Capítulo 7- Secrets and mistrust

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Entramos na rua das irmãs e seguimos em direção a Colina de Rhaenys, penso que ele está me levando ao fosso dos dragões, mas ele nos vira na rua das sedas, droga, a rua das casas de prazeres.
*Valiriano*
— Aemond, aonde estamos indo? – Ele para e me olha, percebe o quanto estou aflita.
*Valiriano*
— Não se preocupe, não vou deixar nada acontecer com você, só preciso que veja uma coisa. – Continuamos andando, passamos por várias casas e vimos vários guardas, e lordes conhecidos, me mantive de cabeça baixa, confiando em meu guia.

Paramos em frente a uma casa, há uma placa com o nome "Chataya", Aemond abre a porta, entrelaça sua mão à minha e entramos, de cara percebo que não é uma casa de prazeres comum, essa é uma que só os nobres frequentam, uma mulher vem nos recepcionar, ela logo reconhece meu tio e lhe entrega um pedaço de papel, me inclino para tentar ver o que tem nele, a mulher olha para mim e arregala os olhos, Aemond olha para ela e fala:
— Acho melhor isso não sair daqui, não gostaria de ter que fazer uma visita a Robyn. – Ela arregala os olhos, balança a cabeça freneticamente e aponta para a escada. Ele me puxa para subi-la, assim que chegamos ao topo da escada, vejo que há quatro corredores, cada um de uma cor, ele indica para seguir pelo preto, conforme andamos, passamos por portas brancas, cada uma com a numeração diferente, paramos em frente a uma delas, meu tio me entrega o papel, nele está escrito "48", é a porta que está bem a nossa frente, olho para ele apreensiva.

*Valiriano*
— Abra, estarei bem atrás de você. – Ele sussurra em meio ouvido e aperta a minha mão, que ele não soltou em momento algum.
Respiro fundo e abro a porta lentamente, estou suando frio, tenho medo do que pode ser, mas logo penso, não, Aemond não me colocaria em perigo, estou segura.

Assim que entro, há algumas mulheres se beijando em um sofá próximo à entrada, enquanto um homem as observa, mais à frente vejo mais homens e mulheres se tocando, não percebo até que meu tio segura em meu rosto e me direciona para onde devo olhar.
Molina, a mulher por quem meu irmão é apaixonado, em cima de Colin, o homem que eu estava cogitando me casar. Os dois estão nus em cima da cama, ela o beija com vontade, a mão dele sobe e desce nas costas dele, seus corpos se encaixam em uma conexão impressionante. Então me lembro, foi por isso que ela ficou tão tensa, os dois além de ser conhecerem, se aventuram pelas noites de Porto Real, enquanto meu irmão fica igual um idiota, achando que ela o ama.
*Valiriano*
— Os dois sempre se encontram aqui, Aegon a reconheceu em uma de suas vindas aqui. Disse que pelo visto se conhecem a bastante tempo, achei que deveria saber sobre as atividades do seu "futuro marido". – Ele fala em um tom bem baixo para que só eu possa ouvir. Quando ela se mexe, consigo ver melhor o rosto de Colin, em um movimento rápido, ele abre os olhos e olha bem na minha direção, arregalando os olhos imediatamente. Já vi e ouvi o suficiente.

Saio às pressas daquele quarto, vou direto para escada, mas antes que eu possa descer, meu tio me segura e me joga em seu ombro, ele começa a andar, tento enxergar para aonde estamos indo e percebo que entramos em outro corredor, nesse as paredes são de um vermelho sangue, ele entra em outro quarto e me coloca no chão.
Observo o cômodo, esse está vazio, é um quarto grande, com dois sofás em cada ponta ao extremo, uma cama bem no centro, do lado da única janela tem uma mesa grande e redonda, com várias cadeiras ao seu redor, se alguém entrasse aqui, poderia dizer que era apenas um quarto comum, com o intuito de apenas hospedar viajantes.

*Valiriano*
— Não deveríamos voltar para a fortaleza? Já vi o suficiente. – Sento na ponta de um dos sofás e fico encarando ele.
*Valiriano*
— Agora que tem essa informação, o que pretender fazer? – Eu não sei, eu simplesmente não sei o que fazer, Colin eu posso dizer que não quero mais nada, mas como vou contar ao meu irmão o que vi, e se ele não acreditar em mim? Fico pensando no que posso fazer, que nem percebo que meu tio se aproximou, até que sua mão pega de leve em meu queixo e me faz olhar para cima, como se soubesse o que eu estava pensando, ele responde. — Você pode tentar trazê-lo aqui, dizem que eles se encontram todas as noites aqui, mas se bem que agora que ele a viu, pode ser que mude de local.
Me levanto e fico cara a cara com ele.
*Valiriano*
— Enlouqueceu? Até parece que Joffrey vai concordar em sair comigo de madrugada, para piorar eu teria que mostrá-lo como que eu saio sem ser vista. Não dá, Aemond, não tem como, ele não vai acreditar em mim. – Com uma de suas mãos, ele começa a fazer um carinho em meu braço, as lembranças da última vez que ficamos assim, com os corpos tão próximos, começam a retornar, minha respiração fica acelerada, Aemond continua o movimento em meu braço, mas seu olhar está fixo em meu rosto, como se estivesse esperando para ver o que vou fazer.

Em um movimento rápido, colo os meus lábios nos dele, suas mãos imediatamente vão para minha cintura, ele me puxa para mais perto, zerando qualquer espaço que ainda existia entre nossos corpos, solto um gemido em sua boca, proporcionando uma abertura para sua língua, ele aproveita inteiramente o espaço, mas logo coloca sua boca em meu pescoço e começa a beija-lo, sinto uma de suas mãos na dobra do meu joelho, ele me impulsiona para que minhas pernas envolvam sua cintura, anda comigo até a cama e fica sobre mim.
Sua língua percorre toda a extensão do meu pescoço, tento agarrar o seu cabelo, mas em um movimento muito rápido, uma das mãos dele prende com força minhas mãos acima da minha cabeça e com a mão livre, ele desamarra a minha blusa, expondo os meus seios, e logo sua língua envolve um deles, me fazendo gemer e contrair todo o meu corpo.
— Aemond – eu praticamente choraminguei. Eu precisava de mais, muito mais.
Ele me levanta o suficiente para arrancar aquela blusa e jogá-la longe, ele começa a depositar beijos na minha barriga, fazendo uma trilha até chegar a barra da minha calça, quando ele está prestes a arrancá-la, escutamos um grito e um barulho de várias coisas se quebrando.

Aemond se levanta rapidamente, busca minha blusa que estava no chão, eu visto ela rapidamente, coloco a touca para esconder o cabelo. Ele sai primeiro para ver o que está acontecendo, quando retorna, está com uma expressão fechada e preocupada, pergunto o que era.
*Valiriano*
— Malditos mantos dourados, parece que estão procurando alguém, preciso te tirar daqui, se eles encontrarem você, vão te levar direto ao seu pai. – Na mesma hora entro em desespero, ele pega minha mão e me puxa pelo corredor, mas não na direção da escada que usamos, ao chegar no final do corredor vermelho, tem uma porta preta com detalhes dourados, Aemond abre e entra nela, me levando junto, uma escada para emergências, é claro, essa nos leva diretamente para a rua da prata.
*Valiriano*
— Preciso que ande rápido, as ruas estão cheias de guardas, pelo visto aconteceu alguma coisa. Merda. – Concordo com ele e andamos o mais rápido possível, quando íamos virar na rua da praça sem nome, batemos de cara com Baela.
Minha irmã intercala o olhar entre mim e meu tio com rapidez.
— O que vocês dois estão fazendo aqui? – Ela não sabia em quem focar o olhar, até que percebe que estamos de mãos dadas, ela olha para mim com os olhos bem arregalados.
— Aconteceu alguma coisa para ter tantos guardas nas ruas? Eles pareciam estar procurando alguém. – Aemond pergunta, antes que ela fale algo.
— Jacaerys me disse que já sabem quem fez aquilo com Emil e seus homens, só não me disse quem, fui até seu quarto para te contar, mas quando não a encontrei, me desesperei e decidi te procurar. Onde você estava? – Olho para meu tio como um pedido de socorro.
— Conversem outra hora, agora precisamos voltar, estamos muito expostos. – Baela concorda e seguimos de volta para a fortaleza.

Conseguimos chegar na passagem, mesmo com alguns guardas por perto, Aemond conseguiu tirá-los de lá para que nós duas entrássemos. Entro em meu quarto e minha irmã vem logo atrás, sua expressão não está nada legal. Ela cruza os braços e começa:
— Você vai me contar tudo o que aconteceu essa madrugada e não vai me esconder nada. Vai me contar também o que está acontecendo entre você e o Aemond, já faz um tempo que percebo a forma como vocês dois ficam se olhando, e o jeito que ele agiu com o Lorde Colin... Eu quero saber de tudo. – Respiro fundo, faço sinal para que ela se sente na minha cama, e além de contar tudo para ela, também explico o que estou planejando fazer.

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Esse foi mais curtinho, porém necessário, sabe...
Espero que gostem.
Um beijo do Aemond para vocês🫶🏻
Comentem bastante👀

The Fate of House Targaryen - Aemond TargaryenOnde histórias criam vida. Descubra agora