𝐎𝐍𝐄 𝐒𝐇𝐎𝐓𝐒 | 𝐅𝐢𝐥𝐥𝐢𝐞

Minha nerd 🍓

Millie Point Of View 

— Você deveria aproveitar — a ruiva sorri conforme gesticulava com as mãos — Aproveitar suas férias de verão para tomar um banho no mar, se bronzear, pegar alguns gatinhos... 

O livro em minhas mãos se abriu novamente, e com a maior cara de entediada que tenho, eu voltei a minha atenção nas palavras. Ignorando o fato de estar morrendo de calor nesse quarto que estava pegando fogo.

— Não, obrigada. 

— Agh! Qual é, Millie. Viemos até aqui para aproveitar, e você fica com a cara neste livro? — a garota pergunta indignada — Estamos de férias.

 — Eu só vim aqui porque você me pediu, então não me obriga a descer lá para ficar vendo vocês jogarem vôlei — digo já convicta em minha palavras — Não é o meu tipo. 

— Não tente dar desculpinhas, Millie. Nós duas sabemos que você não quer ir por causa dele! — sinto minha garganta se fechar.

— N-Não é isso. Agora volta lá, porque eu não vou ir. 

Pela sua cara, Sadie estava bem cansada. Então apenas respirou fundo, saindo do quarto furiosa. Eu por conhece-la bem, quando a garota não consegue nada que quer, fica estressada o dia todo, mas eu não iria mudar de ideia. Mesmo desejando profundamente me refrescar, eu não queria ter que escara-lo. 

Com as férias de verão, meus amigos decidiram viajar para uma casa gigante bem de frente com o mar. A ideia era ótima até convidarem o filho da puta, escroto, imbecil, babaca, egocêntrico e o insuportável do Wolfhard. Um garoto popular da escola que só pensa em si mesmo, pegando metade do mundo apenas para aumentar o seu ego. Infelizmente, estudo com ele desde o pré, pois nossos pais são amigos, ou seja, tenho que conviver com ele desde quando me lembro por gente. 

Quando até que enfim eu consegui um tempo sozinha, um barulho extremamente alto de cama rangendo apareceu na parede bem atrás de mim. Eu não queria acreditar... até começar a ouvir a porra de gemidos no quarto ao lado, e eles vinham com o nome do desgraçado do Wolfhard. 
Me levantei na força do ódio, batendo meus pés com força no chão até eu caminhar até a porta. Bati na madeira inúmeras vezes, esperando que o babaca ou a puta da garota abrisse a porta. Porem, veio a primeira opção. O garoto abriu a porta vestido apenas com sua cueca, e ainda teve a cara de pau de sorrir ao me ver. 

— Pois não? — pergunta, que me fez rir desacreditada. 

— Eu não sei qual problema mental você tem, mas quero que saiba que existem pessoas além de você nesse mundo — aponto para o garoto, que me encarou de cima a baixo — Se não se importar, "Finnzinho". Enfia esse seu pau na porra de uma buceta longe daqui. E de preferência, em um lugar onde eu não esteja! 

Digo sentindo meu sangue ferver, e o cacheado assente sem dizer uma palavra. Não me sentia satisfeita, no entanto, ele calado é mil vezes melhor falando merda. Bem no fundo eu confesso que não era nem um pouco fácil manter meus olhos nos seus com seu corpo malhado bem à minha frente, principalmente a elevação que tinha no tecido branco. Antes de me virar para sair, ainda sentindo seu olhar no meu corpo, eu ouço o Wolfhard dizer.

— Sutiã novo? — me viro indignada para o garoto, que não parecia nem um pouco arrependido com suas palavras. 

Eu estava quase para esgotar, mas para não ser presa por homicídio, preferi voltar para o quarto. Ao me ver no espelho, percebo que eu fui brigar com ele usando uma regata da Ava e um shortinho batendo na polpa da minha bunda. Então devia ser por isso que ele não tirava seus olhos de mim.

A noite caiu e os gemidos pararam graças a mim, que traumatizei com certeza a garota. Eu continuei sentada na cama, lendo o livro em minhas mãos e esquecendo completamente as horas. Foi quando um barulho extremamente alto de música soou pela casa toda. Na varanda era possível ver inúmeros adolescentes entrando na casa.