44 │ 𝔦𝔪𝔭𝔬𝔰𝔰𝔦́𝔳𝔢𝔩

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"Am I that girl that you dream of?"

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"Am I that girl that you dream of?"

PRETTY WHEN YOU CRY

Quando o dia seguinte chegou, ele não apareceu.

E no dia após esse, também não.

O fim de semana passou e Kayta permanecia distante. Ela não teve perturbações, no entanto a sensação de incômodo não diminuía. A aflição de imaginar que ele não apareceria mais.

Dahlia tentava se focar no presente, observando Lucian servir o café da manhã, ambos já vestidos para o trabalho. Ele estava impecável em um terno da Dolce & Gabbana, pronto para a reunião com os assessores da indústria, enquanto ela vestia o uniforme simples de saia e camisa da cafeteria.

Ela observou enquanto ele se sentava à sua frente, o semblante um tanto tenso. Já sabia que algo o preocupava, mas apenas esperou pacientemente até que ele decidisse se abrir com ela.

- Preciso falar sobre os planos da minha mãe. – disse ele, hesitante.

Dahlia cortava uma fatia de bolo e parou a faca no meio do movimento.

- Ah. – soltou, pensativa. – Finalmente decidiu ter essa conversa? Você disse que falaria assim que nos víssemos, mas continuou adiando... há dias.

Ele desviou o olhar brevemente, o que a deixou ainda mais desconfiada. Lucian era normalmente tão direto.

- Eu sei, mas... é porque, de alguma forma, achei que isso poderia ter uma solução mais fácil. Só que... – ele suspirou, como se buscasse coragem. – Minha mãe pretende te expulsar daqui.

Um silêncio pesado se instalou entre eles.

Dahlia largou a faca e fechou as mãos no colo, tentando processar o que acabara de ouvir. Seu olhar estava fixo no dele, buscando alguma explicação lógica, algo que tornasse aquilo menos... absurdo. Mas não havia.

- Eu tentei contornar. – continuou ele, a voz mais baixa, quase como se quisesse suavizar o susto. – Disse que, se ela insistisse em te tirar daqui, eu mesmo viria morar aqui, afinal... eu tenho esse direito. Pensei que, assim, "acolheria" você sob o meu teto. Finalmente iríamos morar juntos. Por isso, cheguei a te falar que seria algo bom... Mas ela não reagiu bem. – ele soltou um riso amargo. – Disse que seria uma péssima imagem para o filho do líder da congregação morar com a namorada sem estarem casados. E ainda jogou toda aquela conversa sobre moralidade, a igreja, o exemplo que eu deveria dar...

Dahlia sentiu um calor subir à cabeça. Sua respiração estava ligeiramente acelerada, mas ela tentou manter a calma. Não era a primeira vez que Clarice tentava afastá-la, mas aquilo... era baixo, até para ela.

- Então, agora, ela quer me expulsar. Só porque... – mordeu o lábio, tentando conter a amargura na voz. – Porque não sou quem ela queria para você, ou por que falei umas verdades na cara dela?

FLORESCER PROFANOOnde histórias criam vida. Descubra agora