Bárbara Lindsey
As pessoas costumam idealizar muito a sensação de estar apaixonada, mas na minha nada humilde opinião não é nem um pouco como descrevem.
Acho que é mais parecida com a sensação de ser arremessada do Empire State Building esperando que a pessoa esteja lá para te pegar, quando na verdade muito provavelmente não vai ter ninguém te esperando com os braços estendidos e você só acaba se espatifando inteira no chão, e quando chega lá no asfalto frio e duro você descobre que ninguém te empurrou do topo, você se jogou sozinha.
Eu aprendi isso logo aos meus 16 anos quando conheci um dos amigos do meu pai. Ele não é nem de longe tão velho quando o meu pai, ficaram amigos em uma fusão das empresas e nunca mais se afastaram, mas o fato é que por mais que os meus olhos buscassem furtivamente os dele no meio das pessoas, os dele nunca buscavam o meu.
No começo era mais dolorido do que agora aos 25, como uma mulher literalmente, fisicamente e legalmente formada eu posso ao menos tentar ativamente, e se ele não me quiser mesmo.... Bem, essas coisas acontecem, corações são partidos diariamente e ninguém acaba morrendo por isso.
Puxei um pouco mais o decote do vestido para deixar os meus seios um pouco mais a mostra. Que droga, são tão pequenos que parecem dois limões.
Mas vão ter que servir.
Hoje é a festa de comemoração de nove anos da fusão da empresa do meu pai com a empresa do Eduardo, as duas eram grandes polos poderosos da cidade, e agora que se uniram quase que completamente dividem o monopólio do poder.
Abri a porta do banheiro tentando transparecer confiança, é uma característica que eu notei ao longo dos anos que atrai bastante o meu alvo.
Andei com um sorriso no rosto até o meu pai, que prontamente me abraçou muito feliz com as comemorações.
Desde que a minha mãe morreu a nossa família se resume apenas a nós dois, e eu tenho que admitir, eu gosto das coisas assim, não sei se reagiria muito bem a um novo amor a vida do meu pai.
— Está gostando da celebração garotinha?— Eduardo perguntou sorrindo e bebericando o líquido cor de âmbar em seu copo.
Esse é um grande problema que eu tenho que mudar imediatamente se quiser ter alguma chance, mesmo que minúscula.
Como fazer um homem que me chama de "garotinha" desde que me conhece começar a ter algum tipo de interesse físico e romântico por mim?
Eu vou ter que acabar descobrindo.
— A festa está ótima sim, perfeita o suficiente para comemorar a parceria de vocês dois.— Comentei com um sorriso no rosto. Longe de mim querer transparecer alguma coisa na frente do meu pai.
Em parte essa comemoração é minha também, comecei a fazer parte ativamente da equipe a cinco anos, e nesse período não tivemos nenhum tipo de festa interna, já estava mais do que na hora de festejar um pouco.
— Vou cumprimentar alguns convidados, querida, se quiser fique aqui e faça companhia ao Eduardo.— Meu pai disse com um sorriso sincero no rosto, passando por ele totalmente despercebido o meu interesse nada momentâneo pelo homem em questão.
— Claro, pai, fique a vontade.— Respondi um pouco ansiosa demais para ter um momento a sós com o Edu.
A nossa mesa é a mais afastada e localizada embaixo de uma parca iluminação, isso foi uma sugestão do meu pai, ele não gosta muito de estar em completa evidência. Essa sugestão dele me concedeu alguma vantagem por que se por um acaso o Eduardo resolver ceder a minha tentativa ninguém iria perceber absolutamente nada.
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Irresistível Desejo
RomanceSer amigo do pai de uma garota automaticamente faz com que ela, mesmo que linda, se torne algo proibido e incapaz de ser tocado. Eduardo sempre se orgulhou de ser um homem que sabe os seus limites, nunca se quer olhou para Barbara com outros olhos...