40 │ 𝔞𝔪𝔦𝔤𝔬𝔰, 𝔞𝔪𝔦𝔤𝔬𝔰

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"And if I wasn't so fucked up, I think I'd fuck you all the time

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"And if I wasn't so fucked up, I think I'd fuck you all the time."

FUCK IT I LOVE YOU

Aya abocanhou um dos cupcakes da fornada que Dahlia havia acabado de colocar sobre a pia e deu um longo gemido.

- Isso tá delicioso. – murmurou, com os olhos fechados em satisfação. – Está tão bom, que poderia ser uma prova de amor.

- E é.

Realmente, era uma prova de amor – e de gratidão. Dahlia odiava cozinhar. Então, sempre que se propunha a cozinhar para alguém, certamente era porque amava a pessoa.

- Seria de bom tom pedir para fazer seu próprio bolo de aniversário com a massa desse cupcake?

- Não.

- Então me passa a receita, que eu mesma faço.

- Vou te passar a receita, mas não vou comemorar meu aniversário.

- Não vou discutir com você agora. Ainda tenho dias para te fazer mudar de ideia. – Aya comentou distraída, untando os ingredientes para preparar a cobertura dos cupcakes antes que acabassem comendo tudo.

- Já avisou sua mãe que vai voltar para casa hoje?

- Claro que sim. Quando apareço lá do nada, ela sempre leva um susto. E falando em susto... – voltou os olhos em fendas para Dahlia. – Nunca mais vi você levando susto com assombrações pela casa ao longo da semana. Parece que foi eficiente o acordo com o seu inccubu. Ele continua vindo todos os dias, sob seus termos?

Dahlia cruzou os braços e voltou os olhos para uma área escura do cabideiro, onde ela pensou ter visto algo se mover com a visão periférica, mas não havia nada.

- Sim. – respondeu, baixando o olhar, reflexiva diante das palavras da amiga. – Religiosamente, por mais irônico que seja.

Kayta aparecia absolutamente todos os dias, cumprindo fielmente com a sua parte, trazendo consigo aquela calmaria selvagem e contraditória que a fazia se sentir perigosamente confortável ao lado dele. As aparições haviam dado uma trégua graças a presença do inccubu. Fora os pesadelos, a semana seguiu sem quaisquer infortúnios.

No início, ela ficou hesitante com a ideia de tê-lo todos os dias na sua casa, principalmente depois do alerta daquele sonho estranho.

Ela temia as provocações constantes que ele certamente lançaria, afinal, a ameaça de Kayta foi bem concreta e clara. Ele iria enlouquecê-la. Tornaria isso um inferno para ambos, e segundo aquela voz profunda, ela não era forte suficiente para resistir à tentação.

"Eu sou a tentação."

Só de lembrar agora, sentia-se ridícula. Mas naquele sonho, ela estava tão... confiante. Não só dissera as palavras, como as proferira com convicção.

FLORESCER PROFANOOnde histórias criam vida. Descubra agora