Capítulo 12- Dracarys

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— Vou matá-la aqui mesmo, o que acha? Pode tentar gritar a vontade, estão todos lá em cima comemorando o dia livre, ninguém vai ouvi-la, nem mesmo seu escudo. – Jim tenta me agarrar, mas consigo desviar e correr para fora do quarto, corro em direção ao corredor que leva para a sala de reuniões, mas ele consegue me alcançar e me joga contra a parede, bato com o rosto nela, sinto algo escorrer na minha pele, meu sangue, quando ele tenta me levantar, chuto sua barriga e ele cambaleia, aproveito para levantar e correr.

Eu preciso fazer alguma coisa, se Colin descobrir o que eu sei... Merda. Continuo correndo, os corredores são muito confusos, são tão iguais, desço dois lances de escada, logo consigo achar a porta que dá para a saída, corro em direção a parte de trás do Rochedo, mas de repente, sinto uma dor se alastrar pela minha perna, ela fraqueja e eu caio. O maldito acertou uma flecha em mim, tem mais três guardas vindo em nossa direção, quando consigo me levantar, outra flecha me atinge, dessa vez na barriga.
— Não adianta tentar fugir, não há para onde ir. Por que foi se meter onde não foi chamada? Agora vou precisar dar um jeito em você, princesa. – Arranco as flechas. Puta merda, que dor. Ele chega mais perto, quando está prestes a me agarrar, enfio uma flecha em sua barriga, o suficiente para enfraquecê-lo, mas que ainda pudesse andar. Corro, com muita dificuldade, ele está berrando, dizendo que vai acabar comigo.

Chego na grande construção, atrás da fortaleza, ouço mais passos atrás de mim, tem pelo menos seis guardas além de Jim, tento puxar o grande portão da entrada, mas parece estar trancado, quando vou tentar dar a volta, sinto um puxão no meu cabelo, vou com tudo no chão, Jim fica por cima de mim e começa a me enforcar, fica muito difícil respirar, me debato, mas a força de seu corpo em cima do meu dificulta qualquer reação minha.
— Você vai morrer hoje, sua vadia desgraçada. – Ele solta uma das mãos só para poder socar a minha costela, tento respirar e não consigo, minha visão começa a ficar turva, até que Jim se assusta com o rugido estrondoso de Storm, nesse momento consigo agarrar o punhal em sua cintura e acerto seu pescoço várias vezes, sinto o sangue em minha boca, jogo o corpo de lado, Jim está morto.

Consigo me levantar com dificuldade, um dos guardas puxa Jim para verificar, e quando percebe que não há mais vida nele, ordena que cortem a minha garganta por assassinato, corro para a parte de trás, sei que há uma entrada menor, Edda me ensinou, para não ter que pedir ajuda para abrir o portão maior toda vez que viesse aqui.

Entro e corro para me esconder atrás de Storm, preciso que todos eles entrem aqui.
— Saía, princesa, é o melhor que você pode fazer, não vai conseguir nos intimidar, os dragões estão presos e você está ferida, não tem para onde ir, seu tio deve estar trepando com alguma puta e não voltará tão cedo. Vamos lá, a melhor opção é você se render, talvez lorde Colin permita que você viva, se souber implorar direitinho. – Eles começam a rir, não vão entrar aqui, mesmo com os dragões presos, eles sentem medo.

Tento soltar Storm, ela pode conseguir derrubar o portão, só que as correntes são muito pesadas e muito resistentes, quando estou prestes a desistir, me lembro da coisa mais óbvia, eu prendi Storm para a segurança das pessoas, mas Aemond se recusaria a fazer, Vhagar deve estar sem as correntes.
Vou até ela para verificar, sinto um frio na barriga, não estou acostumada a ficar tão próxima dela, não sei qual pode ser sua reação, mas me surpreendo, ela reage muito bem ao meu toque, e levanta, dou a ordem para ela derrubar o portão, ela bufa e volta a deitar, só pode ser brincadeira...
— Princesa, já estamos ficando entediados. – Começo a entrar em desespero, Vhagar não me obedece por nada, então tento a coisa mais estúpida possível, subo na cela, mesmo querendo gritar de dor, me seguro com o máximo de força que ainda me resta, pois tenho certeza que ela vai se balançar até que eu caia, mas ela não faz, ela permite que eu fique montada nela.
*Valiriano*
— Vhagar, por favor. – Dessa vez quando dou a ordem, ela vai com tudo no portão e ele se rompe.

Ouço os guardas correndo em nossa direção, desço dela e me encosto ao seu lado, quando eles olham para ela, consigo ver o terror nos olhos de cada um deles, eles sabem do que ela é capaz. Cada um deles se ajoelha e o que estava desdenhando de mim diz:
— Por favor, não contaremos nada ao Lorde Colin, podemos ajudá-la, sei que está ferida, podemos levá-la até seu tio, nós só seguimos ordens. – Olho para cada um de seus rostos e sorrio.
— Você não soube implorar direitinho. Vhagar, Dracarys. – O fogo negro dela consumiu os corpos e até atingiu algumas árvores atrás, não restou nada além de cinzas.

******

Tento voltar para a fortaleza, mas a dor em minha perna piorou e a ferida em minha barriga não para de sangrar. Preciso avisar ao Sor Braith o que aconteceu, preciso tirá-los de lá agora, também preciso achar Aemond.
Olho para trás e vejo o rastro de sangue que estou deixando, mesmo assim continuo a tentativa, a pior parte vai ser tentar subir as escadas, quando começo a contornar o Rochedo para chegar a porta, ouço um grito de mulher.
— Pelos deuses, ela está sangrando muito. – Viro e encontro a mulher apoiada em meu tio, os dois estão de "olhos" arregalados, Aemond corre para me segurar e a última coisa que consigo dizer é:
— Eu os matei, precisamos sair daqui. – E depois disso tudo ficou preto.

******

Mais ummmm, beijo no coração de vocês🫶🏻
Ai gente, eu amo ler os comentários de vocês, juro, continuem🫶🏻🫶🏻🫶🏻🫶🏻🫶🏻🫶🏻

The Fate of House Targaryen - Aemond TargaryenOnde histórias criam vida. Descubra agora