festa.

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alguns meses depois.

Com o rosto apoiado na palma da mão, eu observava os moradores e turistas passarem, alguns estavam curtindo o sol com um copo de sorvete na mão, outros tirando fotos uns dos outros e juro que até vi paparazzis passarem correndo. Respirei fundo e estiquei os braços no ar, trabalhar em santa mônica era bom, mas em dias como aquele ninguém parava em uma floricultura, eu só tive cinco clientes durante o dia inteiro.

Verifiquei a hora no meu celular e notei que era quase o fim do meu turno, ainda levaria cerca de 40 minutos até que eu finalmente chegasse em casa, mas eu sabia no que estava me metendo quando me candidatei a este emprego, a razão pela qual eu queria um emprego tão longe de casa era porque as chances de ver alguém do colégio em santa mônica eram muito pequenas, especialmente em uma floricultura aleatória.

Um velho de bigode e sorriso amigável no rosto entrou na loja e acenou para mim.

— S/N, você está trabalhando de novo neste lindo dia? Essa loja não tem outros funcionários?

Eu ri e falei.

— Sr. Lee, em que posso ajudá-lo?

— O de sempre. - ele piscou e eu imediatamente assenti, sabendo o que fazer.

Fui até as rosas vermelhas no balde e peguei apenas uma delas, o Sr. Lee vinha a esta floricultura específica há quase trinta anos para comprar rosas vermelhas para a sua esposa a cada mês que completavam juntos, infelizmente a sua esposa faleceu há dois anos atrás, então agora ele levava as rosas até o túmulo dela, e eu acho que é bem romântico.

Dei-lhe a rosa embrulhada em papel e ele apertou uma nota de cinco dólares na minha mão, uma rosa custava apenas dois dólares e ele sabia disso, abri a boca para dizer que ele me deu muito dinheiro, mas ele foi mais rápido.

— Fique com o resto querida, aproveite este lindo dia. - disse ele e saiu da loja.

Eu sorri em agradecimento e coloquei os três dólares extras no bolso da minha calça jeans e continuei observando as pessoas até que o meu turno finalmente acabou.

Eram 18h, então tranquei a floricultura e fui até a rodoviária mais próxima, cerca de 45 minutos depois, finalmente abri a porta da minha casa e fui direto para a sala, eu não esperava que ninguém estivesse em casa ainda, então foi uma surpresa ver a minha irmã sentada no sofá.

Me sentei ao lado dela e tirei os meus sapatos.

— O que estamos assistindo? - perguntei a Michelle e agarrei uma mão cheia da pipoca que ela estava segurando.

Ela deu de ombros e olhou para mim.

— É um filme sobre um serial killer, não sei, algo nele realmente me chamou a atenção.

Revirei os olhos para ela e tentei me concentrar no filme, que aliás, era estúpido e nada sobre ele era realista, assassinar alguém não era como mostravam nos filmes e eu não tinha orgulho de dizer que sabia tudo sobre como realmente acontecia, graças a minha irmã sentada do meu lado, eu tinha bastante experiência neste assunto.

Pensar nisso me fez sentir mal do estômago, então eu me levantei e tomei um banho rápido antes de ir me deitar na minha cama, era sexta-feira à noite e, como em todos os outros fins de semana, eu não tinha nada planejado. Minha vida não tem sido muito emocionante nestes últimos meses, eu tenho trabalhado e saído com o Peter de vez em quando, Peter era a única pessoa que queria sair comigo de bom grado, além de talvez a minha mãe e a minha irmã.

Decidi enviar uma mensagem para ele e perguntar se ele tinha planos para esta noite, eu não estava com vontade de ficar sozinha hoje, embora eu tenha me acostumado com isso; alguns minutos depois, recebi uma ligação de Peter e atendi o telefone.

Be Mine (natasha/you) Onde histórias criam vida. Descubra agora