— As luzes funcionam aqui — Beomgyu olhou em redor, encontrando tudo bem iluminado.
— O hotel possui um gerador próprio — Yeonjun explicou.
Os dois adentraram a recepção do hotel, e Yeonjun guiou-os até a recepcionista, que não deveria ser mais velha do que Huening Bahiyyih, como Beomgyu denotou, e que os cumprimentou com um aceno de cabeça e um sorriso gentil.
— Opa, tudo bem? Vou precisar da cópia da chave do quarto 611 — Yeonjun ditou, inflando o peito. Agora que tinha corrido cerca de dois ou três quilômetros até o hotel, tinha as bochechas vermelhas e um filete de suor escorrendo por sua testa.
Ao ouvir o número do quarto, as costas de Beomgyu retesaram.
— E a sua chave? — a recepcionista perguntou casualmente, como se já conhecesse o barista.
— Está com Wooyoung.
Ela franziu as sobrancelhas retas, como se duvidasse das palavras de Yeonjun, mas logo curvou as costas e deslizou sobre o mármore do balcão a chave reserva do quarto indicado pelo barista.
— Traga a outra chave da próxima vez — ela resmungou, ajeitando-se sobre a banqueta.
Com um sorriso amarelo, os dois apanharam o cartão do hotel e saíram em direção à área dos elevadores. Beomgyu balançou o corpo de um lado para o outro conforme esperava pela cabine.
— Há quanto tempo você tá aqui? — o mais novo perguntou.
— Hoje é o meu primeiro dia.
— Primeiro? Parecia que você conhecia a recepcionista há algum tempo...
— Conheci ela durante o evento da Ordem Secreta — Yeonjun explicou, encarando Beomgyu.
— Ah, é verdade... — a lembrança de que o Hotel Crown sediou o último evento da Ordem Secreta de Busan cruzou as sinapses do aspirante a engenheiro, fazendo-o franzir o nariz.
Quando o elevador alcançou o andar da recepção, ganhando dois novos passageiros, a madrugada deixou de ser taciturna e insípida, tanto para Choi Yeonjun quanto para Choi Beomgyu. Assim que as portas da cabine metálica se fecharam e os dois finalmente ficaram a sós, como tanto ansiavam desde o início do dia anterior, uma faísca eletrizante, atônita e alegre envolveu-os.
Já no sexto andar do hotel, eles caminharam em silêncio em direção ao quarto. Yeonjun abriu a porta, usando o cartão reserva para destravar a trava magnética. Ao pisar no carpete do corredor do quarto do hotel, Beomgyu teve o vislumbre de uma cama de casal, uma escrivaninha e uma televisão.
O quarto 611 permanecia o mesmo. Nada havia mudado de lugar desde a última vez que Beomgyu o visitara, na noite de Halloween. Agora, no entanto, ele reparou nas portas de armário à direita do corredor e no banheiro à esquerda.
— Você tem uma coberta? — ele perguntou, deslizando as almofadas dos dedos da mão destra pela moldura das portas do armário.
— Por quê? — Yeonjun perguntou, parado em frente a Beomgyu. Logo, no entanto, ele se virou e alcançou o centro do quarto, próximo à cama. Com apenas as luzes do corredor do quarto acesas, o mais novo não conseguiu distinguir o que Yeonjun fazia lá dentro. Isto é, até o mais velho retornar com uma coberta fina e felpuda em mãos. — Isso serve? Você sente frio?
— Eu não sinto — Beomgyu respondeu, apanhando o tecido. A textura macia fez cócegas nas palmas de suas mãos. Ele deu um passo à frente, aproximando-se de Yeonjun, e deslizou o cobertor pelos ombros do barista, cobrindo-o. — Mas você sente.
Yeonjun sentiu as bochechas quentes.
— E o seu celular? Ou o casaco? E a chave do quarto? Como você vai pegar? — a chuva torrencial de perguntas disparou por entre os lábios de Beomgyu.
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Anonimato • Beomjun
FanficNum dia letivo da faculdade, Choi Beomgyu recebe um convite anônimo para uma festa à fantasia no Dia das Bruxas, cujo objetivo é que os convidados apareçam mascarados, com roupa de gala, e passem despercebidos durante toda a noite. Aquele que tiver...