capítulo 9

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Barbara Lindsay

Eu estou uma completa pilha de nervos!

Hoje é o dia da reunião para a qual eu estou me preparando incansavelmente a longos dias, o Eduardo não me deu nenhuma mísera folga, todos os dias depois do expediente e durante os fins de semana nós repassamos o planejamento da reunião juntos para garantir que eu estou preparada, e graças a Deus eu estou.

O possível cliente das nossas empresas preferiu que a reunião acontecesse em um lugar mais neutro e particular então ele mesmo escolheu um restaurante. Logicamente eu preferia que se desse na empresa mesmo, acho consideravelmente mais profissional, no entanto o Eduardo me instruiu a fazer a vontade do cliente, isso mostra que estamos abertos a fazer algumas concessões se for necessário.

Edu veio pessoalmente me buscar para me levar ao restaurante, ele alegou que quer me desejar boa sorte pessoalmente para que tenha mais efeito.

Sorri ao pensar nisso, assim ele nem parece o homem sério que sempre é.

— Está nervosa?— Edu perguntou alternando o olhar entre mim e a estrada.

Quando eu fui me arrumar decidi que tudo o que faltou em profissionalismo na escolha do lugar eu vou compensar na vestimenta, por esse motivo coloquei um terninho social composto por uma camisa de seda branca, uma saia lápis preta até um pouco acima do meu joelho apenas pro praticidade para que eu possa dar passos mais longos, e um blazer também preto para compor o look final.

— O que me denunciou?— Perguntei sendo um pouco sarcástica por que sendo sincera, é muito claro o quanto eu estou nervosa, essa é a minha primeira reunião importante e eu sei que a empresa vai se beneficiar bastante caso eu obtenha êxito.

E se eu falhar... Bom, o conselho vai querer me comer viva com azeite trufado!

  — Você roeu o esmalte das suas unhas, já cruzou e descruzou as pernas umas cinco vezes e tá batendo os dedos nos documentos da reunião.— Ele disse me deixando um tanto quanto surpresa.

Desde quando ele presta tanta atenção assim no que eu faço?

Bom, ele é de fato um homem muito observador e deve ter achado graça os meus trejeitos tão alterados por uma simples reunião.

Acontece que ele já fez isso milhões de vezes, eu no entanto não fiz nenhuma.

Ai Deus, o que eu não daria para ter ele lá comigo?

— Estou com medo de estragar tudo.— Confessei apoiando as mãos em cima dos documentos me policiando para não começar a tamborilar de novo.

Eduardo parou aos poucos na frente do restaurante e se virou para mim, me olhando com atenção e me pedindo a mesma atenção com o seu olhar.

— Barbara, você está pronta para isso, eu não a colocaria nessa reunião se não confiasse que você vai conseguir. Você não vai estragar tudo, pelo contrário, vai entrar lá e vai se sair melhor do que qualquer um que pudesse estar no seu lugar.— Essa confiança foi tudo o que eu precisava ouvir de certa forma, por que meu peito encheu de força e coragem, simplesmente preparada para arrasar nessa reunião.

O dono da empresa Detroit, o senhor Elias, um homem de pouco mais de trinta anos, tem fama de ser bastante exigente, mas eu estou preparada para qualquer pergunta inquisidora que ele possa me fazer.

— Obrigada por confiar em mim, prometo não decepcionar. —  Falei confiante antes de descer do carro e agradecer pela carona, o meu pai sempre me ensinou a ter uma boa educação com o que quer que seja, então eu levo o ensinamento a risca.

Passei da soleira da porta do restaurante e perguntei onde poderia encontrar o senhor Elias, rapidamente fui atendida e me guiaram até uma ala privativa do restaurante.

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