The Fate of House Targaryen - Aemond Targaryen

Capítulo 36- Aemond Targaryen

Rhaenys dormiu tem alguns minutos, eu já deveria ter saído, Jace deve estar me esperando, mas eu simplesmente não consigo. Ela parece um anjo dormindo... Eu poderia ficar horas e horas só observando ela dormindo, de vez em quando ela alisa o meu peito para conferir se ainda estou aqui.
Levanto fazendo o mínimo de movimentos, ela se mexe um pouco e resmunga, está com os olhos meio abertos.
— Você já vai? – Sua voz sai bem baixinha e rouca, os olhos estão quase fechando de novo, dou um beijo nela.
— Sim, descansa, volto já já. – Ela tenta falar mais alguma coisa, só consigo entender o "Fica", mas logo fecha os olhos e apaga, está muito cansada.
Vou em direção a saída antes que eu decida ficar, é tão difícil ficar longe dela... Saio pela porta da frente mesmo, já está de madrugada, Sor Braith está de guarda, mas ele sempre acoberta nossos encontros, pelo menos os que ele sabe. Quando estou prestes a descer as escadas que levam para o pátio de treinamento, ouço uma voz.

— O que você estava fazendo no quarto da Rhaenys? – Assim que viro encontro Rhaena, está de braços cruzados e com uma cara péssima.
— Vim ver como ela está. – Ela se aproxima mais.
— Você é um desgraçado mentiroso, ela está indefesa, está ferida, se você tentou fazer algo a ela...
— Não preciso lhe dar satisfações, eu só vim ver como ela está, agora tenho mais o que fazer. – Assim que começo a descer a escada, sinto a mão dela no meu braço.
— Então talvez deva explicar essa visita ao meu pai. – Ela sorri, está agindo como se tivesse me encurralado. Pego ela pelo braço, sem delicadeza alguma, o sorriso some e os olhos se arregalam.
— Só vou dizer uma vez, você vai manter a porra da boca fechada, se não quiser que Porto Real inteiro saiba sobre suas visitas ao meu irmão. Acredite, Lucerys não vai gostar nada de saber que a futura esposa dele é uma vagabunda. É o único aviso, não teste a minha paciência, Rhaena. – Largo ela e desço, vou direto para o fosso.

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Ponta da Tempestade

Forca cinzenta estava praticamente vazia, quando Tommy fora lá para tentar receber uma explicação do porquê se aliaram a Dorne, os Lordes da casa já não estavam mais lá, fugiram para o encontro de Jaime Martell, são covardes demais para nos enfrentarem. Já estamos a um dia e meio nesse lugar e eu não aguento mais, esse lugar não tem praticamente nada, as tavernas são horríveis, fedem a estrume, é insuportável, mas nada é pior do que ter que aturar Jace no meu pé, o babaca não sai do meu lado nem por um minuto, apenas na hora de dormir.
Quero voltar para Porto Real, preciso de uma noite para extravasar, junto do idiota do Aegon, por mais que só se meta em encrencas e seja um pé no saco, ele ainda é meu irmão e melhor amigo, ele me conhece bem demais e sabe tudo o que me faz relaxar.

Tudo tem caído sobre mim, a pressão que meu pai tem colocado chega a ser sufocante, suportar e ter que resolver as merda de Aegon também já estavam me deixando no limite, e agora minhas preocupações com Rhaenys aumentaram mais ainda, nunca conheci ninguém que fosse tão viciado em bater na porta do perigo como ela, isso tá deixando minha cabeça a mil. Hoje um corvo chegou para nos avisar que Corlys já está em Porto Real, mas que só deveríamos retornar se tudo já estivesse ok por aqui, o que não está, nós precisamos auxiliar Hilghas e Tommy, já que perderam sua maior casa vassala, um dos maiores apoios dos Baratheons, o povo de suas terras estão revoltados, querem que eles se posicionem contra os Targaryens, assim como Trants fizeram.
Jace deu a ideia de tentarmos falar com o povo, no caso, ele falar já que eu não tenho paciência para isso, na minha opinião deveríamos matar alguns e dizer que é isso que faremos com os traidores, mas Tommy acha que isso só vai piorar, em certo ponto tenho que concordar, infligir medo com os dragões só vai aumentar a insatisfação com o povo, correríamos um risco de acontecer de novo a invasão no fosso e só de pensar na maluca da Rhaenys se arriscando de novo... Vamos resolver na conversa.