morgan; e daí?

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pov natasha.

Eu sentia o seu hálito quente em meu pescoço, enquanto meus lábios lentamente encontraram o caminho até o seu ouvido, alguns fios soltos do seu cabelo chegaram a fazerem cócegas em meu queixo. Tudo sobre ela que eu deveria odiar, se transformava em algo a mais do que só sexo, diferente do que ela pensava, eu queria mais do que apenas sexo com ela.

— Por favor, não faça isso...

S/N tentou me empurrar para longe, mas eu não permiti que as suas palavras tivessem impacto e pressionei o meu corpo no dela e agarrei os seus pulsos, a impossibilitando de se mover, eu a queria o mais perto possível.

— Fique comigo, eu sei que não deveríamos, eu entendo e eu sei também o que isso parece, mas mais ainda, eu sei de quem você realmente gosta. - bastava os nossos corpos se tocarem para eu a ouvir gemer.

— Não é justo, você não me ama assim. Eu estou te pedindo por favor, me deixe ir.

Em um segundo, eu a soltei e voltei para a minha mesa, antes de me sentar e fingir que não ultrapassei alguns limites importantes. É claro que eu a amava, mais do que deveria me permitir amar, mas não iria insistir mais nisso e dessa vez era pra valer, era realmente injusto, não era saudável e ela dizia gostar de um outro alguém.

— Eu te vejo amanhã. - falei, a observando vestir a sua jaqueta e em troca ganhei um olhar mortal.

Me assusta não ter a certeza de que ela voltaria e, eu não falo sobre o emprego, me assusta a possibilidade de que talvez ela não me escolha.

— Você é louca. - ela balançou a cabeça ao se virar e sair do meu escritório.

— Louca por você, S/N. - literalmente, mas não saberia dizer se ela me ouviu.

Antes que a porta se fechasse completamente eu consegui ver um pedacinho de Peggy olhando para dentro da minha sala de forma estranha e depois para S/N, eu não entendi, mas acho que fazia sentido ela desconfiar de qualquer pequena interação que tivéssemos, eu não fazia mais questão de esconder o quão fodidamente apaixonada por aquela maldita garota eu estava.

Um suspiro de alívio escapou da minha boca quando a porta se fechou, porque agora eu poderia finalmente entender o que acabou de acontecer. Eu não acredito que mais uma vez não resisti em tocar S/N. Não importa o quão confusa fosse a nossa relação, ou não relação, no caso, o meu corpo ainda reagia ao dela como se ela fosse algum tipo de deusa ou algo assim, o plano deveria ser permanecer a uma distância segura mas o meu coração era inteiro dela, como nunca foi de ninguém mais, nem mesmo da mãe da minha filha e sempre seria.

pov sn.

Quando finalmente deixei o grande prédio e fui para o ônibus, mandei uma mensagem para Peggy e perguntei se ela queria conversar hoje à noite. Não importa o quão assustador essa merda fosse, eu precisava dizer a verdade a ela, pra ser honesta comigo mesma e com a Natasha, eu precisava ser com a Peggy também.

Nós nunca daríamos certo de qualquer forma, mesmo que eu falasse sério sobre a minha demissão, eu ainda estaria mentindo se dissesse que não é com a Natasha com quem eu quero ficar.

Não que eu vá confessar isso pra ela também.

No ônibus a caminho de casa, Peter me mandou uma mensagem e perguntou como foi o meu encontro com Peggy. Contei a ele tudo sobre e acabei por desabafar sobre a minha última conversa com Natasha e o quanto eu ainda nutria sentimentos por ela. Eu estava com medo de expressar os meus sentimentos por Natasha em voz alta, especialmente porque já tentamos uma vez.

Be Mine (natasha/you) Onde histórias criam vida. Descubra agora