18 │ 𝔦𝔪𝔦𝔫𝔢̂𝔫𝔠𝔦𝔞 𝔡𝔢 𝔭𝔢𝔯𝔦𝔤𝔬

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"Baby, you're no good for me

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"Baby, you're no good for me. You're no good for me. But, baby, I want you, I want you."

DIET MOUNTAIN DEW

Ela correu para o banheiro assim que seu corpo surgiu na sala vasta e intocada de sua casa. Não queria pensar no arrependimento corrosivo que fazia seu coração doer, não quando ainda sentia a calcinha quase pingando de tão encharcada.

Saiu jogando as poucas peças de roupas que vestia pelo caminho – só agora se dando conta de que não conhecia o vestido que cobria seu corpo.

Quê?! Ela resfolegou, averiguando as próprias vestes. O vestido era preto, com rendas nas costuras da base, tecido liso feito seda, confortável e larguinho o suficiente para explicar a facilidade que Kayta teve pra erguê-lo.

Mas que merda?!

Ele havia a despido? Dahlia sentiu o estômago contrair em nervoso, mas a sensação molhada entre as pernas dispersava arrepios que a impedia de pensar a fundo na questão.

Céus... eu o odeio tanto.

Abriu completamente a torneira para que a banheira enchesse mais rápido, enquanto praguejava em silêncio. Afundou na água fria, ficando imersa por um longo tempo, seguidas bolhas de ar subindo de suas narinas.

Se dependesse dela, jamais sairia dali. Preferia passar o resto do dia feito um cadáver engelhado na banheira do que encarar a dura realidade onde um demônio de beleza devastadora a masturbou e ela gostou de cada segundo.

Fechou os olhos com força.

Céus... eu me odeio tanto.

Ela aguentava a angústia de querer puxar o ar, se forçando a ficar imersa na água por quanto tempo fosse possível. O ódio, que sentia por ele e por si mesma, guerreava dentro dela. A frustração e vergonha parecia estrangulá-la. Já não sabia quanto tempo permanecera ali, se depreciando sob a cacofonia de ofensas que sua consciência murmurava.

Longos segundos.

Longos... e perigosos segundos, que em determinado momento se tornaram minutos.

Com os olhos castanhos bem abertos, a visão captava a refração da luz acima até que não houvesse mais bolhas de ar irrompendo de seu nariz ou mesmo oxigenação suficiente em seu cérebro.

Era um instinto irracional estar se punindo por isso. Pelo quê?

Por não resistir a um demônio.

Por não querer resistir a um demônio.

Principalmente quando este estava presente – fisicamente ou nos seus sonhos.

Como mentir pra si mesma dizendo que não gostava das sensações que ele lhe exercia? Do efeito que ele causava nela? Da forma como a tocava? Como a olhava?

FLORESCER PROFANOOnde histórias criam vida. Descubra agora