Um amor em vermelho

capítulo 31

Chapeuzinho

Estava distraída pensando em como minha vida foi de 0 a 100 tão rápido, antes eu era só uma garota humana em um cidade com pessoas meio animal, agora eu era praticamente namorada do tão famoso lobo mau, e agora ele iria virar um lobo pra valer, será que tinha como piorar?
A aula acabou e então fomos para o intervalo, os meninos tinham vindo hoje, então não fiquei sozinha, se bem que ontem eu fiquei com Ace e seus amigos. Fomos para a cantina e lá sentamos em uma mesa e logo Ace e seus amigos se sentaram com a gente.

— Bom dia!!!– Jake falou animado.
— Bom dia, algo bom aconteceu, Jake?– perguntei e o mesmo me olhou.
— Não, nada aconteceu, só estou de bom humor.
— Ok…
— Chapeuzinho, você faz parte do Grêmio?– Vitor perguntou olhando para mim.
— Não, porque a pergunta?
— Nada de mais, só que talvez…
— Eu sou amiga do James, ele faz parte do Grêmio.
— Ah… Jamessss…– Gaspar falou com desgosto.
— Isso é rancor dele?– Luke perguntou olhando para Gaspar.
— Sim, James é meu vizinho e ele é o próprio demônio.– Gaspar falou cruzando os braços.
— É que o James é um cachorro, então Gaspar não se dá muito bem com ele, além de que eles se conhecem a muito tempo.– Oliver falou olhando para o nada.
— Pois então… pelo jeito Ake faltou novamente, não é mesmo?– Ace disse se aproximando de mim.
— Ele não é muito estudioso, ele prefere ficar em festas do que na escola.
— É, você realmente conhece ele bem.– Ace falou sério.
— É que eu conheço ele a mais tempo, mas também sei coisas sobre você, tipo… que suas orelhas abaixam quando fazem carinho nelas!!! Se bem que todos vocês são sensíveis nas orelhas.
— Menos eu!!! Eu não tenho orelhas!!– Luke falou sorrindo.
— Não acho que isso seja algo para se gabar.– Rudolf falou sério.
— Realmente, na minha cidade antiga todo mundo tem as orelhas exatamente iguais.
—  Se esse é o caso, suas orelhas não abaixam quando faz carinho nelas?– Jake perguntou curioso e todos olharam para mim.
— Não… eu só sinto cosquinha. Humanos são muito sensíveis em vários lugares.
— Tipo quais?– Os porquinhos perguntaram.
— Tipo, nas orelhas, pescoço, braços, axilas, costela, barriga, pernas, pés, e etc…
— Vocês humanos são realmente estranhos.– Vitor falou limpando as garras.
— Eu acho interessante que sou eu que sou estranha, porém vocês têm corpos meio humanos, então deveriam considerar que eu sou até normal.
— Verdade, chapeuzinho sempre acerta em tudo.– Oliver falou segurando minha mão.
— *tosse* puxa saco *tosse*– Ace falou fingindo tossir.
— Oliver não é puxa saco!!!! Quem você pensa que é para chamar meu namorado assim?!!!– Gaspar falou apontando o dedo na cara de Ace.
— Quem você acha que eu sou…– Ace encarou Gaspar e o mesmo se sentou novamente.
— Ok… mas ainda assim é falta de educação.
— É bonitinho ver você tentando me defender, mesmo que às vezes não dê certo…– Oliver falou sorrindo para Gaspar.
— Você é tão fofo…– Gaspar segurou o rosto de Oliver e beijou ele.
— Aí, que melosos…– Jake falou mostrando a língua.
— Daqui a alguns dias, você e o Dolf vão estar assim.– Luke falou rindo.
— Meu Deus… acho que precisamos terminar….– Jake falou brincando e todos rimos.
— Chapeuzinho, você é bem sentimental, né?– Vitor me perguntou.
— Sim, acho que sentimentos são complicados, porém as vezes precisamos entendê-los, se não acabamos nos afogando neles e depois esquecemos a pessoa que somos… eu já me deixei levar por eles, fui feliz, mas depois me machuquei e me senti horrível, achei que a culpa fosse minha, mas… depois encontrei motivos melhores para ser feliz.– falei sorrindo.
— Nossa, isso é realmente lindo.– Jake falou fingindo chorar.
— Ok, ok, mas agora temos que voltar para as nossas salas, o sinal vai bater.
— Então até mais.– Ace falou me dando um beijo na bochecha.
— Tchau…
— Ah, espera…– Ace segurou o meu braço e depois eu me virei para ele.– Isso aqui é seu.– Ace falou colocando a aliança em meu dedo novamente.
— Ah…
— Acho que deveria ter te dado essa aliança antes.
— A gente tinha terminado, mas eu não me senti tão bem por ficar longe de você.
— Esses sentimentos… fizeram ruim pra mim também.
— Ace eu…
— Tá tudo bem, o importante é que a gente se resolveu.
— Claro…