i want her to look at me

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Era sexta a noite e eu estava assistindo filme com a América em seu quarto, o lugar era tão aconchegante e cheirava tão bem, as paredes eram em um vermelho claro com posters de cantoras e ícones feministas espalhados, a gata é lacre atrás de lacre, era muito mais organizado do que o meu, vamos frisar isso e ela provavelmente tinha a moça que trabalha aqui a agradecer. Mas o que eu mais gostava no quarto dela era que o mesmo ficava na ala esquerda e o da suas mães, ficava na ala direita e como a sua casa era enorme de grande, podíamos fazer o quanto de barulho que quiséssemos.

Essa era a minha primeira vez assistindo invocação do mal e provavelmente seria a última, eu odiava filmes de terror, eu nem sei porque disse sim quando América me perguntou se eu queria assistir esse filme, bom, "assistir" era uma palavra meio forte, já que eu passei a maior parte do tempo com as mãos tapando meus olhos.

O jantar hoje foi legal, Maria nos fez espaguete, acho que ela tinha alguma coisa com comida italiana, a única coisa que me deixou desapontada, foi que a Sra. Romanoff não se juntou a nós essa noite. Me disseram que ela ainda tinha muito trabalho a fazer e por isso iria perder o jantar, porém ela poderia chegar em casa a qualquer minuto agora, causando aquele estranho sentimento em meu estômago que eu estava sentindo mais cedo minutos antes de vir pra cá.

Eu pulei fora dos meus pensamentos e percebi que estava sentada do lado da minha namorada, eu quase me sentia culpada por me sentir dessa forma sobre a sua mãe, mas não era como se algo fosse acontecer entre nós duas, só fantasiar não iria machucar ninguém, certo?

América começou a beijar meu pescoço, me fazendo rir suavemente, o filme estava pausado e seu notebook fora colocado de lado, o que claramente significava que não íamos mais assistir, por mim estava tudo bem. Sua mão escorregou para debaixo da minha blusa e alcançou meus seios, eu gemi baixinho e fechei meus olhos.

— Quer mesmo fazer isso agora?

— Sim... - sussurrou em meu ouvido. — Já faz algum tempo desde a última vez. - eu ri.

— Faz literalmente dois dias.

Ela tirou minha blusa, me deixando somente de sutiã e o meu jeans e começou agora com beijos por minha barriga, lentamente seguindo o seu caminho até alcançar o botão da minha calça.

— Exatamente, faz muito tempo. - a partir daí eu decidi apenas calar a minha boca e aproveitar o momento.

América abriu o meu zíper em seguida e cuidadosamente removeu a peça do meu corpo, ela tirou um momento para olhar pra mim como se eu fosse algum tipo de pedra preciosa ou algo parecido antes de me beijar na boca. Ficamos daquele jeito por um tempo até eu decidir que estava na hora de retirar suas roupas também. Quando enfim estávamos ambas nuas, América permaneceu com o seu corpo sobre o meu, eu ergui minhas costas do colchão, na intenção de me pressionar mais contra ela enquanto suas mãos se moviam cada vez mais rápido e ágeis.

No momento em que ela começou a sugar meu ponto de pulso no pescoço, eu sabia que não precisaria de muito mais para conseguir gozar, fechei os meus olhos e automaticamente imagens da Sra. Romanoff invadiram meus pensamentos.

Sério, agora??

Sabendo que eu não seria mais capaz de me livrar dessas imagens, eu descaradamente aceitei elas e assim que eu fiz isso, era quase como se a Sra. Romanoff estivesse em cima de mim ao invés da sua filha. Sua filha, minha namorada, minha alma gêmea.

Sua mãe...

Eu deixei escapar um gemido alto e logo todo o meu corpo relaxou naquela cama, meus olhos continuaram fechados e por um minuto pareceu que eu estava deitada sobre uma nuvem, mesmo que a América ainda estivesse trabalhando com os seus dedos, foi quando ela os puxou para fora de minha entrada que eu me dei conta que havia tido um orgasmo com a idéia da sua mãe me fodendo.

[...]

22h50

América e eu decidimos descer para a área da piscina, o céu ainda estava quente por causa do dia ensolarado de hoje e a brisa fresca criou a perfeita temperatura. Tínhamos ascendido uma fogueira e estávamos sentadas em um cobertor estendido na grama, enquanto assava alguns marshmallows. Eu iria passar a noite, já estava tarde e eu não queria incomodar minha namorada pedindo para que ela me levasse pra casa, eu não tinha vontade alguma de voltar pra casa agora sabendo que a minha irmã estaria lá.

Minha mãe não tinha problemas comigo dormindo aqui, eu já havia tido aquela conversa sobre sexo com ela e ela foi bem clara sobre, ela disse que eu podia fazer sexo o quanto quisesse, com quem eu quisesse, desde que eu fosse cuidadosa e usasse proteção, claro que naquela época ela ainda não fazia idéia de que tinha uma filha lésbica e agora que sabe, vamos dizer que foi um grande alívio, então estava liberado.

Eu assisti meu marshmallow queimar quando do nada Maria e a Sra. Romanoff apareceram ao nosso lado, Maria estava carregando uma bandeja com quatro coquetéis, América e eu imediatamente trocamos olhares.

— Fiz coquetéis pra gente. - minha sogra sorriu ao entregar um copo para mim, em seguida outro pra a sua filha.

Eu aceitei de muito bom grato, quem diria que a senhora "certinha" iria servir bebidas a duas adolescentes menores de idade. Bem que dizem que você não deve julgar um livro pela capa.

— Mas não se animem, não tem álcool neles. - Maria continuou, me fazendo retirar tudo o que eu tinha acabado de pensar sobre ela.

Estava bom demais pra ser verdade.

América e suas mães começaram a conversar sobre algo que eu não conseguia nem prestar a atenção, pois estava ocupada demais checando a Sra. Romanoff. Essa era a primeira vez que eu a via depois do acontecimento de ontem, e mais uma vez ela agia como se nada tivesse acontecido, que surpresa.

Ela estava tão bonita em sua blusa branca e calça social preta, apoiava os cotovelos sobre os joelhos e com às duas mãos cobertas com anéis segurava firme em seu copo, daqui eu conseguia notar algumas veias saltando tamanha a força que ela usava. Meu erro foi subir os olhos um pouquinho mais, um dos botões de sua camiseta estava a pouco de estourar, me fazendo quase derreter com a imagem. Eu sei que não era de bom tom olhar para a mãe da sua namorada daquela forma, e eu serei crucificada por isso, mas de alguma forma, saber que ela era a mãe da garota qual eu a não muito tempo atrás abri as minhas pernas, a deixava ainda mais atraente pra mim.

Eu estava apenas tentando me conter quando a Sra. Romanoff discretamente balançou seu coquetel em minha direção, eu lhe lancei um olhar me perguntado que porra ela estava tentando me dizer, ela então apontou para o meu copo e eu entendi o que ela estava fazendo. Olhando para a América e Maria, me certificando de que elas não fossem perceber, eu troquei o meu copo com o da Sra. Romanoff, o coquetel dela por outro lado, tinha álcool.

Eu tomei um gole e soltei uma risadinha.

— O que é tão engraçado? - América me olhou.

Dei de ombros e continuei bebendo do líquido no copo, até que estivesse vazio. América e suas mães ainda mantiam a conversa, mas eu não tinha a energia ou a necessidade de participar. Eu estava cansada, estava bêbada, - sim depois de um coquetel eu estava bêbada, eu sou peso leve - e principalmente, eu estava confusa. Talvez fosse apenas a pressa que a idéia de ficar com a mãe da minha namorada estava me dando, ou era mais do que isso. Eu não estava gostando dela, estava? Porque primeiro, ela era a mãe da minha namorada! E segundo, eu conhecia ela a o que? Dois dias?

Eu fui bruscamente desperta quando América tocou minha mão e falou comigo.

— Você está bem? - sussurrou em meu ouvido.

Mesmo que eu não estivesse completamente bem, eu forcei um sorriso para ela.

— Eu estou cansada, só isso, acho que deveríamos encerrar a noite.

América se levantou e estendeu a mão em minha direção, esperando me ajudar a levantar, e assim que o fiz, dissemos as suas mães que estávamos indo pra cama e enquanto fazíamos o nosso caminho pra dentro, eu dei uma última olhada para trás para ver se a Sra. Romanoff estava olhando para mim e como eu estava esperando, era exatamente o que ela estava fazendo, mas não para mim, ao invés disso, ela estava olhando para a sua esposa e, então eu me dei conta de que ela nunca me veria da forma como eu gostaria, eu era apenas a namorada da sua filha e era só o que eu seria.

Be Mine (natasha/you) Onde histórias criam vida. Descubra agora