Meu serial killer 💀

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Meu pai lia o jornal da semana, a minha mãe fritava os ovos para o café da manhã, a minha irmã cantarolava com a sua boneca estranha, e eu pensava no melhor jeito de eu morrer asfixiada com o meu travesseiro

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Meu pai lia o jornal da semana, a minha mãe fritava os ovos para o café da manhã, a minha irmã cantarolava com a sua boneca estranha, e eu pensava no melhor jeito de eu morrer asfixiada com o meu travesseiro. Como um dia totalmente normal, eu, Millie, pensava no meu fim. O que particularmente é totalmente fora de comum para a maioria.

— Aceita pão integral, querida? 

Ouço a minha mãe me perguntar com um sorriso, e eu penso no melhor jeito de dizer que eu preferia estar em baixo da terra. No mínimo, isso resultaria em mim, atrás das grades e com uma camisola branca. 

— É melhor que nada — dou de ombros. 

— Mais um adolecente foi morto — meu pai diz, não se importando com nada além do papel velho. 

Papai é um homem seco, nunca sorri, nunca fica bravo. Suponho que é de família. Em todos os lados, ele é um bom homem que ama fazer as pessoas rirem, mesmo nunca mostrando ou se esforçando.

— Esse dias estão ficando cada dia mais sombrios — a mulher no fogão sussurra — Há mortes todos os meses e ainda não acharam o assasino.

— A mídia sempre esconde esses casos. Não sabemos se o governo está por trás disso — encaro o mais velho, que leva a sua xícara de café até a boca — Quero ver até onde isso irá dar. 

Totalmente pega pelo meus pensamentos, eu ouço uma buzina alta lá fora, me fazendo perceber que mostrava 7:40 em ponto no relógio da parede. Respirei fundo para mais um dia e me levanto da cadeira, pegando o pão de ovos mexidos no prato, no qual foi estendido pela minha mãe. 
Deixo um beijo na sua testa e saio da cozinha, jogando o pão para carrapicho, que ao me ver balançou o rabo. Saio de casa com a minha mochila de xadrez nas costas, acenando para os meus amigos. Sadie, uma ruiva safada. Caleb, o riquinho da turma. Noah, o hétero que gosta de rola. E gaten, o mais inteligente. Todos são bastante extrovertidos, totalmente diferente de mim. 

— Espero que não se importe com a nota de física — Noah sorri, e eu paro de andar até o carro.
 
— Claro que me importo! Vou ficar de recuperação se eu faltar mais aulas — digo indignada, e a sink abre a porta do carro. 

— Não lhe avisei? Ela surtou.

— Fica tranquila, vamos aproveitar muito mais do que ficar preocupados com as notas — a garota sorri, abrindo os braços, animada — Vamos aproveitar! 

Aproveitar era uma palavra extraordinária comparada ao banho de sangue que se formou naquela tarde. Os gritos de terror era se ouvido pelo parque abandonado, mas ninguém estava perto o suficiente para nos salvar. Viramos brinquedos de diversão para o garoto de mascara, que esfaqueou um, por um, como sacos de pancadas. A única coisa que tinha em minha mente era; por qual motivo eu ainda estava viva? 

— Coma — ouço o garoto dizer, me entregando uma vasilha vermelha com sopa. E eu me afasto no chão sujo feito de concreto. 

Seus olhos escuros me encararam, sendo a única coisa que eu poderia ter o contato profundo, já que a máscara ridícula que o mesmo usava não havia como eu ver algo. Viro o meu rosto, sentindo uma imensa raiva, e o garoto de cachos deita a cabeça para o lado. 

𝐎𝐍𝐄 𝐒𝐇𝐎𝐓𝐒 | 𝐅𝐢𝐥𝐥𝐢𝐞Onde histórias criam vida. Descubra agora