Capítulo 73- Obey me, you are mine

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— Você matou o Halbrand, pelos Deuses... – Ele levanta a mão para que eu bata. — Essa é a minha garota. – Bato na mão dele e indico a cadeira para ele.
— Sua expressão quando você chegou...
— Eles não são nada receptivos, nada mesmo. – Ele senta na cadeira e reclama da forma como foi recepcionado pelos Dothrakis, mostra o ferimento no ombro, ajudo ele a fazer um curativo, não foi nada demais e de acordo com ele, foi uma busca sem sentido. — Baela já voltou? – Explico a ele o que aconteceu, sobre as duas buscas que não resultaram em nada, digo que enviei Baela para o Mar Dothraki e deixa subentendido que ele deveria ir ajudar, já que essa era uma área dele, ele logo perguntou o que eu iria fazer, dei as mesmas desculpas, jogando sempre que Thy estava separando livros sobre as criações de Kallyonix, ele não precisa saber que já li vários desses e sei as informações sem precisar olhar novamente.
O estresse dele é apenas a frustração de quem não conseguiu informações e ainda foi atingido, Luke já está irritado com essa "missão", ele não queria vir, sempre achou muito arriscado, mas aceitou porque sabia que de qualquer forma eu e Baela viríamos.
— Só toma cuidado em Asshai, você está confiando demais nesses magos, esse interesse em você não é um bom sinal. E outra coisa, pensa bem, se esse Huldan consegue sentir onde você está, esse Thy sentiu você chegando, talvez Kallyonix possa senti-la também... – O questionamento de Luke faz muito sentido e isso seria uma vantagem para mim, o Halbrand está morto, agora eles precisam de outro comandante, um que se arrisque como esse idiota fazia, ou quem mandava em Halbrand pode finalmente dar as caras.
Lucerys repassou algumas coisas comigo, informações que tínhamos do mago e dos lugares da lista que entreguei para Baela, ele iria tentar encontrar com ela, risquei dois lugares que por serem próximos, eu iria verificá-los, ele partiria na manhã do dia seguinte.

******

Lucerys partiu essa manhã e eu estava me preparando para partir para Stygia, quando Huldan me requisitou.
— O que você vai fazer é muito arriscado, minha querida. – Ele afirmou para mim. — Mas sei do que você é capaz... Boa sorte! – Finalizou e disse que talvez eu devesse levar mais comida dessa vez.
Assim que sai de lá, comprei mais alguns carneiros, pendurei em Storm, desci no mesmo lugar com ela e deixei um carneiro para ela não achar que estou trocando-a.
Dessa vez eu estou mais preparada, coloquei minha armadura completa, coloquei as duas espadas cruzadas na parte de trás dela, o chicote está pendurado na minha cintura, assim como duas adagas, uma em cada coxa, não sei se pode ter outros iguais aquele basiliscos, provavelmente, agora entendo porque ninguém pisa nessa cidade, além de ter um dragão selvagem, há basiliscos, seu veneno paralisa todo o corpo e você consegue observar enquanto ele te devora... Aterrorizante.

Chego com facilidade na cratera, já vejo Cannibal deitado ao lado dela, ele abre os olhos assim que aproximo, logo levanta e solta um rugido, coloco os carneiros na frente dele e jogo a sela improvisada ao lado dele.
*Valiriano*
— Eu trouxe mais comida. – Ando lentamente para o lado dele, que está concentrado nos carneiros, subo nos escombros do edifício, tentando ficar mais ou menos da altura dele, essa maldita sela pesa muito, mesmo não sendo como as que usamos, tive que pedir para fazerem uma improvisada, nem se fizessem uma igual a de Storm, eu não conseguiria colocá-la nele, então pedi algo que apenas impedisse o contato do meu corpo com a pele dele.
Assim que fico da altura dele, jogo a sela nele e ele reage, jogando ela para o lado e rugindo em reclamação, para logo voltar a comer. Merda.

******

Acho que já fui pelo menos três vezes em Qarth buscar mais carneiros, até agora só consegui colocar a sela e já está anoitecendo, toda vez que tento subir, ele me joga longe e tenta me atacar, usei o chicote e isso o deixou mais irritado, se eu achava que era difícil lidar com Vhagar e Aemond... Eu não sabia o que estava falando mesmo.
*Valiriano*
— Eu já disse que sou sua amiga e quero te ajudar, por favor, me obedeça. – Ele solta um rugido irritado, bufa e volta a se concentrar na comida. — Dragão idiota. – Cannibal olha para mim na mesma hora. — Ei, calma, falei brincando, cruzes. – Ele bufa, mas logo se atenta, escutamos um barulho, vindo do meio da cidade.
Desembainho a espada na mesma hora e ando na direção do barulho, olho para verificar se Cannibal ficou parado e não o vejo mais, ele sumiu, merda...
Continuo andando, ouço outro rastejar bem atrás de mim, viro rapidamente, provavelmente é outro basilisco, ando com cautela, sempre verificando todos os pontos possíveis que possam me atacar, lembro das principais broncas de Aemond e de Gusly sobre a falta da minha defesa, chego ao que parece ser uma praça, aquele barulho aumenta, é como se algo estivesse batendo em um...

The Fate of House Targaryen - Aemond TargaryenOnde histórias criam vida. Descubra agora