24 │ 𝔭𝔦𝔬𝔯 𝔮𝔲𝔢 𝔬 𝔭𝔯𝔬́𝔭𝔯𝔦𝔬 𝔡𝔦𝔞𝔟𝔬

374 37 83
                                    

"A touch

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

"A touch... from your real love is like heaven takin' the place of something evil, and lettin' it burn off from the rush."

CHERRY

O coração de Dahlia pareceu subir para a garganta com aquela pergunta tão repentina.

- Eu não entendo como isso pode ser da sua conta.

- Responde.

- Ok... – suspirou, evitando fitá-lo. – Aconteceu uma coisa no dia em que... No dia em que estivemos juntos.

- Qual dia?

Ela franziu o cenho, porque todas as vezes em que estivera com ele, ou ela acabava suplicando por mais ou se desfazendo em sua língua, momentos quase insuportáveis de serem recordados.

Mas ele parecia genuinamente interessado na resposta, e não apenas a provocando.

- No dia em que você me salvou. – esclareceu. – Quando você me trouxe de volta pra casa, tive um impulso estranho, na... na banheira. – suspirou, se recordando daquele momento angustiante. – E alguns dias atrás, aconteceu de novo no jardim dos fundos. Na verdade, não foi um impulso. Foi meio que um desligamento. Não consigo explicar direito, mas... foi muito forte.

- Você parece atordoada com a breve menção ao ocorrido, o que me faz supor que nunca tentou algo assim antes.

- Nunca. – ela afirmou com uma convicção que o fez erguer o queixo, satisfeito com a resposta, até vê-la crispar os olhos castanhos em desconfiança. – O que me faz pensar agora que essas intenções suicidas começaram a surgir depois que um certo demônio inccubu passou a me perturbar.

Ele franziu as sobrancelhas escuras.

- Mais insinuações desnecessárias.

- Então vamos ser diretos, o que acha? – cortou num tom acusatório antes de despejar sem delongas. – Por acaso, é você quem vem tentando me induzir a me matar, Kayta?

Num piscar de olhos, ele estava tão próximo, que Dahlia sentiu a respiração travar na garganta. Toda sua postura altiva ruiu e ela se retesou, erguendo o queixo e sentindo o coração disparar no instante em que seu olhar cruzou com o dele.

- Nunca. – respondeu baixo, com uma convicção ainda mais afiada que a dela. – Achei ter deixado claro que quero você bem viva e de preferência se contorcendo sob minhas mãos. Não estou interessado na sua morte, Dahlia. Tampouco no seu sofrimento, pelo contrário, eu quero a sua paz. – chegou ainda mais perto e sussurrou. – Eu quero o seu prazer.

Ela engoliu em seco, decidida a impor que ele se afastasse, mas...

Diferente de todas as vezes em que Kayta utilizara da pouca distância para intimidá-la, naquele momento, a proximidade parecia ter outro propósito.

FLORESCER PROFANOOnde histórias criam vida. Descubra agora