9 │ 𝔲𝔪 𝔪𝔲𝔫𝔡𝔬 𝔡𝔬𝔢𝔫𝔱𝔢

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"I get so wrapped up in a world where nothing's as it seems, and real life is stranger than my dreams

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"I get so wrapped up in a world where nothing's as it seems, and real life is stranger than my dreams."

PRISONER

Dahlia estava de pé antes mesmo de Lucian e Isaac atravessarem a porta.

- Eu juro que posso... e-eu só estava... – se embolou com as próprias palavras. – Conversando, para esclarecer umas coisas, e...

- Conversando com quem? – foi Isaac quem arqueou uma sobrancelha ao questionar.

Quando Dahlia olhou para trás, encontrou nada além de uma mesa vazia.

O quê? Seu estômago se revirou em nervoso. Não pode ser. Ele sumiu?

Não.

Ele sequer esteve aqui.

Estava delirando de novo? Vendo... coisas?

- Meu amor? – sentiu o toque quente dos dedos de Lucian em seu braço. – Você está bem?

- E-estou. – não retirava os olhos da cadeira vazia, onde ele deveria estar. – Eu só...

- Com quem estava conversando?

Dahlia crispou os olhos castanhos.

- Pelo visto, com ninguém.

Ela estava tão atordoada que sequer ouvia as explicações de Lucian quanto a sua ausência até tão tarde. Ele dizia que a reunião terminara num horário incomumente tarde, por tratar com seriedade a condição de saúde de seu pai.

Isaac se despediu dos dois, voltando para casa após a carona à Lucian. Isaac não só era o melhor amigo e primo de seu namorado, como uma espécie de guarda-costas particular contratado pela mãe do rapaz – visto que a família Médici tinha muitos inimigos.

Ela logo sugeriu que fossem se deitar, mesmo que não tivesse a pretensão de dormir – não na intenção sexual da frase. Lucian podia ser um rapaz mudado desde a adolescência, mas mantinha em dia a regra do sexo só após o casamento. Eram poucas coisas que eles se permitiam fazer – bem poucas mesmo.

Diante do caos que tomava sua mente, ela sabia que, mesmo que quisesse muito, ela não ia conseguir descansar naquela noite. Com Lucian deitado ao seu lado, ela olhava para o teto rachado, ouvindo o ressonar tranquilo de seu namorado. Desejou ter esse sono tão profundo, mas sabia que no lugar disso, teria a mente castigada por pensamentos conflitantes.

Ele não existe, ela pensava, tentando se convencer disso. Ele não pode existir.

Observou por um tempo a rotação do ventilador de teto, sem perceber a forma como as pálpebras se fechavam lentamente.

- Não... – ela grunhiu, forçando os olhos a se manterem abertos.

- Você está bem? – a voz rouca e sonolenta de Lucian soou ao seu ouvido quando ele se aproximou. – Outro pesadelo?

FLORESCER PROFANOOnde histórias criam vida. Descubra agora