Capítulo 34- Dragon heart and soul

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No momento em que ouço o rugido, me jogo do colo do manto, Baela corre para me segurar, eu preciso saber qual deles foi derrubado, preciso saber agora, minha irmã parece estar desesperada também, eu ainda sinto Storm, pelo menos isso, mas há muitos outros que fazem parte da minha vida e tenho muito apego, tento correr, mas a ferida na minha perna começa a sangrar mais, o que me faz gritar de dor intensa.
— Princesa, eu preciso levá-la para a fortaleza, o Meistre vai ajudá-la. – Não permito que ele faça, me afasto, o que parece fazer a dor se intensificar mais, me fazendo cair no chão de tanta dor, não sei em que momento começou, só sei que meu rosto está completamente molhado, estou chorando de dor, merda.
— Eu preciso saber qual dos dragões, alguém por favor me responde. – Começo a entrar em desespero.

******

Antes mesmo de eu ter um dragão, fiz o meu primeiro voo, foi em Caraxes, meu pai me levou para voar de Porto Real até Pedra do Dragão, logo depois, minha mãe começou a fazer o mesmo, Syrax sempre foi muito receptiva comigo. Uma vez eu entrei no fosso escondida com Joffrey, ele queria me mostrar Tyraxes, eu tinha apenas sete anos e foi a primeira vez que tive contato com Blackstorm, ela sempre foi temida por todos, arredia, não gostava que ninguém chegasse perto, que tocassem nela, uma vez ela quase tirou a vida de Jace, o idiota disse que ia domar ela, disse que era só uma fera idiota e que todos exageravam, ele voltou com uma das pernas ensanguentada. Comigo foi diferente, desde o primeiro momento que cheguei perto, ela se mostrou curiosa, é o que meu irmão conta, que estava interessada demais em mim, e que quando eu me aproximei, Storm não fez nada, apenas me recebeu, Joff diz que tentou me puxar e nesse momento ela quis atacá-lo, ela tentou me proteger, meu pai diz que ela nasceu para ser minha, eu fui sua primeira montadora.

Meu primeiro voo com Storm foi aos oito anos, Joff e eu fomos até o fosso para pegarmos Tyraxes e Storm, conseguimos sair escondidos e foi como meu pai disse, parece que tínhamos sido feitas uma para a outra, nossa conexão é algo indescritível, ela sente tudo o que eu sinto, quer me proteger até de quem não precisa, sobrevoamos Porto Real, foi a melhor coisa do mundo, depois disso, eu praticamente vivia no céu, tinha se tornado o meu lugar preferido, nada se comparava, nunca tinha sentido nada igual, foi como me encontrar, sentir todo o vento no meu rosto, a sensação de liberdade, eu era só uma criança, mas eu senti como se estivesse em casa, o céu se tornou o meu lar.

Qualquer que seja o dragão, me afetará, eu sempre frequentei o fosso e sempre me aventurei, tentei domar mais de um, consegui a confiança de Dreamfyre primeiro, depois foi a vez de Sunfyre e assim foi, os guardiões diziam que eu tinha o verdadeiro sangue e a alma de dragão, consegui conquistar até Vermithor, o dragão de Jaehaerys I, um rabugento, ele e Vhagar competem nesse quesito. Vhagar foi a minha conquista mais recente, não acho que seja por causa da ligação com Aemond, até porque nós só estamos "próximos" por agora, e eu tenho a proteção de Vhagar desde que era um bebê, essa é uma história que Luke ama jogar na cara de Aemond.

Como já é de se imaginar, Lucerys sempre foi terrível e muito apegado à mim, meu pai diz que ele gostava de contar histórias de toda Westeros para mim e que eu amava ouvi-lo, chegava a chorar quando ele parava, enfim, um dia ele decidiu que era uma ótima ideia passear comigo por Derivamarca, estávamos em uma comemoração, era aniversário das minhas irmãs, todos estavam lá, ele me levou e caminhou comigo pela praia. Naquela época estava havendo uma certa "rebelião" contra o reinado Targaryen, algo bobo, mas que poderia ter custado nossas vidas, eu tinha dois anos, estava na época de querer andar para lá e para cá rapidamente, quando Luke me colocou na areia, eu quis ir para a pequena colina, parecia que eu não tinha gostado de pisar na areia, nisso dois homens apareceram, estavam vestidos como guardas, mas não eram.
Pegaram primeiro o meu irmão, ele gritou e isso alertou Arrax, o dragão dele, que tentou defendê-lo, quando o outro me agarrou, ele me machucou o que me fez gritar e foi quando gritei que Vhagar se pronunciou, ela não ateou fogo porque eu estava ali, mas deu uma cabeçada forte o suficiente para que ele me largasse, quando o fez, Vhagar o queimou e o comeu, o outro soltou Luke e correu até mim, mas ela foi mais rápida e reduziu ele a cinzas, meu irmão que conta essa história, pode ter sido diferente, mas não sabemos.
Então não faria sentido essa proteção ser por conta da nossa relação, só ficamos por agora, antes o ódio reinava entre nós, Aemond só sabia me insultar e me tratar com um nada, assim como faz com os meus irmãos, não teria porquê o dragão dele me defender, a não ser que eu seja uma encantadora de dragões mesmo, talvez eu seja.

The Fate of House Targaryen - Aemond TargaryenOnde histórias criam vida. Descubra agora