The Fate of House Targaryen - Aemond Targaryen

Capítulo 87- Just a brand

Baela Targaryen
Porto Real

— O corvo que chegou falou sobre uma intensa batalha de dois dragões, foi visto pela cidade vizinha à Guardamar, foram eles que nos avisaram que a cidade estava queimando. – É a primeira coisa que o meistre fala ao entrar na sala do conselho, vejo o desespero nos olhos de Rhaenyra, sinto uma intensa vontade de sair correndo para ir atrás da minha irmã, mas tento me manter calma, todos já estão com os nervos a flor da pele, um outro guardar entra e  começa a contar que há corvos chegando de outras cidades, todas contando sobre terem visto explosões de fogo em meio a tempestade que pegou a costa da Baía dos Homens de Ferro.
Todos começam a discutir sobre o que fazer para ajudar a casa Mallister, Jorah está desesperado por seu povo e sua família, sua esposa e filha permaneceram em Guardamar, quando íamos falar sobre a ajuda que vamos enviar, a porta se abre com força, Aemond entra, seus passos são pesados, sua expressão é... Assustadora, assim que ele chega na mesa, ele se fixa em Rhaenyra.
— Por que você enviou ela para lá? Que merda você estava pensando? – Meu pai levanta na mesma hora.
— Fale baixo, garoto, não esqueça com quem está falando. – Meu pai já coloca a mão no cabo da irmã sombria, eu esperava uma risada sarcástica de Aemond, mas não, ele bate com força na mesa, fazendo todos se assustarem.
— Que porra você estava pensando ao arriscar a vida de Rhaenys assim? Você sabe o quanto ela já se arrisca sem que precisem pedir, ai você vai e envia ela sozinha para longe... Você tá de sacanagem? Qual é o seu problema, Rhaenyra? Está querendo matar sua própria filha? Porra. – Meu pai da a volta na mesa e puxa Aemond pelo colarinho.
— Você nunca mais vai falar com a minha esposa assim, nunca mais, eu mato você se fizer isso de novo. – Ele balança a cabeça negando.
— Se algo acontecer com ela, se ela... Saiba que você é a culpada disso. – Aemond fala diretamente para Rhaenyra e logo sai.

Rhaenyra se levanta e diz que não está se sentindo bem, logo se retirando, meu pai vai atrás dela, saio logo em seguida, ao chegar no corredor ouço um barulho de algo se quebrando em um dos cômodos, entro rapidamente e encontro Aemond.
— O que você está fazendo? Pelos Deuses... Vai quebrar tudo o que estiver na sua frente agora? – Ele me encara, consigo ver o ódio em seu olhar, mas há algo mais... Medo, ele está sentindo medo. — Aemond, Rhaenys está bem, temos que lembrar que ela é muito capaz de se defender e já provou isso por inúmeras vezes. – Ele apenas balança a cabeça negando.
— Eu não posso perdê-la, Baela, não posso. – Ele senta em uma das cadeiras, apoia seus cotovelos em suas pernas e enfia seu rosto em suas próprias mãos.
— Você não vai perdê-la, nós não vamos, ela está bem, tenho certeza, sinto isso. – Digo para tentar deixá-lo mais calmo, chego mais próximo e me abaixo, ele se endireita para me olhar. — Sei que está com medo, eu também estou, mas agir daquela maneira não é o caminho, não é legal, Rhaenys não iria gostar de você gritando daquela forma e culpando Rhaenyra, ela é a mãe dela e está grávida, não se esqueça disso.
— Eu sei, apenas perdi a cabeça por causa de toda essa situação, só de pensar nela enfrentando outro dragão... – Ele solta um suspiro.
— Seu pai deve enviar você ou um dos meninos para verificar o que aconteceu, se ainda estão sob ataque... Tente esfriar a cabeça , talvez ele desista de enviar você se continuar dando ataques de raiva, principalmente com a Rhaenyra. – Ele joga a cabeça para trás, ouço a porta se abrir, Jace entra, seu semblante sério.

— Sei que está irritado, com raiva e com medo, mas isso não lhe dá o direito de falar daquele jeito com a minha mãe, respeito o seu relacionamento com a Rhaenys, só que da próxima vez que fizer isso... Teremos um problema sério, Aemond. – Jace fala, Aemond olha para ele e ergue a sobrancelha.
— Ela a enviou, poderia ter pedido para qualquer um de nós acompanhá-la, mas preferiu mandar ela sozinha, eu tenho o direito de estar com raiva dela.
— Sim, mas ela é a mãe de Rhaenys, você acha que ela a enviaria se soubesse que tinha esse perigo todo? – Jace o questiona.
— Eu posso ter exagerado, mas eu não menti, ela será a culpada se algo acontecer à Rhaenys. – Vejo a tristeza no olhar dele ao falar isso, Aemond está com muito medo de perder Rhaenys.
— Ela está bem, eu tenho certeza. – Falo para ele, mas acho que estou querendo é afirmar para mim mesma e não surtar.
— Acho que deveríamos partir para Guardamar. – Jace fala, na mesma hora Aemond se levanta.
— Concordo com você.
— Vocês dois enlouqueceram? O rei não vai gostar que desobedeçam uma ordem logo agora, as coisas não estão boas e...
— Exatamente, sua irmã está lá sozinha, as coisas saíram do controle, Baela, não vou arriscar perder ela. – Aemond me corta, o medo em seu olhar está mais nítido. — Eu já disse que não posso perdê-la e não vou.
— Ele tem razão, Baela, não dá para arriscar, nem mesmo sabemos o motivo de ela ter ido para lá, minha mãe não quer dizer e se trancou no quarto com o seu pai, não dá para sentar e esperar o rei decidir agir. – Os dois me encaram, estão esperando uma resposta.
— Está bem, nós partiremos agora. – Falo, sei que não vão desistir dessa ideia, não é como se eu também não quisesse ir, mas para ser sincera, estou morrendo de medo, não posso perder a minha metade, não mesmo.