinha amor - ela sussurra como se fosse um segredo e eu deixo um riso baixo escapar.
— Diego: vou sequestrar o Coringa por uns dois dias pra aprender qual vai ser a função dele lá dentro, daí se tu quiser, mando os moleque te trazer pra posar com ela e os meninos pô - ela sorri concordando animada enquanto se afasta do meu corpo.
— Laila: o que você acha da gente assistir nossa série enquanto come uma pipoquinha e fica agarradinho? Pra aproveitar enquanto eu te tenho só pra mim - dou um sorriso malicioso e ela gargalha negando com a cabeça - isso não mocinho, a gente precisa continuar Vikings - concordo fazendo uma careta e ela ri indo fazer a tal pipoca.
Vou até a sala, tirando meus calçados e minha camiseta e ficando só de calção.
Me jogo no sofá, aproveitando pra deixar um suspiro cansado me escapar. Essa semana foi corrida demais, e saber que semana que vem nem vou poder ver minha mulher, só piora minha situação
Preciso investigar aquele moleque mais a fundo, ver se tem alguma coisa de errada, não costumo errar quando não gosto de alguém.
Fora que preciso começar o treinamento do vacilão do meu genro, já que falta menos de um mês pra ele assumir o posto de sub.
Bolo um baseado enquanto escuto minha pequena cantarolar alguma coisa lá da cozinha e vir pra sala segurando um balde de pipoca e duas cervejas, me fazendo rir do malabarismo que ela tá tentando fazer pra segurar tudo nos pequenos bracinhos.
Levanto pra ajudar, e em seguida sento puxando ela pro meio das minhas pernas, que se aconchega colocando a bacia nas pernas, e abrindo a cerveja dela.
— Diego: pô amor, nunca te perguntei, tu tem algum caô de eu fumar perto de ti? - ela me olha confusa e em seguida pro beck na minha mão.
— Laila: não ursinho, eu não fumo, mas pra mim não tem nenhum problema, se você gosta, eu respeito - deixo um sorriso escapar dos meus lábios e ela sorri em resposta.
Deixo um beijo no topo da cabeça dela que vira pra frente de novo, pegando o controle da TV e ligando na Netflix pra colocar a série que ela me obrigou a começar assistir.
E pra falar a verdade, é muito boa, foda demais ver como que o bagulho funcionava naquela época.
Abro minha cerveja, dando um longo gole na cerveja gelada, e roubo umas pipocas, levando um tapa na mão seguido de um olhar feio dela pra mim.
Eu me amarro nesses momentos com ela, só nos dois grudados assistindo alguma coisa, enquanto trocamos um carinho.
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