Nadine Franklin.- Foi ali que me dei conta de que te amava.

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Nadine pov

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Nadine pov

         As coisas nunca são fáceis para quem as faz pela primeira vez, ou melhor, por um período fresco. Quando algo é novo e você quer fazer sem conhecer, mesmo que haja ao menos um visão exterior sobre aquilo, irá dar errado algumas vezes. A maioria delas... isso até você aprender a dançar conforme a música, e melhor ainda se você não dançar sozinho.
          E sobre dançar sozinho, eu escolhi a pessoa muito bem. Já fazem alguns anos -sete- dos quais não danço sozinha, dos quais não passo frio ou solidão aqui no Alaska, dos quais ando com calor.

          Quando me mudei pra cá eu sabia das dificuldades, já comecei não tendo apoio como Daryan tinha da parte de mamãe. Era eu por mim mesma em um lugar qual nunca pisei meus pés antes, não conhecia ninguém e estava só, meio perdida. O pior é que eu vim com o intuito da faculdade, me dei bem do meio para o fim dela, mas o início de adaptação foi uma solidão única... nunca achei que fosse tão ruim ficar sozinha, eu gostava de ficar só, eu achava que gostava.
       E então, foi aí que a vi. No mesmo ano que eu, mais velha alguns meses, um cabelo sedoso, brilhante, uma pele sadia, um humor perfeito. Ela adorava livros, sempre andava com um diferente nas mãos e... tinha uma namorada.

         Eu nunca tinha visto algo pelo que lutar no quesito "amoroso" antes. Não mesmo. Mas eu gostei do sentimento, eu gostei da voz dela, eu gostei da maciez das mãos em minha pele, eu gostava do movimentos dos olhos, eu gostava do sorriso e de como ela era uma alma dourada. Eu gosto. Eu gosto...
       Então a namorada não foi um empecilho. Comecei a puxar assunto com a garota, eu gostava daquilo e ela também, durante as aulas nós formávamos dupla em todas matérias, nós falávamos de bobeiras em todas as matérias, nós nos conhecíamos em todas as matérias. E... eu me apaixonei, o que era um interesse virou paixão. E quando ela me disse -no final do bimestre de inverno- que estava em dúvida sobre o que sentia e que a namorada não estava envolvida naquilo, eu a beijei. Eu nunca havia beijado ninguém daquele modo, não com tanta vontade, queria me fundir ali, ser parte dela de algum modo e queria que ela sentisse isso. Depois nós nos olhamos e ela quem me beijou.
         Naquela noite de sábado éramos nós duas, no banco de seu carro aproveitando-nos e matando as vontades de nossos corpos. Um dos melhores dias de minha vida.

         E não demorou muito até que ficássemos juntas de verdade. S/n terminou com a garota, ela terminou um relacionamento de dois anos e sete meses para ficar comigo.
          Era um dia de frio e eu me acostumada com a ideia de poder beijá-la em público, mostrar que era minha e que eu era dela. Ela é minha.
      
        Como duas adolescentes sem muita cabeça, terminamos aquela tarde banhada de neve roubando alguns cigarros e um litro de tequila quente de uma conveniência. Nós nos sentamos em cima do capô de seu carro em frente a um lago congelado, coberto pelo branco gelado, longe um pouco da cidade e tivemos uma conversa. Uma conversa memorável e crua.

        "Nada vai ser como antes, você sabe" ela disse.

       "Eu sei. Espero que seja melhor que antes. Eu gosto do agora" fui honesta. Não escondia que estava gostando de que ela tinha deixando a outra para ficar comigo.

𝐈𝐌𝐀𝐆𝐈𝐍𝐄𝐒 𝐒𝐓𝐄𝐈𝐍𝐅𝐄𝐋𝐃Onde histórias criam vida. Descubra agora