Capítulo 33- Declared enemies

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Chego ao pátio e já avisto os guardas indo em direção ao fosso, para mandarem tantos é porque a coisa deve ser séria, na mesma hora penso em Storm, e se for uma tentativa de reduzir nossa força? Seria ótimo para eles que nós perdêssemos os dragões. Na mesma hora corro em direção a saída, mas sou puxada bruscamente.
— Você vai ficar aqui, isso é uma ordem. – Meu pai fala, coloca alguns guardas no portão da saída para impedirem que qualquer uma de nós saia e logo vai em direção ao fosso.
— Ele tá certo, é melhor ficarmos aqui. – Rhaena afirma, mas Baela me olha, já sei que ela concorda comigo. A passagem.
Nós subimos rapidamente para o meu quarto, Rhaena tentou nos convencer, mas só de pensar em alguém tentando ferir os dragões, nós ameaçamos amarrar ela, se tentasse avisar alguém, mas ela concorda em nos dar cobertura.

Assim que saímos da passagem, há pessoas correndo de um lado para o outro, estão em desespero, Baela para uma delas e pergunta o que está acontecendo.
— Eles estão matando todos os que tentam entrar no fosso, alguns deles já estão lá dentro, estão matando os guardiões e querem soltar os dragões para matá-los ou levá-los. Que os Deuses nos ajudem. – A mulher volta a correr em direção a rua que leva a estrada da saída de Porto Real.

— Nós podemos entrar no fosso pela passagem no pé da colina, mas teremos que ser rápidas. – O olhar de Baela é hesitante, mas ela toma a frente e me puxa, nós corremos e entramos na rua das irmãs, é a mais próxima da passagem. Antes de sair, por precaução, peguei a espada reserva de Joffrey e trouxe uma adaga também.
Chegando próximo a colina, nós vemos muitos guardas lutando contra homens com armaduras em tons de azul, com alguns detalhes pretos, só consigo ver o brasão quando chego mais perto de um que está caído, é o brasão da casa Trant, são vassalos da casa Baratheon, fomos traídos, merda.
Não é possível que os Baratheons tenham nos traído, a casa menor se rebelou, o que é péssimo, já que era uma das casas mais confiáveis de seu Suserano, estão aqui não só para matar o povo, estão para reduzir os dragões, eles estão com lanças banhadas em venenos, um corte daquilo é morte certa.

******

Entramos na passagem, imediatamente sentimos o fedor de sangue, na própria passagem achamos alguns corpos, tanto de guardas nossos, quanto dos invasores, ando com a espada em mãos, assim como Baela.
Assim que entramos pelo canto da arena, vejo Aemond lutando de um lado e nosso pai do outro, mais alguns guardas nossos estão ajudando Luke na entrada da arena, os dois, Aemond e Daemon, fazem parecer que é fácil demais, não tenho como contar a quantidade de corpos no chão.
Nós vamos pelo canto da arena, o mais rápido possível e sem que ninguém nos ouça, mas foi só chegar na entrada de onde os dragões ficam, que damos de cara com três homens, esses não estão usando armaduras azuis, e sim armaduras pretas com o símbolo de Braavos. Me inclinando, consigo ver que há mais deles bem dentro do fosso, nós só precisávamos passar por esses três, que lá dentro teríamos o apoio dos dragões, o único problema é que os três tem o triplo do nosso tamanho.

Não sou tão boa com espadas, sei apenas o que Luke me ensinou, como me defender de um ataque, mas foram poucas aulas, então não é garantia, só que para a minha sorte, Jace e Baela treinavam juntos, eles queriam ficar perto um do outro, então treinavam sempre que podiam.
Baela avança no da esquerda, ela tenta acertar as pernas para ele desequilibrar, ele se defende e puxa ela, os dois caem no vão da arena, o barulho é tão alto que atrai a atenção de todos ali.
Eu corro para próximo do vão, ali tem várias lanças de guardas caídos, quando olho para onde meu pai e meu tio estavam, os dois estão me olhando, não sei quem está com a pior cara.

Pego uma das lanças e consigo acertar o primeiro, não chego a afundar nele, ele apenas desequilibra o suficiente para que eu enfie a espada na parte exposta do elmo, ela atravessa o olho esquerdo dele.
O outro me ataca, mas antes que o golpe me acerte, outra espada bate na dele, o fazendo recuar com a força da defesa, mais um dos Braavosis vem em direção a nós dois, mas Aemond segura os dois, aproveito para correr antes que meu tio fale qualquer coisa ou me impeça, corro para dentro do fosso, ouço a voz de Aemond, ele está gritando meu nome, mesmo durante a luta, e posso jurar que ouvi alguns xingamentos também.

The Fate of House Targaryen - Aemond TargaryenOnde histórias criam vida. Descubra agora