Be Mine (natasha/you)

tears of pleasure.

Era o fim de um dia de trabalho e eu estava sentada no escritório da Natasha, esperando que ela terminasse algumas correspondências.

Ela me chamou para discutir a minha primeira semana aqui no escritório e eu me sentia um pouco nervosa por estar sozinha com a Natasha em uma sala, de novo. Eu até consegui evitá-la durante a maior parte da semana, embora fosse um desafio, considerando que eu trabalhava no mesmo andar que ela.

O trabalho em si era bom. Peggy de todas as funcionárias existentes neste andar, foi a que recebeu a tarefa de me ajudar esta semana e apesar de tudo o que eu pensei que ela seria, ela foi realmente um doce, não só no trabalho, digamos assim. Como sempre, eu tinha minhas opiniões sobre as pessoas prontas antes mesmo de conhecê-las; claro que existiam algumas vadias por aqui e ali, mas acho que isso é algo que você nunca conseguirá evitar completamente.

Peggy, que eu acabei por descobrir, tinha apenas alguns anos a mais do que eu, ela era alta e bonita e eu começava a desconfiar de que ela estava totalmente apaixonada por mim, ou pelo menos estava se apaixonando.

Toda vez que eu passava, suas bochechas ficavam vermelhas e ela sorria sedutoramente. Eu deveria fazer algo a respeito, mas apenas com uma semana de trabalho, eu notei que a forma como Peggy reagia a mim, era a mesma forma como outras mulheres e pior ainda, homens, trabalhando aqui, reagiam a Natasha, então como eu poderia impedir Peggy de se apaixonar por mim? No mínimo ela estava era me fazendo um favor ao não cair nas graças da ruiva mais velha.

Senti o meu celular tocar no bolso do blazer preto que eu estava usando, um blazer que peguei emprestado com Wanda porque eu não tinha nada apropriado para vestir.

Considerando que a Natasha ainda estava ocupada com os seus e-mails, decidi checar rapidamente o meu telefone, um pequeno sorriso surgiu em meu rosto quando eu vi que era uma mensagem da Peggy, esqueci de avisar, que estávamos trocado mensagens de texto nos últimos dias e, honestamente, me sentia como uma garotinha sempre que falava com ela.

"Mal posso esperar para vê-la esta noite. Só espero que você não tenha medo de altura"

Reli o seu texto algumas vezes e mordi o lábio inferior, eu não diria que tenho medo de altura, mas eu também não era uma grande fã, mas onde diabos ela estava planejando me levar que envolvia altura?

Peggy estava tão determinada a querer que este encontro fosse uma surpresa, eu imediatamente disse a ela que odiava surpresas, mas, como eu esperava, ela não se importava muito, eu chutei todos os lugares possíveis que ela poderia me levar, mas depois de um tempo eu simplesmente parei de tentar descobrir.

Peggy era divertida e doce e poderia me levar a um estacionamento imundo e eu não me importaria, e não me importei quando o fez. Eu estava empolgada para esse encontro, talvez um pouco empolgada demais e, eu sabia que onde quer que a Peggy me levasse, iríamos nos divertir.

— Por que você está sorrindo? - a voz profunda da Natasha me assustou.

Eu não percebi que ela já havia terminado com as suas correspondências e estava parada na minha frente, eu senti como se tivesse sido presa por fazer algo ruim, quando na verdade eu estava apenas sorrindo para o meu próprio telefone. Provavelmente era melhor se a Natasha não soubesse o motivo pelo qual eu estava sorrindo, imagina colocar em risco não só o meu emprego, como o da Peggy também.

— Nada, apenas um vídeo engraçado. - dei de ombros na esperança de que ela acreditasse.

E pareceu que sim, já que ela deixou por isso mesmo e se sentou no sofá de couro, ela cruzou as mãos e olhou para mim com um pequeno sorriso no rosto, uma sensação estranha apareceu na boca de meu estômago e eu tentei ao máximo ignorá-la.