Capítulo 75- Aemond Targaryen

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Minha cabeça parece que vai explodir, não é possível que seja tão fácil assim, não mesmo, Halbrand está morto e eles simplesmente se rendem? Não, tem coisa errada.
Hoje pela manhã recebemos um corvo vindo de Porto Real, o Lannister foi implorar o perdão do rei, disse que ia se render e ajudaria a fazer as Cidades Livres se renderem também, o rei é claro que fez um belo acordo e aceitou a rendição, Daemon e Rhaenys concordam comigo que tem algo muito errado, Jace pontuou que aconteceu algo em Essos que nós não estamos sabendo, já que o príncipe de Pentos ordenou desesperadamente o retorno de suas frotas, logo depois os outros comandantes começaram a bater em retirada, muitos gritavam para todos retornarem aos navios porque eles voltariam com urgência para Essos. Tudo isso me deixa mais desesperado ainda, porque a maluca da Rhaenys está em Essos e eu não faço a mínima ideia de que merda que ela está aprontando, conhecendo ela, não duvido que já tenha arriscado a própria vida mais de uma vez, e ainda me arrisco a dizer que ela deve ter algo haver com a morte de Halbrand e com o desespero dos nossos inimigos, às vezes eu tenho vontade de estrangular ela, porra, que mulher para dar trabalho e preocupação.
O rei ordenou que retornássemos para Porto Real, os Starks agora iriam liderar a rendição dos Lannisters, com a retirada das Cidades Livres, os Greyjoys tentaram partir também, mas as frotas de Corlys impediram e estão negociando a rendição da casa, agora partiríamos e depois eu daria um jeito de fazer ele me enviar para Essos, sozinho sei que não conseguiria, isso levantaria muitos problemas, mas se eu convencesse Jace de que Baela poderia estar em perigo... Isso sim daria certo.

— Você pode ter razão, três dos nossos por lá e já tem bastante tempo que eles estão lá, pode ter acontecido algo... – Jace afirma, conversei com ele sobre a possibilidade de ter acontecido algo em Essos e os três estarem envolvidos, com isso, eles vão ficar em menor número se esses exércitos conseguirem retornar para Essos.
— A melhor opção é o rei enviar pelo menos dois de nós, Rhaenys disse que irá auxiliar Corlys, Daemon provavelmente ficará entre Porto Real e Correrrio, Joffrey virou o intermediário entre a casa Tyrell e Targaryen...
— Só sobra nós dois. – Jace finaliza. — Eu quero ir atrás deles, mas não acho que o rei vá permitir.
— Irei com ou sem a permissão dele, não vamos arriscar a vida dos nossos por covardia. – Ele franze o cenho e me encara por alguns segundos.
— Vou fingir que essa preocupação é realmente com os três e não só com uma Targaryen específica, mas só porque eu concordo com você e tentar matá-lo não vai convencer o rei a deixar nós dois irmos. – Apenas assinto e ando em direção a Vhagar, só ouço a voz dele, mas nem me preocupo em responder.
— Você nem esconde mais... Babaca.

******

— Aemond, não, nem pensar. – Minha mãe contesta na mesma hora. — É muito perigoso, não sabemos o exato motivo de terem recuado, e se for uma armadilha? Não mesmo, você vai ficar aqui.
— Então você vai ter que me prender, já disse que vou de qualquer jeito. – Ela balança a cabeça negando.
— Foi uma escolha dos três de irem para lá, ninguém os obrigou, não se meta nisso, não é a sua missão. – Levanto na mesma hora.
— Mesmo assim, não teria como adivinhar que algo se ruim fosse acontecer e que eles iriam recuar os exércitos. Não vou ficar parado aqui, não mesmo. – Ela segura as minhas mãos.
— Por favor, meu filho, é perigoso demais... – Apenas me afasto.
— Não vou ficar aqui sem fazer nada, não enquanto a mulher que eu amo está em outro continente e pode estar correndo perigo, isso se já não aconteceu algo... – Só de pensar nisso já sinto um aperto no peito. — Eu vou atrás dela e ninguém vai me impedir. Durante toda essa maldita guerra, quando ela fugia ou era enviada por vocês para o perigo, eu me segurei, me mantive à frente dos nossos exércitos, não abandonei o meu posto, mas agora... Não, não mesmo, eu vou atrás dela. – Ela continua tentando me convencer, mas nada vai me fazer desistir, não vou conseguir continuar sem saber de nada, pensando em mil possibilidades e de braços cruzados aqui, Jace já concordou comigo, ele quer ir atrás dos irmãos e da noiva, nada vai impedir ele, partiremos essa madrugada.

Logo depois de sair dos aposentos de minha mãe, vou em direção ao do Aegon, quando viro o corredor, bato de frente com Rhaena.
— Descul... – Ela para assim que percebe que sou eu. — Ah, é... Oi, Aemond, eu soube que você e Jace vão para Essos. – Assinto. — Traz ela em segurança, está bem?
— Sem dúvidas. – Ela vai falar mais alguma coisa, só que Aegon chega, ela se afasta rapidamente de mim e sorri de canto, parece envergonhada.
— Eu soube que partirá para Essos, lá vai você atrás da namoradinha. – Ele fala rindo, percebo um olhar triste em Rhaena, ela olha para Aegon e depois recua mais, saindo sem que ele sequer a olhe.
— Está acontecendo algo e não vou ficar parado de braços cruzados. – Ele ergue as sobrancelhas.
— Nosso pai já sabe? – Confirmo. — E ele permitiu? – Balanço a cabeça negando, explico para ele que quando contamos, o rei disse que deveríamos deixar as coisas se seguirem, que Rhaenys, Baela e Luke dariam conta, até porque eles não foram enviados como guerreiros, Qarth sabe muito bem disso, ele também afirmou que estavam estabelecendo um acordo de paz, e que era Halbrand quem estava atiçando todos para a guerra, agora estavam dispostos a esquecer tudo isso e continuar a paz entre os dois continentes.
Nada disso serviu para me acalmar, só me trouxe mais desconfianças e percebi que eu não era o único, ouvi o próprio Daemon falando com Rhaenyra sobre partir para Essos, mas como ele teria que retornar a Correrrio para encontrar com Corlys e Rhaenys, agora não seria possível, e nem seria necessário, partiríamos logo para Qarth para evitar maiores conflitos.

******

Ao chegar no fosso, vejo Daemon ao lado de Jace, o mais novo não está com uma cara nada boa.
— Ignorando as ordens de seu pai, Aemond... A mamãe não vai ficar nada feliz em saber disso. – Meu tio fala de forma debochada.
— Veio nos impedir? – Pergunto e ele ri.
— Não, apenas dar um aviso a você. – Ele caminha até mim em passos lentos, vejo Caraxes se mover em nossa direção. — Se algo acontecer com qualquer um deles por sua causa... Bom, terei bastante tempo para decidir como será sua dolorosa morte. – Ele olha para Jace e depois me encara de novo. — Não confio nem um pouco em você, não sei o que está planejando, mas tome cuidado, sou capaz de caçá-lo até no próprio inferno, sobrinho.
Jacaerys me olha segurando a risada, Daemon se despede dele e sai, logo depois nós subimos nos dragões e partimos para Qarth.

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Boa madrugada❤️
As coisas vão começar a pegar fogo em Essos heinnnnnnn

Hoje mais cedo teve capítulo hein, verifiquem se leram, ontem teve 3 capítulos, verifiquem também, é importante para entenderem o andamento da história...

Batemos 400K de leituras, gente... Muito obrigada😭❤️
Sério, tô muito feliz, isso aqui se tornou uma terapia para mim, a leitura já era antes, ai eu quis tentar me arriscar com a escrita, só não imaginei que fosse virar isso aqui e ter esse ENORME alcance, muito obrigada mesmo🖤
Espero que realmente estejam gostando da história, tenho muitas coisas em mente ainda, me apeguei muito a essa história, por isso ela está tão longa, quero desenvolvê-la ao máximo, quero que seja uma experiência boa para vocês, assim como está sendo para mim🫶🏻🫶🏻🫶🏻
MUITO OBRIGADA MESMO, AMO VOCÊS 🖤🖤🖤

Qualquer erro de escrita, me perdoem🫶🏻
Amanhã eu reviso melhor👁👄⚫️

The Fate of House Targaryen - Aemond TargaryenOnde histórias criam vida. Descubra agora