Hailee.- Faça algo que quer.

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Narradora pov

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Narradora pov

          O clima não é dos melhores, o que antes era uma aliança forte agora é uma coisa irreconhecível, diluída e... instável. Trabalho e vida profissional sempre em primeiro lugar, não é? Claro. Claro que sim mas... somente quando a vida pessoal não é misturada, invasiva com a trabalhista, duas coisas distintas, versões de qualidades diferentes, duas distinções quais deveriam andar em harmonia para que seja bendita a paz interior humana de qualquer indivíduo. Bom... são ótimos planos, ótimas ideias, ótimos desejos de melhora. Porém, sempre há o "mas". Esse "mas" é a coisas mais infiel à toda essa narrativa, à satisfação agora.

- Hailee, tudo pronto?- A mulher do figurino de Steinfeld entra na sala.

- Já, já estou.- Suspira frustrada, um tanto ansiosa, não vê a hora de encontrar a dona do evento, mas sabe que o clima não será o melhor. E é esse o ponto, a culpa de sua vida profissional e pessoal andarem se batendo.

- Vamos seguir para fora, vou avisar James sobre a sua espera.- Ela abre a porta por completo. E Hailee somente respira fundo trancando sua respiração, a soltando gradativamente como sintoma de tentativa contínua e vívida de melhora interna. Após então passa para o corredor e desce as escadas sendo seguida pela mulher de sua produção.

          Há mais ou menos uma semana ela brigou com seu "caso" que mantinha por trás das câmeras. Ambas querem coisas diferentes, caminhos diferentes e as palavras ditas foram duras, para pior sensação de ambas que se amam, se amam demais e isso não deveria acontecer, combinaram de ser somente "amigas com benefícios", mas não deu certo. As admissões sentimentais foram motivo de alegria pela reciprocidade no início, mas, agora... agora é motivo de chateação, declararam amor mas também declararam diversas outras coisas, coisas que não deixaram de doer profundamente, não por serem o que são, mas pelo modo como foram ditas.

- Pode só...- Fez menção a ajuda, precisa de ajuda para quebo vestido esteja intacto e belo para o evento.- Obrigada.- Agradeceu assim que a mesma mulher lhe ajudou a entrar no carro tranquilamente, a ajudou a portar o vestido de brilhantes e pedrarias rentes ao tecido escuro que gruda ao corpo, o molda.

           Em resultado dos acontecimentos e das discussões que ocorreram, ela se sente triste em ir para a confraternização da mulher somente porque está confirmada na lista, não porque quer de fato presenciá-la de tão perto, sentir seus olhos instáveis sobre si. Esses são os motivos de quando se sentia bem. Hailee antes ia por pura felicidade, por pura vontade. Agora ela vai por obrigação, não poderia desmarcar o que havia marcado.

         A chuva por sorte cai fraco lá fora, tem certeza de que está frio e nem trouxe um agasalho, outro item da lista de decepções.
     A medida que vê as luzes da noite pela janela sente a angústia da chegada, Hailee não se sente muito bem e é um fato eminente, a angústia aperta seu interior.

      Longos minutos de espera e euforia ansiosa foram gastados a caminho do evento, até a hora de chegada. Quando chegou, Stenfeld teve a vista do Red Carpet por onde passaria. Respirou fundo mais uma vez e abriu a porta do carro, a medida que suas pernas se fixavam no chão em passos lentos milhares e milhares de flashes lhe banhavam, câmeras por todos os lugares, e novamente optou por manter uma bela pose estufando o peito e sorrindo para todas elas, passando a imagem inabalável, abalável? O que é isso?
        Sentiu a suficiência de ficar e entrou de fato no lugar que conhece a festa. Um tema chique, um espaço amplo e tudo remete a o que conhece, de algum modo ela sabia que tudo estaria aqui e que seria assim. Seu sentimento lhe pega em surpresa novamente, está deslumbrada com o que está acontecendo. Notou pessoas conversando, algumas poucas somente olhando o que acontecia a volta, pessoas indo e vindo, pessoas quais nunca viu e outras quais conhece bem.
       
         Hailee optou por ficar só por instantes, se acostumar ao ambiente, não muito frio, não muito gelado. Aproveitou e pegou uma taça de champanhe de uma pessoa que lhe serviu. Não queria admitir para si mas também procurava, os olhos não param quietos e eles imploram para que a mulher venha a seu campo de vista. Será estranho, mais uma vez se lembra de que não está bem com isso, mas é a necessidade idiota de seu sentimento machucado que se arrasta por ela, que implora em silêncio. Chega a ser humilhante que tenha que se policiar assim.
         Steinfeld andou e observou as janelas, a iluminação um tanto quanto curiosa do local, a decoração, absorveu a música com perfeição e se deixou perder de frente à um dos pôsteres com a imagem da prestigiada... como podia ser tão... ela? Está sem vê-la presencialmente, carne e osso, olho no olho, sentimento no sentimento há um tempo e é melhor assim, não? Pensa ser melhor assim.

𝐈𝐌𝐀𝐆𝐈𝐍𝐄𝐒 𝐒𝐓𝐄𝐈𝐍𝐅𝐄𝐋𝐃Onde histórias criam vida. Descubra agora