Capítulo 86- In the middle of the fire

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Rhaenys Targaryen
Guardamar

Deitei alguns minutos só para relaxar e acabei adormecendo, acordo com um cheiro forte, um barulho de estalos, como... Abro os olhos imediatamente, fogo, há fogo por todos os lados, o cheiro forte é porque tudo está queimando, ouço gritos desesperados, pessoas estão pedindo por socorro, tento abrir a maldita porta, mas ela parece estar emperrada, começo a bater e gritar por ajuda.
Logo alguém consegue abri-la, saio rapidamente, o fogo consome o local inteiro, para onde eu olho há chamas altas, será impossível sair daqui.
— Princesa! – Ouço alguém gritar, olho para uma das salas e vejo Alionor, sua mãe está caída, o fogo consome a sala que elas estão, o desespero começa a bater, sem pensar duas vezes, eu simplesmente me jogo lá, passo pela chama quente, sinto meu corpo inteiro queimar, mas não paro, consigo chegar até elas, puxo Claire com a ajuda de Alionor, um homem alto e forte aparece, ele pega a mulher e joga nos ombros, a única coisa que ele fala é para nós duas sairmos dali o quanto antes.
Corro com ela pelos corredores do castelo, tentamos ajudar o máximo de pessoas possíveis, sinto minhas pernas queimarem, o fogo está encostando não só em minha pele, Alionor grita de dor, agarro seu braço e puxo ela escada abaixo, seus gritos são agonizantes, estou sentindo muita dor, uma queimação intensa, como se eu estivesse prestes a derreter, mas não paro de puxar a Mallister, finalmente conseguimos chegar a porta de saída, dois guardas correm para ajudar, um pega ela no colo e o outro tenta me pegar, só que não permito, eu consigo andar, saindo do castelo, percebo que o caos não está só por aqui, a vila inteira está pegando fogo.

— Você precisa tentar controlá-lo. – Um homem grita para mim. — Ou ele vai matar todos nós. – O encaro com extrema confusão estampada em meu rosto.
— O que? Quem? – Ele aponta para o céu e de início não consigo entender direito, minha visão ainda está um pouco embaçada por causa da fumaça, além de o tempo não estar bom para me dar uma visão completa do céu, mas quando esfrego os meus olhos com a água da chuva forte que cai e volto a olhar, vejo uma criatura pálida como a névoa da manhã, um dragão grande e branco acinzentado, a tempestade o esconde por algumas vezes, ele derrama suas chamas pela vila, ele pousa em cima de uma torre alta e logo solta um rugido gutural, parece estar consumido por uma sede de sangue, calafrios percorrem pelo meu corpo, não penso duas vezes, corro com dificuldade em direção ao Cannibal, ele parece estar mais perto, deve ter sentido o perigo, já ouço os seus rugidos em desafio ao Grey Ghost.

As chamas se espalham rapidamente pelas casas, pois ele não deixa que elas se apaguem, mesmo com toda a forte chuva, as casas que são feitas de madeira são consumidas em um piscar de olhos, subo em Cannibal com dificuldade, em algum momento da fuga, me cortei na perna, provavelmente na hora de puxar Alionor, a agitação do meu dragão é nítida, ele quer atacar e pela primeira vez, eu desejo e permito que ele faça isso.
*Valiriano*
— Vamos, suba... Ele é todo seu. – Falo e assim ele se lança ao céu.
O dragão fixa a atenção na nossa presença, seus rugidos são como ameaças, para mim isso não faz sentido, sempre ouvíamos histórias de que ele era "tímido", nunca ninguém falou sobre ele atacar, sempre ficou escondido, por que está atacando Guardamar?
Cannibal sobe o máximo possível, precisamos tirar a concentração dele da vila, o dragão nem vacila em vir atrás de nós dois, ele é menor e mais ágil, isso se torna um problema.
O primeiro impacto é desferido por nós dois, Cannibal agarra uma das asas de Grey Ghost, mas rapidamente o dragão agarra no pescoço do meu dragão, imediatamente pego uma das espadas presas à sela e tento machucá-lo, os dois se soltam, soltando rugidos de dor, mas não perdemos tempo, Cannibal agarra o pescoço do outro, puxando e tentando rasgá-lo, o dragão revida com suas chamas, fazendo Cannibal revidar da mesma forma, sinto meu corpo esquentar, parece que meu sangue está fervendo e aquilo dói.

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Narrador

A chuva apaga aos pouco as chamas que consumiam o castelo e a vila de Guardamar, algumas pessoas gritam de dor e horror, outras observam a batalha que ocorre no céu, explosões de fogo são vistas, uma mistura com os trovões que clareiam o céu, o que eles não conseguem ver é a batalha brutal, as tentativas de um rasgar ao outro, o fogo que atinge não só os dragões, como também a própria Rhaenys, a Targaryen tenta manter a calma e ditar ordens ao próprio dragão, mas ele já está imerso em sua sede de sangue, o objeto dele é matar Grey Ghost, mas o dragão não está cedendo tão facilmente, ele está demonstrando sua força como o dragão selvagem que é, ferindo e queimando Cannibal, com isso afetando também a montadora. Os dois começam a perder altitude, os dois estão com as asas feridas, mas essa luta está longe de terminar, o pálido dragão tenta descer, não está mais resistindo ao próprio peso, Rhaenys ordena que Cannibal faça o mesmo, ele obedece, para a surpresa dela, mas só faz isso porque o dragão inimigo fez o mesmo e ele quer ir atrás dele.

Enquanto Rhaenys passa por provações em meio ao fogo, em Porto Real o clima está fervendo, ao não encontrar Rhaenys e descobrir que nem Baela sabia onde ela estava, Aemond começou a entrar em um estado de desespero, ele sabia que Storm está no fosso, mas Cannibal não, o que lhe causa estranheza, já que se fosse para dar uma volta, ela levaria os dois, se ela levou apenas um e esse foi o Cannibal, algo está errado, levar o mais feroz dos dragões que ela tem e ainda por cima não avisar a ninguém para onde foi... Mas não é somente por isso que ele está assim, o Targaryen sentiu um angústia, sentiu que algo estava errado, um pressentimento, isso antes mesmo de saber que Rhaenys não estava em lugar algum da fortaleza ou de Porto Real.
Ao falar com alguns guardas, Aemond descobriu que a última pessoa com quem a menina falou antes de sair, foi com Rhaenyra, quando ele foi perguntar para ela, a irmã mais velha não quis lhe receber, Daemon o expulsou, o que quase causou um derramamento de sangue, eles sabiam de algo e não queriam falar, então ele decidiu recorrer a alguém que realmente o ajudaria... Jace, ele procurou por seu sobrinho e quando o achou, Baela já havia explicado a situação, sem pensar duas vezes, o filho mais velho de Rhaenyra foi atrás de explicações, mas ganhou apenas um "Não se preocupe, ela está bem.", o que não foi o suficiente para acalmar nenhum deles, e quando os primeiros raios do sol se fizeram presente, sem qualquer sinal da irmã, o caos tomou conta de toda a fortaleza, mas não por conta dela e sim porque chegaram notícias de que Guardamar estava perecendo pelo fogo de um dragão selvagem.

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Rhaenys Targaryen
Guardamar

Os dois estão muito feridos, mas não param de se atacar, Cannibal é maior e mais feroz, só que Grey Ghost tem a vantagem de sua agilidade por ser menor, pego uma lança e tento ajudar o meu dragão, isso desperta mais a fúria do dragão pálido, ele tenta me morder, mas Cannibal é mais rápido em me defender, ele o morde bem no peitoral escamoso do dragão, puxando com força, Grey Ghost desce com tudo no pescoço do meu dragão, tentando rasgá-lo, aproveito nesse momento e pego a adaga valiriana, enfiando ela na laretal do dragão, a afiada lâmina perfura e rasga o maldito, o fazendo urrar de dor, nesse momento meu dragão aproveita e rasga sua outra asa, mas dessa vez praticamente arranca ela, só que como um último acesso de fúria, Grey Ghost decide que é hora de queimar tudo, quando ele abre sua enorme boca e se prepara para nos queimar, tento correr para longe dele, mas o ferimento na minha perna dói e me faz diminuir a velocidade, sinto o calor das chamas se espalharem pelo meu corpo e depois disso tudo fica escuro.

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Boa tarde❤️
Tudo bemmm?

Um aviso, amanhã provavelmente não teremos capítulo, talvez nem segunda, ainda não sei, qualquer coisa aviso🫶🏻🫶🏻🫶🏻

The Fate of House Targaryen - Aemond TargaryenOnde histórias criam vida. Descubra agora