i'm in love with you.

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Estava quieto aqui fora, a brisa fresca da Califórnia soprou em meu cabelo e eu fechei os olhos por um segundo, me sentindo feliz por estar de volta em casa. Rolando a minha mala atrás de mim, fiz o meu caminho até a porta da frente da minha casa, enquanto eu mexia em minha bolsa para procurar as minhas chaves, a porta foi aberta por Michelle e surpreendentemente, eu estava genuinamente feliz em vê-la.

Com um grande sorriso no rosto, a minha irmã me puxou para um abraço e beijou a minha bochecha.

— Graças a Deus você voltou, eu não me lembro de um momento em que a minha vida ficou tão chata e vazia, sem a minha irmãzinha pra incomodar.

Tínhamos exatamente 1 ano e 4 meses de diferença, então provavelmente a vida dela foi muito chata aí, mas decidi deixar isso passar, eu não tornaria isso sobre mim, eu apenas estava feliz por estar em casa, onde tudo ainda era como eu conhecia e não precisava andar por aí guardando segredos.

Tá, não era como se eu fosse contar a minha mãe e a minha irmã sobre a Natasha, mas pelo menos a América não estava aqui. Depois do que aconteceu ontem, eu sentia que não podia mais mentir, foi tão estranho quando estávamos no avião, Natasha e Maria não trocaram uma palavra e eu nunca tinha visto a América tão desconfortável em toda a sua vida, ela estava no meio de uma briga entre as suas duas mães e é claro que não havia como escolher um lado, ela também continuou se desculpando comigo por ter que vê-las agindo assim e como ela estava tão envergonhada por elas.

Honestamente, não foi culpa dela, e eu disse isso a ela, várias vezes. Não havia nada que ela pudesse fazer em relação a briga de suas mães, às vezes, temos que entender que os nossos pais também são humanos e que cometem erros, brigam ou estragam tudo, mesmo que isso não significasse que não era traumático para nós.

Pelo o que eu sei, Maria foi direto para a casa do pai dela depois que pousamos no aeroporto e América voltou com a Natasha para a casa delas, ela até me perguntou se eu gostaria de ficar com ela e não importa o quanto eu quisesse estar lá para ela e por ela, eu estava fisicamente e mentalmente exausta desta viagem e precisava ir para casa, para a minha casa.

Michelle pegou a minha mala de mim e eu a segui até a sala, assim que ela me viu, minha mãe se levantou do sofá e também me puxou para um abraço apertado. Eu tinha ficado fora por uma semana e elas agiam como se eu tivesse ficado fora por cinco meses, eu bem sabia do porquê da minha mãe estar tão feliz por eu enfim estar de volta em casa, porque isso significava que ela não precisava mais ficar e lidar sozinha com a sua filha mais velha. Mesmo sendo a sua filha, ela nunca soube de fato como lidar com ela em certas situações, era por isso que eu a ajudava com isso, não que eu tivesse uma escolha. Eu entendia a Michelle melhor do que ela, de qualquer forma.

— Então me diga. - mamãe disse depois que ela me soltou e todas nos sentamos. — Como foi em Miami? Você está bem bronzeada, as mães da América foram uma boa companhia?

Por que as pessoas sempre fazem tantas perguntas?

Dei de ombros.

— Foi tudo bem, foi principalmente apenas uma viagem para relaxarmos, então não esperávamos muito ir à praia e jantar em restaurantes chiques.

O sorriso da minha mãe era fraco, embora ela tentasse ao máximo fazê-lo parecer convincente, eu sabia que ela odiava como ela nunca seria capaz de levar Michelle e eu para jantar em lugares como os que eu conheci com outra família. Não que fosse importante pra mim, ela já fazia demais por essa família para exigirmos mais, mas aparentemente importava para ela.

— E vocês? Aconteceu alguma coisa aqui? - eu perguntei, mudando de assunto.

Mamãe olhou para MJ e MJ deu de ombros enquanto falava.

Be Mine (natasha/you) Onde histórias criam vida. Descubra agora