Capítulo 37 - Missed call

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            Sabe a parte mais louca de alguém vir lhe jogar a verdade na sua cara? É que quase cem por cento das vezes você sabia que tinha algo estranho, mas por algum motivo muito estúpido você se nega acreditar, e o pior é que você bate no peito para dizer a todos que eles estão errados, quando na realidade você é o enganado. Queria ter ouvido a Mel, ela sempre foi a minha maior confidente e a única que se importava de verdade comigo, algo que com o tempo eu também tinha atribuído a Eleonor, mesmo que o seu discurso aparentasse ser apenas um incentivo ao sentimento que eu estivesse no momento, seja tristeza, raiva ou mágoa, como uma forma de aparentar entender o que eu estava sentido.


          Okay, chega disso, eu não quero mais ficar aqui sem ajudar em nada, digo a mim mesmo me levantando do meu sofá, mas antes algo me vem à cabeça; eu não posso ir lá e simplesmente e dizer que eu quero ajudar, não depois da cena que havia feito lá. Resmungo me lembrando da burrada que eu havia feito, eu vou ir atrás de algo que possa ajudar, acho que assim é melhor do que simplesmente aparecer do nada e pedir para ajudar, eu vou precisar provar que eu acredito neles.


           Mas o que eu poderia fazer? Eu ainda estou muito perdido com tudo.... Já sei! A Eleonor deixou a sua mala aqui, já que ela praticamente vivia aqui comigo. Vou até o meu quarto e pegou a mala a colocando em cima da cama, abrindo logo em seguida, procuro desajeitadamente em busca de qualquer coisa útil. Depois de ficar um minuto e meio revirando a mala eu encontro um papel todo amassado e quando eu o pego ele quase se rasga ao meio, dentro dele está escrito " Quando chegar á hora você deverá estar neste lugar, e se o meu telefone não estiver funcionado, aqui também vai estar o telefone fixo do lugar, e não ligue se não for algo que valha a pena" e logo abaixo como estava informado no papel continha um endereço e um número de telefone que me era estranhamente familiar.


         Debatia internamente se eu deveria ligar ou não, sem dúvidas a resposta mais coerente seria não, porém tem algo que me diz para ligar, algo totalmente irracional e ainda sim eu não consigo tirar isso de minha mente. Quase inconscientemente eu me vejo pegando o meu celular e discando o número do papel, espero alguns segundos para ver se alguém me atende e desligo apenas quando noto que no verso do papel tem outra coisa escrita, e dessa vez com uma caligrafia diferente da outra.


{Não estou muito afim não, que tal procurar outro capanga?}


        Não acho que a Eleonor tenha gostado muito do tom zombeteiro da resposta, por isso a raiva ao guardar o papel. Beleza, acho que isso possa ser útil, mas ainda falta uma forma de ir até eles, não tenho um carro aqui e eles iriam me odiar ainda mais se eu fosse até lá de Uber, afinal eles estão tentando ficar escondidos, porém ainda posso fazer isso até metade do caminho, só que ainda vai faltar a outra metade. Bom, acho que eu vou ter que alugar uma bicicleta,é bem mais barato e eu vou conseguir pagar.

...

"Todos prontos? Não podemos esperar muito, não sabemos quando ela vai voltar " Jon questiona a todos do recinto, tomando as rédeas da operação.


"Eu vou junto! "Melissa exclama entrando na sala com uma mochila pendurada em suas costas.


"Nem pensar ! " Jon e Chyler negam em sincronia, mas pelo o olhar da mais nova isso não parecia sequer ser uma cogitação.


"E quem disse que isso estava em negociação? Eu vou sim, isso é algo que eu quero participar, quero ver isso se encerrando em primeira mão" ainda que um pouco receosos todos aceitam, afinal ela merece isso e havia forma deles negarem isso a ela.


" Só peço que não se esgote, você ainda precisa de repouso " Jon solicita e todos concordam com mesmo, sem dúvidas a saúde dela era algo a se atentar.


" E depois disso tudo a senhorita vai ter que acompanhar um psicólogo, você precisa ter com quem desabafar, aconteceu um monte de coisas e você precisa se situar nessa sua cabecinha " Chyler exige se aproximando e apontando seu dedo para a cabeça de Melissa no final, que embora não quisesse aceita a condição um pouco relutante.


          Com tudo pronto o grupo vai para o estacionamento do motel, como dois carros três foram em direção ao carro cinza (Jon, Katie e Dani). e as outras duas para o carro preto , que vão seguindo o primeiro carro, pois apenas Jon sabia o caminho corretamente.


          Sendo um caminho um pouco longo demorou 1 hora e meia, já havia anoitecido e com medo da Eleonor ter voltado ambos os carros estão com o farol desligado, Chyler e Jon com muito cuidado estacionam na parte de trás da enorme residência locada por Eleonor. Um a um vão saindo do carro, tomando precaução para não baterem a porta forte demais, e partem em direção a porta dos fundos para entrarem na casa.


           A casa estava impecável, com móveis modernos e de última linha, os pisos de madeira todo encerado e brilhoso, as paredes abarrotadas de pinturas rudimentares, a princípio uma casa normal, mas Jonathan sabia onde encontrar as evidências perfeitas para acabar com tudo de uma vez por todas.Indo em direção a cozinha seguindo Jon, eles encontraram um velho tapete todo desgastado, que Jonathan rapidamente puxa revelando um alçapão que ele logo trata de abrir com um martelo que ele trouxe em sua bolsa, com o cadeado quebrado e o alçapão aberto eles continuam seguindo caminho.


             Ao chegarem no fundo do corredor eles se deparam com uma sala com várias fotos interligadas, prateleiras cheias de caixas e uma mesa totalmente abarrotada de papéis, provavelmente Eleonor tinha segurança de que ninguém chegaria ali sozinhos, ela não contava que um dos seus iria lhe trair, afinal possuía um arsenal perfeito de chantagem.


          Cada um dos cinco foi para um canto, olhando tudo o que fosse importante para levar Eleonor a cadeia, Melissa foi diretamente para a mesa no centro da sala, enquanto Katie, Dani e Chyler vasculhavam as caixas nas estantes, no entanto Jonathan ainda olhava atônito para as fotos interligadas, mais especificamente para sua foto que se interligava com outra foto, dessa vez com duas jovens que usavam um cordão, JCM estava cravado neles assim como no dele que ele usava com tanto apreço, mas as ligações não acabava ali essa mesma foto estava ligada a uma notícia que reportava o descobrimento de dois corpos encontrados sem vida em um lago.


           Jon tinha acreditado tão piamente que as suas irmãzinhas ainda estavam vivas e doeu tanto saber que isso não era verdade, afinal de contas fora este o motivo inicial de ajudá-los a deter Eleonor, ele achava que iria salvá-las das garras da mesma , sem contar que ele se sentia muito mal por ter colocado a Melissa na mira da Eleonor, quando por birra e ciúmes na época ele zombou da mesma dizendo que a loira iria arrancar o seu amado Chris, antes disso ela parecia nem ligar muito para a jovem, muito provável que achou que seria algo apenas momentâneo e Chris logo iria esquecer da garota.


          Como o mais velho estava tão absorto em sua melancolia que não escuta o velho telefone tocando em cima da mesa que Melissa estava vasculhando. Surpresa com o acontecimento, como os outros que estavam perto das estantes, Melissa argumenta consigo mesma se ela deve atender ou não, por que uma parte sua está clamando para que ela atenda, e quando ela havia decidido que sim, o telefone para de tocar, causando um grande suspiro coletivo.


CONTINUA...

Eai, como vocês vão?😁

         O Próximo capítulo muito provavelmente será o último, ou talvez seja o penúltimo, mas não vai passar disso. E com isso dito eu tenho uma perguntinha para vocês; vocês gostam de ler imagines? Eu penso em começar a me programar para escrever um após o término de NFM. Mas me digam, o que vocês achariam disso?

Never Forget Me - MelwoodOnde histórias criam vida. Descubra agora