Capítulo 67- A New world

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Narrador

Com o retorno de Daemon, Jacaerys e Aemond para Correrrio, as conversas entre Rhaenys e o rei se seguiram mais pacíficas, Baela e ela conseguiram ganhar o apoio e a ajuda de Lucerys.
Todos os dias antes da partida, eles se reuniram na sala do conselho, junto do meistre e alguns lordes importantes, assim como o rei e a mão do rei, para decidirem como prosseguir, a princesa Rhaenyra não ficou nada satisfeita ao saber que teria que enviar três filhos para outro continente, se posicionou contra, mas os irmãos conseguiram convencê-la, até certo ponto, de que seria seguro, já que Qarth não os via como inimigos.
Os planos arquitetados só seriam postos em prática se algo desse errado, coisa que todos torciam para que não acontecesse, mas eles não eram tão grandiosos, já que uma coisa é quando se está em terras vizinhas, ou pelo menos no mesmo continente, Qarth fica em Essos, a distância é absurdamente assustadora, os três ficarão "isolados".

Rhaenys recebeu um segundo corvo no dia seguinte da conversa com o rei, os meistres estavam com algumas suspeitas, certas marcações não faziam sentido, havia algo contraditório, Mael desconfia de que o mago não seja a única procura deles, eles estão atrás de outra coisa, Daeron contou a ela que o arquimeistre começou a falar coisas sem sentido, ele tem certeza que o homem enlouqueceu, a menina se sentiu completamente culpada, já que isso aconteceu depois que ela decidiu contar sobre os sonhos.
O arquimeistre tem recitado acontecimentos, parecem até mesmo eventos de antes da conquista, não se sabe dizer ao certo quais, mas algo o fez se apegar em um dos sonhos de Rhaenys, o sonho onde sua dragão era atingida e as duas caíam, Daeron disse que ele só recitava: "Passado, passado, passado". Depois o homem começava a falar muitas coisas sem sentido, misturando até um pouco de valiriano.
O grande meistre decidiu que irá afastá-lo, mas provavelmente o homem sucumbiu à loucura, os sonhos se tornaram a sua perdição, ele respira por eles, fala o tempo todo neles, não há mais o que fazer, pelo menos é o que eles dizem.

O rei Viserys decidiu que a visita deles permaneceria em segredo, por enquanto, já que não passariam despercebidos pelas Cidades Livres, mas a possibilidade de descobrirem naquele momento e agirem o quanto antes era grande, por isso, até que saíssem de Porto Real e voassem em direção à Essos, ninguém passaria a informação dessa viagem.
Por duas semanas seguidas, Rhaenys, Baela e Lucerys se reuniram com os conselheiros de guerra do rei Viserys, planejando e arquitetando formas de conseguir a confiança dos regentes de Qarth.
Qarth é nominalmente governada pelos Puronatos que se reúnem no Salão dos Mil Tronos. Eles lidam com os assuntos civis importantes, comandam a Guarda Cívica e a frota de ornamentadas galés que dominavam os estreitos entre os mares. No entanto, a Antiga Guilda das Especiarias, os Treze e a Irmandade Turmalina, três poderosas organizações comerciais, sempre se esforçam para participar do governo e das maquinações políticas da cidade.
Seria um trabalho difícil, levaria tempo, mas eles não tinham esse privilégio, as informações deveriam ser arrancadas o quanto antes, os Targaryens não dispunham das informações de avanços da busca de Halbrand, a chance de ele estar a um fio de achá-lo preocupava o rei e seus conselheiros, por isso, o rei Viserys decidiu que enviaria eles o quanto antes, haveria apenas o tempo de preparação e logo eles partiriam para Qarth, adentrando ao mundo novo, Essos, o completo oposto de Westeros.

Na manhã após exatos quatorze dias do retorno de Daemon, Aemond e Jacaerys para Correrrio, o trio de ouro partiu em direção à Essos, a princesa Rhaenyra ainda relutante quanto a essa viagem, inúmeras discussões se seguram por um tempo, Rhaenyra e Alicent deixaram a fortaleza vermelha em um clima de guerra, a união que já não existia, pareceu mais fragilizada ainda, o discurso da princesa era sempre o mesmo: "Se algo acontecer com os meus filhos, isso será culpa sua, pai", mesmo em um momento crítico, o discurso de Rhaenyra deixou Baela abalada, em momento algum ela se dirigiu a ela como somente a filha do marido dela, a princesa a chamou de filha, disse que Baela é uma parte de seu coração também, assim como Rhaena, perdê-las causaria a mesma dor de perder um de seus filhos, o amor e o carinho que Rhaenyra um dia sentira por Laena, não que isso tenha mudado, foi passado também para suas filhas, e mesmo que não tenha gerado as gêmeas em seu ventre, mesmo que não tenha sentido as dores de seu parto, ela as vê como suas filhas, isso causou intensa alegria e emoção para a menina, o amor de Rhaenyra a preencheu de forma sublime.

The Fate of House Targaryen - Aemond TargaryenOnde histórias criam vida. Descubra agora