32 │ 𝔮𝔲𝔞𝔫𝔡𝔬 𝔬 𝔟𝔞𝔰𝔱𝔞 𝔦𝔪𝔭𝔢𝔯𝔞

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"But if you send for me, you know I'll come

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"But if you send for me, you know I'll come. And if you call for me, you know I'll run. I'll run to you. I'll come to you."

OLD MONEY

Naquela manhã, Dahlia despertou em um dia ensolarado e a primeira coisa que fez foi afastar as persianas para permitir que a luz do sol entrasse, suspirando ao captar o calor sobre sua pele e a esperança de que aquele poderia ser um dia melhor.

Tinha que se agarrar a isso, como quem se segura a um fio de luz no meio da escuridão. Não podia deixar que aquilo, o que quer que fosse, a consumisse dessa forma. Precisava dessa pequena chama de otimismo, que por um momento aqueceu seu coração, infundindo-lhe uma determinação renovada que a fazia não... desistir.

E foi com esse sentimento que ela seguiu para mais uma visita ao seu namorado, que vinha se recuperando bem, principalmente depois de descobrir que aquele ataque lhe concedera uma fratura isolada na ulna.

- Me diga, essa tristeza toda nos seus olhos é saudades de mim?

Ela sorriu, se esforçando para tentar esconder a profundidade da tristeza que Lucian havia captado em seu olhar.

- Sim. – não era uma mentira completa.

Ela sentia saudades da presença dele em sua casa, sentia até saudades de reclamar no ouvido dele sobre as assombrações. Sentia falta do tempo em que não tinha medo das próprias atitudes e dos próprios pensamentos quando estava sozinha, e sua única preocupação era sobre o paradeiro dele.

Mesmo com as constantes manifestações a apavorando e os pesadelos que não a permitiam dormir, naquela época com Lucian tudo era tão pacífico, confortável... ele era a segurança de um amor leve que a permitia respirar com calma em meio a tanta perturbação, sempre a guardando num abraço cheio de ternura – que foi exatamente o que ele fez naquele momento.

Lucian a puxou para os seus braços e ela se aconchegou em seu peito, fechando os olhos. Dahlia sorriu involuntariamente ao ouvir as batidas fortes do coração dele ressoando em seu ouvido... Era tão bom. Tão vivo. Tão verdadeiro.

Tão humano.

Apreciou, com certo deleite, os dedos masculinos acariciando seus cachos, enquanto observava o único nome escrito no gesso que envolvia o antebraço do rapaz – "pequena" ironicamente em letras garrafais e com um coraçãozinho do lado, na caligrafia dele.

Nem percebeu quando o sono a embalou rapidamente. Não era pra menos. Estava tão exausta pelas noites mal dormidas, que logo acabou cochilando.

O rapaz em algum momento também acabou adormecendo. Dahlia percebeu isso quando acordou, ainda meio sonolenta, suspirando profundamente o cheiro dele.

Mas ao ouvir a porta do quarto se escancarar, despertou de vez. Só uma pessoa entrava desse jeito no quarto de Lucian quando ela estava presente.

Clarice irrompeu no lugar com uma expressão séria. Seu olhar recaiu imediatamente sobre ela, que ainda tentava se ajeitar ao sair do colo de Lucian, toda sem jeito.

FLORESCER PROFANOOnde histórias criam vida. Descubra agora