024- Mrs. Death.

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POV'S FINNEY BLAKE

Nosso pai obrigou a gente a voltar para casa, então aqui estamos. Ele trouxe Robin para ficar conosco também, para amanhã voltarmos ao hospital. Os pais dele ficaram lá, esperando com que os exames saíssem.

—Querem comer mais alguma coisa? -Ele pergunta.

—Quero. -Gwen fala e vai até a cozinha com ele.

—Que demora para um exame! Saímos de lá 4:30 e já são 6hrs, quem demora tanto assim para um mero exame? -Robin fala frustado.

—Calma Robin, essas coisas sempre demoram mesmo! -Me sento no sofá e o garoto me acompanha.

—Eu só estou preocupado.

—Todos estão, mas ficar assim não vai adiantar muita coisa, o que nos sobra é esperar. -Eu termino e suspiro, pensando no que iria acontecer daqui para frente. Ela tem um grave risco de ficar em coma, e se não ficar, fica sem memória..

[...]

POV'S S/N

O médico continuava fazendo exames em mim, principalmente na minha cabeça e por raio-x.

[...]

Meus olhos começaram a pesar de sono, já deveriam ser 23:00 agora. Me permito dormir, tendo um sonho estranho, só que bem real.

Eu estava no meu quarto dos sonhos quando criança, cheio de bonecas, fadas e unicórnios, com uma cama gigante e as paredes todas pintadas.

Um homem chega até mim e fala

“Bem-vinda ao seu sonho perfeito que será apenas um pesadelo...”

Hum? -Eu pergunto. Eu falei em um sonho? Como..

—Onde eu estou? -Eu pergunto.

—No quarto dos seus sonhos.

—Como vim parar aqui? Meu Deus, é só um sonho. -Me belisco para tentar acordar desse sonho estranho, mas sem sucesso.

—Os sonhos, são por que você veio para cá de uma forma segura, é um pesadelo por que.. Hum, você morreu. Meus parabéns. -Ele fala.

Eu estou muerta? Mas.. O que? Como?

—São perguntas que não cabem a mim responder, você deve recorrer a outra pessoa, adeus! -E ele some, literalmente, desaparece.

—Então devo recorrer a quem? -Eu pergunto, mas ele já tinha sumido.
Caminho até minha porta, abrindo a mesma e saindo do quarto. Eu estava no céu?..
Nuvens e almas flutuantes, e uma luz distante. Tomo o cuidado de não atravessar as almas que navegavam, pois eram geladas e solitárias.
A luz ficava cada vez mais forte a cada passo que eu dava, até uma escada. Subo as mesmas, encontrando um garoto provavelmente de 6 a 8 anos.

—Oi garoto, você sabe "a quem eu devo recorrer"? -Pergunto ao mesmo, que me olha confuso. Eu estava perguntando a uma criança, claro que ele não saberia.

—Esse é um pequeno fato. Tome cuidado, ou morrerá de vez. -Ele abre os portões, que não tinha percebido até aquele momento. Eu entro no mesmo, agora dando de cara com um homem sentado em um sofá.

—Oi?! -Eu chamo a atenção do mesmo.

—S/n S/s. (Seu sobrenome), estava esperando por você.

—Hm? Minha morte foi programada, éh? -Pergunto ao mesmo.

—Toda morte tem um motivo, se sua alma for limpa.

—E minha alma é limpa?

—Você é uma menina feita de trevas.

My Boy | Finney Blake Onde histórias criam vida. Descubra agora