dinner time.

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pov s/n.

— Eu estou tão feliz por você finalmente conhecer a minha mãe, ela irá te amar! - minha namorada América sorriu, enquanto comprimia minhas bochechas entre suas mãos.

Eu sorri para ela, tentando suprimir meu nervosismo, mesmo que ela já soubesse o quão nervosa eu estava. América e eu nos conhecemos há cinco anos e estamos namorando há cerca de seis meses, vamos apenas dizer que ela sabe me ler muito bem.

— Ei, não fique nervosa. - América disse enquanto dava um beijo em meus lábios. — Minha mãe é legal, só não xingue perto dela e você vai viver.

Ela estava certa, além do fato de que essa mulher era rica o suficiente para comprar todas as coberturas em Los Angeles e mais, ela também era a mãe da garota com quem eu queria passar o resto da minha vida junto. Você poderia dizer que é muita pressão pra uma pessoa só, mas não poderia ser tão assustador assim, certo? Aliás, eu já havia conhecido a outra mãe da América e ela foi incrível, não tinha porquê ser diferente com a outra.

Eu acho que me sinto dessa forma porque estou com medo que a Sra. Romanoff não vá me aprovar, porque como eu disse, a família da América é extremamente rica e privilegiada, já a minha, bom, não é. Eu sei que isso não deveria importar, pelo menos para a América não importa, mas eu não tenho a menor idéia do que a Sra. Romanoff irá pensar sobre mim quando perceber que eu tenho a classe social diferente da dela. Então, eu não era tão rica e privilegiada como a família da América e talvez eu não viva em um bairro chique como este, mas eu continuava sendo uma boa namorada.

No momento em que eu coloquei meus olhos nela, eu tive a idéia de que ela seria especial. Ela era a típica popular líder de torcida, mas não por causa do seu sobrenome, ela era conhecida porque era gentil, leal e atenciosa, América era uma das mocinhas nessa história, ela me respeita como eu a respeito, e eu acho que essa é a razão principal do porquê funciononava tão bem entre nós. Eu tinha sorte em tê-la, não só como namorada mas também como a minha melhor amiga, por mais clichê que isso vá soar.

— Pronta? - ela me perguntou, e eu ainda não tinha certeza, mas ela abriu a porta da frente mesmo assim e segurou minha mão enquanto caminhávamos para dentro de sua casa.

Eu amava vir em sua casa, não porque era enorme, eu amava porque me sentia segura e acolhida no momento em que colocava os pés para dentro, o tom azul pastel nas paredes, o marrom amadeirado do chão e o interior romântico, poderia te fazer sentir como se estivesse voltando pra casa, mesmo que fosse a sua primeira vez visitando, minha casa não era nada parecida.

Eu me lembro da minha primeira vez na casa da América como se fosse ontem, nós éramos estudantes cursando a sétima série e ela estava dando a sua festa de 13 anos, eu fui boba em não notar o quão rica ela era aí, quem dá uma festa quando se faz 13 anos? Não uma festa com os seus cantores favoritos lhe fazendo um show particular. Kate, Peter e eu, fomos juntos e no momento em que chegamos a casa, pensamos que estávamos no endereço errado.

Eu sorri com a memória, se alguém naquela época me dissesse que eu terminaria namorando América Hill C. Romanoff, eu teria dado risada em sua cara.

— O que é tão engraçado? - América perguntou assim que fechou a porta atrás de nós, ela me ajudou a tirar o casaco e o pendurou em seguida.

— Nada não. Onde estão suas mães? - perguntei a ela ao caminharmos para dentro da casa. Eu deixei América me guiar pelos corredores, não me sentindo confortável o suficiente.

— Minha mãe Maria provavelmente está preparando o jantar e minha outra mãe estará em casa a qualquer minuto.

Quando entramos na cozinha, a Sra. Hill estava de fato preparando o jantar e seu rosto se iluminou assim que nos viu. Eu me sentia mal, sentia que estava interrompendo o momento em família, América uma vez me disse que sua mãe não aparecia muito para o jantar, que era na maioria das vezes só ela e sua mãe Maria. Eu gostaria que ela tivesse perguntado a sua mãe antes se eu poderia ficar para o jantar, mas como eu já tinha escutado, ela sempre fazia comida o bastante para alimentar no mínimo três famílias.

Maria Hill era uma mulher de classe e muito linda, com o seu cabelo escuro e olhos azuis brilhantes, você facilmente se sentiria intimidado por ela.

— Ei crianças! S/N, que bom te ver outra vez. - ela sorriu antes de me puxar para um abraço apertado. Pelo canto do olho eu conseguia ver América dando risadinhas divertida.

— É bom te ver uma outra vez também, Sra. Hill. O jantar está com um cheiro ótimo, aliás. - eu disse e realmente falava sério, eu bem que desejava ter uma mãe que cozinhasse refeições diferentes e deliciosas todas as noites, ao invés disso, a única comida que eu conhecia era pizza.

— Por favor, querida, me chame de Maria. Você gostaria de ficar para o jantar? Tem comida de sobra. - realmente parecia que Maria estava fazendo muita lasanha, seria rude dizer não a ela, então eu me voltei para América e ela balançou a cabeça freneticamente.

— Claro, eu adoraria. - confirmei.

Eu não pude deixar de notar o quanto América estava satisfeita em ver sua mãe me tratar tão bem, quero dizer, pra mim era natural me dirigir a mais velha com respeito, mas ela ser genuinamente um doce de pessoa, ajudou bastante.

— Venha, vamos esperar nos fundos até o jantar estar pronto. - América sugeriu e eu olhei mais uma vez para a Sra. Hill, para checar se ela não precisava de nenhuma ajuda e, antes mesmo que eu tivesse a chance de perguntar, ela respondeu:

— Vocês duas se divirtam e relaxem, eu vou chamá-las quando estiver tudo pronto.

Nós não esperamos que ela tivesse que dizer aquilo duas vezes e nos encaminhamos para o enorme jardim, eu observei América tirar seus sapatos e gentilmente me sugerir a fazer o mesmo.

— Para que possamos sentar com os pés na piscina, é romântico. - explicou em meio a gargalhadas quando viu meu rosto. Dei de ombros e retirei meus sapatos também, indo me juntar a ela na beirada da piscina.

América segurou minha mão e depositou beijos molhados em minha pele, me fazendo arrepiar inteira.

— Para! - resmunguei, ela me olhou, fingindo espanto.

— Eu sei que você ama.

— Não amo não, é nojento. - eu amava.

[...]

Depois do que pareceu mais alguns minutos, Maria nos chamou e enquanto América corria para dentro, eu devagar a seguia. Eu estava começando a ficar mais nervosa conforme os minutos se passavam, eu sabia que conhecer a Sra. Romanoff provavelmente não seria tão ruim, mas eu não conseguia parar de pensar que essa seria minha única chance de causar uma primeira impressão.

E vocês sabem o que dizem, você nunca tem uma segunda chance de causar uma boa primeira impressão.

Be Mine (natasha/you) Onde histórias criam vida. Descubra agora