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Natasha havia saído a pouco e eu tinha terminado o café a não muito tempo também, e agora me encontrava no meu quarto procurando universidades para me candidatar enquanto não dava a hora de sair para o trabalho, quando de repente Michelle entrou.

Ela fechou a porta atrás de si, algo que normalmente nunca faz, ela não tinha educação.

— Ei. - murmurei distraidamente, os olhos ainda na tela.

— Robert quer ver você.

Desta vez, eu olhei para a minha irmã com as sobrancelhas levantadas. Pelo o visto MJ e Robert são mais do que só amigos, são família agora, e aposto que minha mãe não fazia ideia.

Seja como for, eu não queria fazer parte disso.

— Bem, diga a ele que não quero vê-lo.

Michelle soltou um gemido frustrado antes de se sentar ao meu lado na minha cama.

— Por que você está sendo tão difícil? - ela perguntou.

Isso era mesmo uma pergunta séria? Eu sei que o cérebro de MJ funcionava diferente do das pessoas normais, mas ela deve ter um pouco de bom senso né?

— MJ, este homem literalmente é o irmão do homem que você por acaso assassinou, você sabe o que ele quer aqui? Ou o que ele quer com a gente? Eu não vou fazer parte disso e você deveria ao menos fingir que se importa.

Quando me dei conta, eu estava levantando o tom de voz, tanto que ela gesticulou para que eu ficasse mais quieta, mamãe ainda estava em casa e se ela algum dia nos ouvisse falar sobre o seu ex cunhado, iria pirar.

Por alguma razão eu queria que ela nos escutasse, eu não estava gostando de esconder isso dela, ela era mais importante pra mim do que esse tal Robert jamais seria e saber o que ela pensa sobre, significaria muito, apesar de que eu já tenho ideia do que ela diria.

"Só por cima do meu cadáver" no mínimo.

— Mas você não quer conhecê-lo? Não é o nosso pai em carne e osso, mas é basicamente com o que sonhamos desde que éramos pequenas! - disse Michelle.

Não, não era nem de longe a mesma coisa, eu nunca sonhei com nada disso, apenas sonhei em conhecer o que meu pai teria sido, é diferente. Mas ele estave ocupado se certificando de que teria filhos o suficiente no mundo para sentir a sua ausência, não sendo exatamente um pai.

Mas é, talvez o daddy issues de MJ seja mais intenso do que o meu.

— Ele vai embora logo, não tem com o que nos preocupar de qualquer forma. - Michelle continuou, decidida de que continuaria nutrindo essa relação.

E eu agi como se as palavras dela não me afetassem. Nada que ela me dissesse me faria mudar de ideia, além disso eu tinha assuntos mais importantes a tratar, tipo, como terminar com Peggy o que eu sequer comecei.

Minha irmã olhou para mim por mais alguns segundos, talvez esperando por uma reação, mas como não obteve nenhuma, saiu silenciosamente do meu quarto.

Eu gemi frustrada e fechei o meu laptop.

Focando no que realmente era um problema, mandei uma mensagem para Peter e disse a ele que precisava de um conselho. Eu já havia contado brevemente a ele sobre Peggy e o meu despertar para a realidade pelo telefone, mas precisava falar com ele sobre isso cara a cara. Ele logo me respondeu com uma mensagem, dizendo que estava quase saindo do trabalho e me pediu para encontrá-lo em um novo café no centro de Los Angeles.

Como eu teria que pegar o ônibus mesmo e passaria por perto, concordei, desci correndo para pegar a minha bolsa, gritei tchau para minha mãe e irmã e fui até a rodoviária.

Be Mine (natasha/you) Onde histórias criam vida. Descubra agora