Capítulo 60- Aemond Targaryen

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— Eles estão desconfiados de traidores. – Jace afirma.
— Preciso chegar aos corredores ao leste dos quartos. – Os três me encaram. — Quando Rhaenys esteve aqui, Jim ficou desconfiando dela a partir do momento em que ela esteve em um daqueles corredores, lá tinha uma porta com o brasão Lannister em destaque no centro, quero saber o que tem lá e porque aquele desespero todo. – Jaime começa a explicar que os turnos estão mais longos, no arco de entrada ao oeste do salão principal, apenas quatro guardas revezam, sempre são os mesmos. Faz sentido colocarem ao oposto do primeiro lugar que alguém iria procurar, também é longe da maldita porta "misteriosa".
— Acho que a melhor opção no momento é nos separarmos em duplas. – Jaime afirma. — Dois vão para oeste e dois para leste da fortaleza. – É arriscado? Sim, mas é a melhor opção. Vou com Jace para o oeste da fortaleza, seguimos até o salão principal e de lá entramos nos corredores, são cinco corredores que se abrem após o salão, vemos os dois guardas à postos.
— Está vendo o da direita? – Jace pergunta e eu confirmo. — Conheço ele, o idiota já perdeu inúmeros duelos contra Sor Ardyn, é péssimo em combate, o outro não sei quem é, mas a julgar por seu tamanho e a forma como está posicionado, provavelmente sabe lutar e treina bastante, esse é todo seu. – Ele conclui e sorri, me dando tapinhas no ombro como encorajamento.

Chega a ser patético de tão fácil que foi passar pelos dois idiotas, mas adentrando ao corredor do meio, conseguimos ver mais guardas, ouvimos algumas risadas bem ao fundo do corredor.
— Fique com a espada em mãos. – Ordeno a Jace. — Não deixe nenhum deles fugir, se alertarem a mais guardas, nós estaremos completamente ferrados. – Ele concorda e vai na frente, prefiro seguir pelo corredor à esquerda, há apenas três guardas em uma das portas, vou verificar rapidamente, mesmo tendo como objetivo apenas o resgate, podemos dar uma olhada e coletar o máximo de informações possíveis.
Sem dificuldade alguma, derrubo os três, um deles até conseguiu gritar por ajuda, mas Jace também ouviu e executou o suporte dele rapidamente.
— Não da para passar por lá sozinho, contei pelo menos dez deles. – Quando eu ia respondê-lo, ouvimos um barulho alto e muitos passos, abro a porta e puxo Jace para dentro do cômodo. Ficamos grudados na porta para conseguir ouvir o que estão falando lá fora, alguns gritam, parecem estar desesperados.
— Na sala do dragão, vai para lá agora. – Sala do dragão? Jace olha para mim com o cenho franzido.
— Eles invadiram, fiquem a postos, não deixem ninguém entrar. – Uma porta bate com força.
— Você ouviu sala do dragão também? Por que dariam um nome desse para uma sala na sede Lannister? – Jace começa. — Acho que já sabem que estamos aqui, devem ter visto Daemon e Jaime.
— Precisamos de mais tempo. – Ouço um barulho na sala em que estamos.
— Ouviu isso? – Jace sussurra e eu assinto. Olhamos em volta, parece uma sala pessoal, há estantes, uma mesa bem centralizada na direção da sacada, em cima dela há muitos papéis, um mapa de Westeros. Jace começa a vasculhar as coisas, vou até a mesa e olho os papéis, não tem nada demais, apenas alguns tratados, monitoramento de negociações de mercadorias e mais algumas besteiras políticas.
— Aemond. – Me viro e vejo Jace com um pedaço de madeira na mão, tem um pequeno buraco bem no meio da estante, como um esconderijo, ele enfia sua mão dentro do buraco. — Tem alguma coisa... Parece até uma alavanca.
— Puxa com força. – Falo para ele. Antes que ele consiga fazer isso, ouço a porta se abrir, imediatamente vou para trás dela.
— Ei, o qu... – Assim que ele entra falando, já fecho a porta e o derrubo. O homem tenta se debater, mas bato nele forte o suficiente para apagá-lo.
— Puxa logo. – Jace faz força, mas não acontece nada.
— Talvez não seja para puxar e sim empurrar. – Quando ele faz isso, a maldita estante se move como uma porta, tem uma escada que leva para um andar superior que estava escondido.

******

Depois de amarrar o idiota, escondemos ele na sacada e lacramos a porta, para que mesmo se ele acabar conseguindo se soltar, não dê para entrar na sala de novo, finalmente subimos para o andar secreto, chegando no topo da escada, há um único corredor com uma porta no final.
— Esse lugar me causa calafrios. – Jace afirma.
— Nem me fale, vamos logo. – Chegando de frente para a porta, tivemos um pouco de dificuldade para abri-la, estava muito emperrada, mas assim que abrimos, Jace vai na frente e é atacado assim que se distancia de mim, sendo jogado no chão, a iluminação do cômodo está tão fraca que não consigo ver quase nada, ouço Jace reclamar e um barulho alto, uma espada caindo, provavelmente é de Jace, vou na direção em que ele estava, mas sou atingido com força no rosto.

The Fate of House Targaryen - Aemond TargaryenOnde histórias criam vida. Descubra agora