Kate Bishop.- Você sempre foge!

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Narradora pov

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Narradora pov

    
      Um tempo de angústias, um tempo de despromessas e nem há mais tempo para planos, simulação de planos como costumavam fazer, não há contra-ataques de prazer, não há volução de muitas palavras. Ultimamente tudo tem sido tão vago para o casal... uma corda no pescoço que serve de enforcadura e atamento de braços pois se não atarem as mãos os dedos serão apontados nas caras, uma nova discussão será levantada. Mas acho que a corda tem apertado demais, ela tem desfeito a comodidade, ela tem alfinetado pois diante disso as mulheres tentam se soltar.

        S/N tem sua mandíbula travada enquanto Kate tem seu queixo instável, ele treme em uma frequência aparente. Ambos os músculos retraídos e olhos acusadores, um diante do outro, um apunhalando o outro em uma briga molhada, molhada pois as lágrimas já molham toda a circunferência dos olhos, só que nenhuma deixa que uma simples lágrima deixe os olhos, um ponto para o orgulho eminente.

- Eu te acusaria de traição se não soubesse de verdade quem é...- S/N começa.- Percebe que nunca temos tempo para nada? Para nós? Agora sempre é seu trabalho e...

- Eu faço toda a parte difícil, eu dou conta das coisas que muitos não dão lá dentro e você sabe disso... eu tentei, eu tento te manter perto de mim!- Kate tem sua voz embargada mas até então nenhum filete de água na pele.

- Que brilhante! Ela quer me "manter perto" quando me afasta.- Uma risada mórbida e sarcástica sai da boca da mais nova.- Parabéns Bishop, uma gênia.

- E você? Você nunca está disposta a se quer conversar! É sempre cansada demais e quando chego em você, você sai, você nem interage! Por Deus...- Passa as mãos pelos cabelos, as unhas pelo couro cabeludo em busca de neutralizar o medo de terminar. Sim, o medo de terminar, seu amor pela mulher à frente é maior que qualquer desculpa que use e ela sabe disso.

- Eu sempre estou cansada pois sempre o momento que você arranja é esse! O resto do dia que chego morta, o meio da noite que costuma chegar, nunca cedo, nunca em um horário normal e é sempre assim. O tempo que não temos, eu também trabalho... eu também me ocupo mas tento! Eu tento!- Os olhos se apertam em disponibilidades do choro.- Quantas vezes ja tirei folga para nós? Quantas vezes fugi do trabalho para tentar ficar pelo menos perto de você?- Suspira sem muita força, ela deixará derramar porque isso está se tornando necessidade.- Você nunca tentou fazer metade por nós...- Sorri sem graça, o sorriso desmanchado em seguida pois nem se quisesse poderia sorrir assim. Respirou fundo, transparecendo um calor interno qual não sente, limpou o canto dos olhos, a lágrima saiu mas nunca desceria por sua bochecha, ela não deixaria Kate ver.- Kate Bishop... Nossos horários não batem mais e eu tenho sentido tanto sua falta... eu tenho tentado tanto.

       Kate chora. Kate não se importa em chorar desta vez...
       A empresária já se sente vazia, parece que os últimos meses passaram por sua cabeça em um milésimos de segundos. E o medo novamente gela seu corpo... não há tentativas catalogadas. "E se ela pensar que fiz por mal? E se ela pensar que não a amo?".

- Eu não tenho o que falar.- Trava.- Nada que eu fale agora definirá o que sinto, o que quero sentir...- Seu interior se espanca em angústia e vontade de voltar atrás, pelo menos teria lutado como percebe ter de lutar agora.- Achei que não fosse sério, que ficaríamos bem e que haveriam saídas...

- Você nunca tem. Você sempre foge. Sua melhor opção tem sido fugir de todas as conversas que tentei que tivéssemos desde o início.- S/N tem sua ideia centralizada, ela não quer terminar mas se for preciso ela fará, ainda não quer aceitar isso.- É como se tentasse a todo custo escolher me colocar em segundo plano.- Entorta a cabeça de lado um pouco, uma mania de entendimento sua.- Você nunca quer resolver nada. Mas sabe de uma coisa? As coisas não se resolverão sozinhas! Não se resolverão se nós não mudarmos ambas as falhas.- Suspira.- Pare de procurar essas saídas que não existem, pare de se enganar e achar que no final do dia estará tudo bem pois contornar situações não entrega resolução. Se quiser mudar e ficar comigo, claro...

- Claro que quero!- Os olhos de Kate se arregalam, para S/N era uma opção "ficar", o "Se quiser..." entregou isso.-  Você é meu amor! A pessoa qual mais amo e... e...- Bishop rodeia a mesa para ir até a outra, para pegar suas mãos. Claro que sentiu-se feliz por ela não recuar.- Não quero viver sem você! Não sei e nem quero aprender como.

      Um sorriso breve nasce no rosto de S/N, de certa forma é um alívio escutar que Kate a quer, então daria uma segunda chance, assim como daria um terceira, uma quarta caso precisasse, porque ela mesmo precisa disso, de  Kate.

- Você está me fazendo ficar... vai mesmo fazer diferente? Vai se entregar para nós assim como eu tenho feito?- O medo de Kate não fazer diferente é grande mas o amor é maior, o amor expressivo fala mais alto. Ela precisa ficar perto de Kate, ficar do jeito que não estavam ficando antes.- Eu não quero te prender em algo inapto, nos temos sido inaptas umas para a outra. Nós nos tornarmos um problema, uma para a outra, um problema pois incomoda.

       Kate encosta sua testa na da outra que aceitou o ato de dor como um bom grado, uma necessidade ardente, elas se escoram uma na outra, esse é o pior quando se tem de andar juntas e não se escorar para manter um relacionamento manco.

- Óbvio que farei. Óbvio que quero fazer. Te perder seria a coisa mais idiota do mundo e eu estava fazendo isso por mim só. E nós consetaremos isso, não vou fugir desta vez.

- Obrigada.- Agradeceu por ela querer ficar, por saber que há amor, S/N não queria terminar porque a ama, sofreriam ambas.- desculpa por não ter tanto tempo também..- A mão direita solta a de Kate para ir ao seu rosto, ela limpa os resquícios de lágrimas novas no rosto da noiva, passa a mão tensa e trêmula na lateral de sua face em carinho cuidadoso.- Eu te amo tanto...

- Eu te amo mais que posso imaginar e não quero nunca que terminar seja a melhor opção, que seja nossa resposta pois não suportaria. Quero você, peço desculpas pelo tempo, pelo carinho que não te dei, pelos almoços triste sozinha... esses eu senti também, foram horríveis assim como a volta pra casa separadas, eu odeio ter que vir sozinha...- Cola seu quadril ao dela.

- São horríveis, eu também sinto falta de vir com você, as tardes são tão insuportáveis sem você... chegar em casa e só sentir seu cheiro nas roupas é desconcertante.- S/N trás seu braço ao ombro de Bishop, suas declarações deixam-na mais confortável. Estão admitindo para si mesmas na frente dos sentimentos os resultados da separação.

- Você cheira minha roupa?- Faz uma careta, ao mesmo tempo que passa os braços pela cintura da noiva.- Mas digo que também sinto falta de nossos banhos demorados, de nossos carinhos perfeitos, nossas preparações para dormir e de seu corpo, de seu sentimento em resposta do meu... ah meu Deus!- Exclama com um sorriso divertido no rosto, pela primeira vez.- Eu sinto falta de nossas massagens...

- Seu perfume é o melhor, como não cheirar sua roupa?- Pela primeira vez em semanas se sente confortável em beijar a boca de Kate, percebe a falta que faz.

- Me Beija mais!

   
     

𝐈𝐌𝐀𝐆𝐈𝐍𝐄𝐒 𝐒𝐓𝐄𝐈𝐍𝐅𝐄𝐋𝐃Onde histórias criam vida. Descubra agora