The Fate of House Targaryen - Aemond Targaryen

Capítulo 19- My paradise

Sinto que estou pisando em algo rígido e que parece estar molhado, tenho certeza de que meus olhos estão abertos, mas está um breu, grito por ajuda, minha voz ecoa pelo ambiente, eu me abaixo para tentar sentir no que estou pisando, tateio para tentar adivinhar o que é, está tão molhado, sinto uma cavidade, quando subo mais um pouco a mão, sinto o que parece ser um nariz, é um corpo, levo minha mão ao meu nariz e puta merda, é sangue.
Tento correr, tento me mexer, mas é como se meus pés estivessem grudados a esse corpo, sinto um calafrio, ouço um barulho agudo, como um arrastar de garras na parede, um rugido logo em seguida. Antes que eu consiga prever o ataque, sinto dentes sendo cravados em meu braço direito, tento gritar, mas meu grito fica entalado na garganta, tento me mexer, mas não consigo, só sinto uma dor muito forte. Ouço uma voz.
— Chega a ser engraçado, sabe, eu disse a você o quão perigoso seria se meter com coisas que você não entende, eu lhe avisei, por que não me escutou? Poderíamos ter vivido tão bem do outro lado do mundo, mas não, você tinha que bancar o herói, meu amor, infelizmente, isso custará sua vida. Aproveite sua morte. Dracarys.
E tudo o que vi foi uma luz branca, enquanto meu corpo era consumido pelas chamas.

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Acordo em um pulo, minha respiração está ofegante, mais um daqueles pesadelos, mais uma morte completamente diferente, minha cabeça está doendo, eu preciso de ar fresco, não vou conseguir dormir de novo. Desço a escadaria do castelo e vou em direção a cidade, preciso esfriar a cabeça, esses malditos pesadelos me deixam cada vez mais angustiada.
Ando pelas ruas de VilaVelha, a cidade é tão grande quanto Porto Real, mas é muito mais limpa e organizada, não é uma cidade que foi construída às pressas conforme o povo aumentava, essa aqui foi planejada e construída aos poucos. Está ventando, mas ainda assim sinto calor, provavelmente por conta da proximidade de Dorne, a cidade famosa pelo calor escaldante, não sei se conseguiria viver assim. Aqui mesmo de madrugada muitas lojas estão abertas, o movimento é intenso, há muitos guardas, me sinto segura, aqui posso andar sem esconder quem sou.
Chego próximo a uma grande biblioteca, ao que tudo indica é do Meistre Alfador, e é aqui que irei passar o resto da madrugada.

As portas duplas de entrada tem pelo menos uns cinco ou seis metros de altura, elas são de um carvalho escuro, assim que entro vejo grandes candelabros, o chão é de um verde, quase como preto, há grandes mesas de madeira, um tom um pouco mais claro que o da porta, há estantes das mais variadas formas, por exemplo, consigo ver estantes que podem ser levadas a qualquer canto da biblioteca, na base delas tem pequenas rodinhas de madeira que possibilitam a locomoção, nelas há livros acorrentados, as paredes contém estantes embutidas que guardam milhares de livros, todos eles são separados por anos, uma das primeiras estantes que cobre quase um corredor inteiro tem escrito "1 D.C - 5 D.C", assim que passo por esse primeiro, os outros corredores se erguem, consigo ver as escadas e as pequenas alcovas, com estantes que também são embutidas, essas são seleções específicas, cada uma delas é de uma casa diferente, existem as seções de diferentes continentes também, parece que eu entrei em um mundo totalmente novo.

Começo a caminhar entre os corredores, percebo que não há quase nenhum movimento lá dentro, não consigo entender como um lugar incrível como esse está praticamente vazio, mas não reclamo, assim tenho esse mundo inteiro só para mim.
Pego vários livros sobre a casa Martell, alguns sobre a casa Lannister e outros que falam sobre Essos, assim que me aproximo de uma das mesas, avisto o homem da feira dos escrivões, ele está sentado em um dos cantos bem próximo a alcova da casa Targaryen, parece muito concentrado em sua leitura, não acho que seja uma boa ideia atrapalha-lo, mas mesmo assim vou. Assim que me aproximo vejo diversos livros, a maioria é sobre o reinado de Jaehaerys I, mas o que está em sua mão é um que fala sobre a língua Valiriana.