Saio do salão, sinto um aperto no peito, acabei de falar com meu pai e com Jace, eles já vão partir, na hora me veio as lembranças dos meus sonhos, as batalhas e a matança que vi, o pensamento me joga para o passado de nossa família e é isso que me deixa mais nervosa ainda, pensar na possibilidade dessas coisas acontecerem com eles...Um informante de alta confiança nos informou de movimentações em Braavos, parece que Sor Halbrand não foi tão sincero sobre não saber das intenções de Dalibor, pelas informações que recebemos, Dorne tem sido excluída de alguns movimentos das Cidades Livres, estão desconfiadas já que o rei estava disposto a aceitar o acordo de Jaime, acham que ele pode tentar aceitar e acabar se unindo as nossas forças, o que seria um grande problema para eles, já que ele sabe da maioria das estratégias feitas por Halbrand, e tem o controle de espiões também, isso poderia acabar com os planos deles.
Joffrey mandou um corvo para avisar que uma parte do exército dos Tyrells já está a caminho, só temos que torcer para que Dorne não mova seu exército para impedir o avanço do nosso. A ambição das Cidades Livres é o problema, eles querem ter poder em nossas terras, o que não pode acontecer de jeito nenhum, eles já comandam Essos, não precisam se estabelecer em Westeros.*Valiriano*
— Está tudo bem? – Sinto um cutucão no meu braço. Eu estava tão absorta em meus pensamentos, que nem percebi Aemond se aproximar.
*Valiriano*
— Sim, só estou pensativa, essa guerra tem mexido muito com a minha cabeça. – Ele já está usando sua armadura negra como a noite, adornada em ouro.
*Valiriano*
— Já estou indo, queria só falar com você antes de ir. – Indico para ele caminhar comigo até uma das salas, assim que entramos, ele já começa a falar:
*Valiriano*
— Não sei por quanto tempo isso vai durar, acredito que não será rápido como nas Terras da Tempestade, não mesmo, não com todo o poder do outro lado, aquele lugar vai virar um verdadeiro campo de morte... Evite se arriscar, por favor, só dessa vez não tente fazer as coisas sozinha, peça ajuda, eu não sei o que eu faria se... Só por favor, tome cuidado, eu quero voltar e te encontrar inteira, Rhaenys. – Aemond encosta na ponta da mesa, ele fica pensativo.
*Valiriano*
— Eu... Vou tentar não me meter em nenhuma encrenca, prometo. – Ele ri.
*Valiriano*
— Vai tentar? Preciso de mais do que isso. – Chego mais perto dele, seguro em seu rosto.
*Valiriano*
— Quero que você volte para mim... Meu amor. – Ele enlaça minha cintura.
*Valiriano*
— Eu... Rhaenys, eu... – Ele enfia o rosto no meu pescoço e suspira, logo levanta de novo para me encarar, suas duas mãos vão para o meu rosto. — Se cuida, está bem? Não faça nenhuma loucura. – Ele inicia um beijo lento, quando encerra, me dá um beijo na testa e começa a ir em direção à saída da sala, mas para com a mão na porta, ele não fala nada, apenas fica parado por um tempo.*Valiriano*
— Ei, está tudo bem? – Ele finalmente vira e percebo uma certa aflição em seu rosto, logo vem até mim e segura as minhas mãos.
*Valiriano*
— Não sei muito bem como essas coisas funcionam, nunca... nunca aconteceu antes, está tudo tão confuso, mas eu tenho certeza de uma coisa, eu sou seu, meu coração é seu, não consigo tirar você do pensamento. Quando eu voltar, nós vamos nos casar, com ou sem aprovação, mesmo com as ameaças de morte vindas do seu pai, não ligo, você sabe que eu não ligo, a única coisa que eu quero nessa vida é você, eu a quero como minha esposa, não consigo imaginar o meu futuro com qualquer outra pessoa que não seja você. Por isso, preciso que você realmente não faça nada, tente não agir no impulso, eu já quase te perdi, jamais conheci tamanho horror como em te ver sangrando e sem consciência, você mal estava respirando. Por favor, é só isso que eu te peço, fique em segurança, não faça nada imprudente. – Ele beija minha testa e finaliza com um selinho, ele se afasta só um pouco, sua boca roça de leve à minha e sussurra: — Eu te amo.Eu fico completamente sem reação, volto a respirar normalmente, eu nem percebi que tinha prendido a respiração, tento falar algo, mas Aemond não permite, ele vai na direção da saída, tento ir atrás dele, mas ele é bem mais rápido, desce e encontra com o Jace, que acena ao me ver, corro até eles.
*Valiriano*
— Posso falar com você rapidinho? – Falo para Aemond e sinalizo para o banco. Ele nega.
*Valiriano*
— Nós já estamos de saída, não dá, quando eu voltar nós conversamos. Sabe que não podemos perder tempo. – Ele fala, Jace franze o cenho, mas logo meu irmão dá um beijo na minha testa, diz para eu me cuidar e que ama, e assim os dois partem para o fosso.******
— Pelos Deuses... Já estava na hora, né? – Baela fala, Rhaena está com os olhos arregalados.
— Não sabia que era nesse nível não, pelo Deuses, acho que nunca imaginei Aemond assim, ele é sempre tão... Vocês sabem. – Baela concorda com ela.
— Sim, mas com Rhaenys é diferente. Agora essa questão do casamento, isso vai iniciar uma briga grande, nosso pai já é certeza de não aceitar, agora acho que o rei também não vai gostar... A cara dele durante a dança de vocês, não era nada boa.
— Acho que vou conversar primeiro com a minha mãe, bom, ela é experiente nessa questão... – Baela começa a ter crise de risos.
— Ah, ela com certeza tem experiência nessa questão ai. – Rhaena só balança a cabeça em desaprovação para a reação dela.
— Estou preocupada com esse ataque a Correrrio. – Falo e me jogo na cama de Baela.
— Não se preocupa, com a ajuda que estamos mandando, a batalha será justa em questão de números. E eles não tem dragões, o que já é uma vantagem para a gente. – É... Temos os dragões.Rhaena começou a fazer um discurso de como nosso pai era incrível, que Jace é um excelente montador, assim como Rhaenys, que Aemond e nosso pai lado a lado, o estrago para os inimigos seria enorme, que não precisamos nos preocupar.
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Dia seguinteAssim que acordei, decidi que o melhor a se fazer é falar com o Arquimeistre sobre os meus sonhos, mas não tem como ir para VilaVelha só para isso, então escrevi uma carta bem detalhada para Daeron explicar a ele, contei tudo o que vi e ouvi, tudo o que senti, a familiaridade dos acontecimentos também, não escondi nada, inclusive, expliquei sobre a sensação familiar ao ver aquela criança, não consigo explicar exatamente, só sei dizer que foi familiar.
Levei a carta ao Meistre para que ele enviasse um dos corvos, saindo de sua sala, caminhando pela fortaleza, percebo o silêncio inquietante, quando olho para servos e guardas, consigo ver a tensão, o medo em seus olhos.
Não paro de pensar nas coisas que Aemond me disse, é horrível pensar que ele pode passar meses fora, arriscando a vida, como se já não fosse ruim ele, fico pensando em Jace também, posso não ser próxima dele, como sou de Luke, mas ele é o meu irmão mais velho, sempre me protegeu e eu sempre o amei muito.Sei que Baela está desesperada, só não quer demonstrar, eu a conheço bem demais para saber que mesmo que o mundo desmorone, ela vai tentar segurar tudo e ser forte por todos nós, isso deve ser muito cansativo, ela é quem sempre procuro quando tenho algum problema, o mesmo acontece com Rhaena, Jace não trata ela só como futura esposa, eles são muito amigos, eles confiam demais um no outro, então acredito que Jace também conte as angústias para ela e como sempre, minha irmã segura tudo e ajuda com todas as suas forças.
Queria tanto que tivéssemos fechado um acordo, evitaria um derramamento de sangue, evitaria muito sofrimento, mas infelizmente, existe a ganância por poder, a ambição do homem e é isso que causa a sua destruição.
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Boa noite❤️
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The Fate of House Targaryen - Aemond Targaryen
Fanfic*Aemond Targaryen* +18 The Fate of House Targaryen (O destino da casa Targaryen) *PARA QUEM NÃO LEU O LIVRO PODE TER SPOILERS QUE AINDA NÃO APARECERAM NA SÉRIE.* Não era novidade para o reino que os filhos da rainha Alicent e da princesa Rhaenyra se...