33- Tio Bucky

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A água do chuveiro era tão gelada que chegava a ser cortante nas costas de Barnes

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A água do chuveiro era tão gelada que chegava a ser cortante nas costas de Barnes. O dedo de metal brincava com alguns fios de seu cabelo que grudaram nos azulejos azuis do box, e não podemos dizer que estava entediado ou muito menos triste, mesmo não aparentando, se sentia radiante por dentro. 

A noite passada com a garota havia sido incrível, ia de carícias a juras de amor no ouvido, coisa que fez a nuca do homem arrepiar ao se lembrar. Não teve algo a mais, e tudo bem, afinal Bucky se sentia um pouco inseguro quanto a isso.

Ao olhar pelo basculante, o sol já aparecia aos poucos, entrando alguns raios de sol no banheiro. Sorria relaxado ao desligar a água gélida e sentir a fresta de luz aquecer seu rosto pálido. 

Caminhou até a bancada de mármore e apoiando as mãos, fixou o olhar nelas. O contraste do vibranium e a carne, do normal e do anormal (apenas em sua cabeça), do quente e do gelado. Era poucas as vezes em que focava tanto nisso, mas agora que tinha Anna, essas inseguranças voltaram, e sabia que a garota iria aceita-lo mesmo se não houvesse um braço de vibranium, mas ainda assim era desanimador ser tão diferente.

Seu corpo tensionava a cada canto que Bucky olhava no espelho. Não era feio, isso admitia, mas também não se sentia lá essas coisas. Os cabelos compridos e molhados grudavam em seu pescoço e nos ombros largos ainda tensionados. Havia algumas cicatrizes em seu corpo, a maioria vinda da Hydra, a barba estava começando a crescer de novo e as olheiras menos inchadas. "Pelo menos consigo dormir bem agora"

— Que merda, esqueci a toalha. - resmungou ao olhar pro gancho na porta vazio.

Bufando baixinho, Bucky saiu do banheiro na ponta dos pés, até chegar na cadeira cheia de toalhas. Acontece que Anna estava dormindo e não queria que acontecesse a mesma cena de ontem a noite. A morena ainda não vestia nada na parte de cima, a única coisa que a cobria era seu cobertor e o short de moletom. Novamente, Barnes sorri de canto, sentindo seu corpo inteiro esquentar ao sentir o cheiro da mulher no quarto.

— Ainda bem que ela não acordou...– enrolou a toalha em sua cintura e virou para voltar ao banheiro, pois ouviu o remexer das cobertas pesadas.

Ela acordou.

— Buck? – espalmou a mão no lado da cama vazio, aquilo fez o homem sorrir largo, ela o procurava por ele na cama. 

— Tô aqui amor. – a chamou. — Eu estou....só de toalha então não olha.

— Ah, por que? – finge um suspiro. — Brincadeira.

— Não quero que me ache um tarado.

— Você é tarado. – ela se senta na cama sem olhar pro homem. — Mas não vou olhar se não quiser.

— Amor...era so um charminho. – o sargento dramatiza formando um biquinho. — Pode olhar.

James sorri envergonhado ao perceber a expressão da namorada, os lábios rosados semi abertos, a respiração que em segundos ficou desrregulada e os olhos que o comiam vivo. Estava adorando isso.

Remember You¹ - Bucky Barnes Onde histórias criam vida. Descubra agora