Cap 54

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Sophie Wilson

Vejo Beth desafivelar o cinto de Maya do carrinho mas no momento em que vai tirá-la um brutamontes aparece atrás dela a agarrando por trás, vejo ela se debater e tentar gritar mas ele põe um pano em seu rosto, cobrindo nariz e boca ao mesmo tempo, sei exatamente o que tem naquele pano encardido, clorofórmio o que vai deixá-la desacordada por um longo tempo.

Mesmo com aquele pesadelo acontecendo na minha frente tento correr e gritar para buscar ajuda, mas sou pega antes mesmo de me distanciar do carro, um outro que eu não havia visto é quem me pega, ele é maior e mais forte do que pegou Beth, me debato e tento a todo custo não deixar que coloquem um pano no meu rosto também, tento usar o que aprendi nas aulas de autodefesa que Hillary me deu mas o homem é grande demais.

Começo a me desesperar assim que vejo minha amiga desacordada sendo jogada no banco de trás de seu carro ao mesmo tempo que um terceiro homem magricela pega as gêmeas de qualquer jeito no colo as fazendo chorar automaticamente, isso faz eu tentar ainda mais me soltar deixando o homem que me segura impaciente.

– Fica quieta vadia!– ele rosna perto do meu ouvido mas eu continuo lutando, não é apenas minha vida em jogo, tenho que tentar proteger minha amiga e as bebês já que sou a única consciente no momento.

De tanto me debater e tentar aplicar os golpes que Hillary me ensinou o homem que me segura se irrita e me joga com força contra a lataria do carro, fazendo eu bater a cabeça me deixando tonta, não o suficiente para que eu desmaie mas finjo e deix...

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De tanto me debater e tentar aplicar os golpes que Hillary me ensinou o homem que me segura se irrita e me joga com força contra a lataria do carro, fazendo eu bater a cabeça me deixando tonta, não o suficiente para que eu desmaie mas finjo e deixo meu corpo cair no chão mole. Nesse momento sou a única chance de nós quatro e vou usar o que aprendi quando criança a meu favor.

Os gritos das meninas ficam mais altos a cada momento mas ninguém sequer aparece naquele maldito estacionamento. Portas do carro se fecham e eu estremeço internamente rezando para que eles me levem junto e não que me deixem aqui. Sinto meu cabelo ser puxado com força para trás fazendo meu rosto ficar em evidência a quem o observa, não demonstro dor ou qualquer reação pois sei que o homem quer ter certeza de que estou desmaiada.

_ Essa aqui vai dar um bom dinheiro. Parece ruiva natural, já pensou nos pelinhos da boceta, uma delicia para comer._ diz e eu sinto seu hálito fétido me fazendo sentir um bolo se formar no meu estômago nauseado.

_ Coloca no carro então e vai logo pois as pirralhas estão chamando muita atenção com esses berros._ outro diz.

– Vou me divertir um pouco antes de entregar essa aqui.– diz ignorando a ordem do outro cara.

– Eu vou querer também.– outra voz é ouvida e eles riem.

_ Vendo a mãe também ou me livro de outro jeito?_ o homem pergunta ao mesmo tempo que solta meu cabelo me fazendo cair novamente e depois me pega do chão, meu destino é o banco da frente e como aconteceu com Beth também sou jogada._ Tem genes bons para ser uma puta parideira.

_ Deixe que o chefe veja o que faz, só as leve logo.

A porta se fecha e eu com os olhos semisserrados olho para o banco de trás onde minhas princesinha choram copiosamente em suas cadeirinhas desafiveladas e sua mãe está desmaiada ao lado.

Me mexo estrategicamente de forma em que eu fique com a cabeça encostada no vidro e tenha alguma visão lá de fora, faço isso tentando não me movimentar muito rápido e nem devagar demais enquanto escuto os três caras combinarem algo do lado de fora.

Quando já estou posicionada e com o cabelo cobrindo parcialmente meu rosto um dos homens entra no carro e logo o põe em movimento muitas vezes em alta velocidade. O sinto passar a mão em mim toda vez que não precisa passar a marcha. Me apalpa de todo jeito possível, sinto nojo mas o que me conforta é que minha roupa é toda fechada então ele não tem acesso a nenhum pedaço da minha pele que não seja os braços.

Observo todo o caminho com um olho aberto e o outro fechado, até que depois de um longo tempo reconheço um dos bairros mais distantes que apenas ratazanas como eu conheceria, numa curva próximo a uma viela onde eu poderia fugir rapidamente e encontrar ajuda o carro diminui a velocidade e sem pensar em mais nada a não ser em rezar para que elas fiquem bem abro a porta do carro e me jogo para fora, rolando pelo chão de pedras que me machucam por inteira mas eu não ligo, tudo aqui é questão de sobrevivência, assim que me ponho de pé ouço uma moto freiar perto de mim e consigo ver um dos homens que nos pegou descer da mesma e vir em minha direção.

Não perco tempo e corro para a viela ouvindo os passos atrás de mim incansáveis, como sou menor acabo sendo mais ágil então chego ao fim dela rápido, escalo a grade rapidamente como já fiz várias vezes durante minha adolescência e algumas poucas na vida adulta também fugindo, mas quando chego no topo sinto meu pé sendo segurado, com golpes certeiros consigo me soltar e o que fica para trás é apenas meu tênis, o que não importa em nada naquele momento.

Pulo lá de cima e corro o mais rápido possível conseguindo despistar o monstro que me seguia, só quem já viveu nesse lugar sabe como se anda por aqui

A decisão final não é difícil já que vidas inocentes precisam de mim, então continuo correndo para o lugar que jurei nunca mais voltar.

Recuperando o músico - Família McNa 3Onde histórias criam vida. Descubra agora