Meu coração estava palpitando forte em minha garganta, enquanto a Sra. Romanoff me seguia até o banheiro, eu continuava lembrando a mim mesma de respirar e agir como se isso não fosse nada demais. Eu só não podia deixar a Sra. Romanoff saber sobre o efeito catastrófico que ela tinha sobre mim.
O banheiro feminino ficava no andar de baixo e o tempo todo a Sra. Romanoff me seguia em silêncio, ela estava caminhando alguns passos atrás de mim, mas já era o suficiente para eu sentir a sua presença. Uma vez que finalmente chegamos ao primeiro andar, eu me virei, esperando por ela, meu coração ainda batia frenético e para completar, agora as minhas pernas estavam tremendo. Por outro lado, lá estava, Natasha Romanoff, parecendo confiante como sempre, nenhuma preocupação aparente, o quão frustrante era aquilo?
Eu não tinha certeza do porquê eu estava esperando ela em primeiro lugar, mas eu senti a necessidade de o fazer. Não importa quantas vezes eu dizia a mim mesma que a Sra. Romanoff não queria ter nada a ver comigo e que eu deveria só esquecê-la, eu ainda sim senti que ela queria que eu esperasse por ela essa noite.
Esse sentimento era diferente das outras vezes, essa era a primeira vez que eu sentia como se ela estivesse realmente me vendo, ou pelo menos eu pensava que sim. Eu não sabia dizer ao certo se era só eu, mas nós duas sendo as únicas aqui, ambas vestidas chiques e a tensão mais do que palpável, estava fazendo essa bomba ou o que quer que fosse, explodir em minha barriga.
Romanoff se mantia parada em minha frente e tinha duas coisas que eu poderia fazer: eu poderia dizer a ela que não queria ter nada a ver com ela e que eu amava a sua filha, ou eu poderia simplesmente lhe dar as costas e entrar no banheiro, sabendo que ela entraria atrás logo em seguida.
É claro que eu escolhi a segunda opção.
Por um segundo eu tive medo de ter interpretado errado suas ações e ela só precisava mesmo usar o banheiro, mas esse não era o caso de forma alguma. Eu estava de costas para a porta quando a Sra. Romanoff a trancou, antes de eu escutá-la fazer seu caminho até mim. Uma vez que ela parou atrás de mim, a única coisa que me permitia manter sã no momento, era ambas as nossas respirações pesadas. Um pequeno sorriso brotou em meu rosto, sabendo que ela estava tão afim de fazer isso quanto eu, apesar de que ela mal me tocava, ela estava só ali, parada atrás de mim, provavelmente se aproveitando do fato de que eu seria a primeira a ceder.
Ela e seu orgulho estúpido...
Eu me virei e a encarei, ela não parecia tão alta agora que eu também usava salto alto, meus olhos focaram seus lábios e eu não desejava nada mais do que beija-lá bem aqui, agora, e provavelmente depois disso, arrancar todas as suas roupas, mas vamos devagar. Antes de fazer isso, eu comecei a me perguntar se era isso mesmo o que eu queria, porque uma vez que meus lábios tocarem os lábios dela, eu vou estar traindo a minha namorada, com a sua mãe, enquanto ela estava lá fora, saboreando a sua sobremesa. Ou eu já havia a traído? Eu não tinha a certeza se sonhar e fantasiar sobre outra mulher enquanto estando em uma relação contava como traição, mas fazia sentido pra mim.
— Você não faz idéia do quanto eu quero arrancar esse seu vestidinho vermelho. - a Sra. Romanoff sussurrou em meu ouvido e isso foi o que me custou para continuar e tomar a horrível decisão de trair a minha namorada.
Eu envolvi meus braços em volta de seu pescoço e colei meus lábios nos dela, antes que eu pudesse prever, ela me ergueu e me pressionou contra a parede gelada do banheiro. Eu quase senti que iria colapsar quando os lábios da Sra. Romanoff tocou meu pescoço e passou a depositar beijos calmos e molhados, se não fosse por ela me segurando. Mesmo que eu nos braços dela, parecia como se fosse tudo um sonho, coisa da minha imaginação fantasiosa, eu sabia que era errado e que eu tinha que parar logo, então antes de encerrar, eu segurei firme em seu rosto e trouxe seus lábios de volta aos meus e deixei minhas mãos descansar nos fios ruivos de seus cabelos na nuca enquanto eu tentava o meu máximo ignorar o rosto da América surgindo sem parar em meu subconsciente.
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Be Mine (natasha/you)
FanfictionS/N está namorando América Hill C. Romanoff a algum tempo, tendo isso em mente, ela decide que está finalmente na hora de dar o próximo passo: conhecer a sua família. Não tendo a certeza do que pensar sobre a atenção a mais que a Sra. Romanoff tem d...