Hailee.- Também senti saudades, Haiz...

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Hailee pov

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Hailee pov

        Estou em uma festa, ou melhor, uma reunião social que o pessoal do elenco de Hawkeye organizou, tem algumas pessoas selecionadas e um tanto íntimas já. E eu sou uma delas, claro. Fico feliz que tenhamos terminado a primeira temporada com ótimas críticas, com ótimos olhos do público, é um sonho realizado trabalhar com esse pessoal e me sentir bem com isso.
     Mas confesso que estar aqui, desse jeito não é o que eu bem queria. Na verdade, estou me achando uma chata pois tenho uma expectativa sobre algo... S/n, está pra chegar de Chicago, onde gravou o resto do filme que estava fazendo pra companhia da Netflix. Então estou encarando o telefone, esperando que me ligue ou ao menos mande uma mensagem para que eu possa ir pra casa, pra ficar com ela, pra descansar meu corpo cansado no dela. Então sim, eu estou sendo uma careta esta noite.

- Hey Hailee!- Florence me chama, ela se aproxima com dois copos na mão.- Toma.- Me estende o recipiente que eu pego.

- Hey Flor...- Sorrio fraco para ela, sua animação merece um sorriso gentil.

        Ela se senta ao me lado no sofá curvado e suspira.

- Nada ainda?- Pergunta sabendo o porquê de minha chateação.

- Não, ainda não...- Meus lábios pareceram desanimar também, ao momento que minha cabeça se lembrou de que tenho que esperar, meu sorriso desmanchou-se.- Eu estou tão ansiosa, Florence, tão ansiosa...- Digo.

        Ligo a tela do celular pela vigésima vez em quinze minutos e desligo, nada ainda.

- Calma, ela vai ligar... por que não vai dançar?- Toma um gole da bebida.

- Porque estou cansada. Você quem me trouxe, lembra? Eu nem queria vir.- Sorrio novamente pra ela que também sorri, mas sorri com uma sobrancelha erguida.- Minha mulher está pra chegar e eu estou morta de tão cansada, com saudades dela, da voz dela, do toque dela e de dormir... só...- Suspiro.

- Bom... tem um ponto. Mas só quinze minutos não lhe faria mal, não?- Ela mexe seu ombro no meu, empurrando de leve.

- É... não faz. Pelo menos a movimentação me impede de cair no sono.

       Ecuto a gargalhada da loira ao à minha esquerda, é uma das pessoas mais animadas esta noite, quero dizer, todos estão animados, menos eu. E não que não esteja gostando, só preferia fazer outras coisas.

- E eu acho que já passou dos quinze minutos, não?- Ela tira sarro.- Parabéns, Stenfeld...

- Uhul- Ergo a mão e movimento em uma falsa animação.- Me sinto...- O telefone vibra e tem minha atenção no mesmo momento. "Amor, cheguei, mas pode ficar aí, deve estar legal e você deve estar aproveitando a beça. Boa noite, te amo muito!", eu vi a mensagem e meu corpo por inteiro se ascendeu, eu esperei pela chegada dela a semana, se não o mês todo.- Me sinto ótima!- Meu sorriso dói em meus lábios.

- Ela chegou?- Ela sorri mais pra mim, também sabe como esperei o momento de agora.

- Chegou, chegou sim.- Coloco o copo na mesinha de lado e ajeito minha bolsa enfiando o celular ali dentro de qualquer jeito e tirando as chaves do carro de minha esposa, que eu estou usando pois tem o cheiro dela e tem tudo do mesmo jeito que ela deixou antes de ir, uma RAM 2500 Laramie vermelha.- E é agora minha deixa...

- Pra isso você se anima, não é?- Ela se levanta assim que faço também.

- Eu já estava animada pra isso, só esperando o momento certo de expressar...- Abraço ela pelo pescoço com um braço desajeitado, meu afobamento não me deixa fazer nada por completo.- Obrigada por me fazer sair hoje, Flor.

- Mesmo que seja somente por quinze minutos.- Se separa de mim e dá de ombros.

- Mesmo isso. Bem, avisa pro resto do pessoal que saí, okay?- Ela assente.- Tenha uma ótima noite.

       E a última coisa que fiz antes de me virar foi sua piscada de um olho só, depois disso saí apressada, desviei de algumas pessoas em meu caminho e cumprimentei brevemente outras. O obstáculo final foi ter de andar um pouco, estacionei a caminhonete um pouco afastada pois é meio ruim de tirá-la perto de outros veículos, e digo isso pois já arranhei um carro menor com ela.

      Dirigi com calma, minha casa que divido com minha noiva não é muito perto e tive que ter calma. Ruas quase vazias por ser tarde, as avenidas estavam mais cheias.
      Meus pés batendo contra o piso do carro freneticamente, apertando o volante pra que as minhas mãos permaneçam lá e evitar que eu roa as unhas.
       O tempo não ajuda quando se sente muitas saudades, quando é grudada a uma pessoa e ela só sai por um tempo, eu me senti febril no início de seu trabalho, quando viajou, e só vim a melhorar quando completaram duas semanas de ligação por vídeo e áudios no café da manhã, no almoço e no jantar. Não só isso também, antes eu tinha uma rotina concreta com ela, e quando ela foi eu senti muito, muitas coisas mudaram e foi horrível, é horrível ficar sem ela.

     Quando cheguei, estacionei na vaga dela, ao lado da minha, meu carro intacto lá. Eu saí e apertei o passo, abri a porta de casa com cuidado para que eu conseguisse não chamar a atenção de Teenie ou Brando pois começariam a latir muito. Subi as escadas e quando cheguei na porta do quarto, abri com cuidado, tendo logo a visão que fez meu coração disparar mais que minha ansiedade fez... S/n quietinha, Martini entre seu braço e seu tronco, Brando deitado na curvatura de seu pescoço, por isso não foram me receber.

       Eu queria beijá-la mas está tão serena, me contentei em me aproximar e deixar um beijo em sua bochecha macia, sentir seu cheiro de novo ao vivo. Minha ansiedade parou, no mesmo instante eu me coloquei no lugar de calma. Ela está aqui finalmente.

         Me ergui novamente para querer uma muda de roupa e tomar outro banho, foi o que fiz feliz da vida, senti a água cair em minha pele, massagear por cima e me deixar relaxada por completo.
       Quando voltei para o quarto vi que ela moveu o rosto pra cima, para me ver, tendo o sorriso meu sorriso preferido no rosto.

- Hey...- Disse baixinho.

- Hey...- Fechei a porta do outro cômodo atrás de mim e terminei de ir até ela.

       Deitei à sua direita, onde Brando já não estava mais, então passei o cobertor por mim também. Foi automático, seu corpo no meu, encaixando nos mesmos lugares que adoramos, e meu reflexo foi agarrar sua cintura e cheirar seu ombro, afastar seu cabelo e passar meu nariz por seu pescoço, beijar de leve o local.

- Achei que iria voltar só mais tarde, hm?- Ela fala arrastada, me fazendo derreter.

- Não, eu esperei a todo momento por isso, ah meu Deus, como desejei só isso aqui...- Gemo baixinho.

       Ela ri em resposta, uma risada fraca.

- Também estava com saudades, Haiz.

        Me sinto como uma adolescente boba, é assim toda vez...

𝐈𝐌𝐀𝐆𝐈𝐍𝐄𝐒 𝐒𝐓𝐄𝐈𝐍𝐅𝐄𝐋𝐃Onde histórias criam vida. Descubra agora