CAPITULO 3

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Helena

Depois daquele dia tem sido uma loucura, papai está bravo por qualquer mínimo detalhe então evito o vê-lo para não sobra para mim, não consigo tirar Lucerys Moureis da minha cabeça acho que estou ficando louca, mas preciso focar no trabalho tem muito a que se fazer.

Depois de um dia cansativo saio da empresa irei de metrô, não sei dirigir caminho pelas ruas de Nova York passo em uma lanchonete e compro o jantar. 

A estação do metrô não fica muito longe daqui.Chego à estação e desço as escadas para ir para a minha plataforma, mas antes passo para ver meu amigo.

- Senhor Rollin eu trouxe o jantar.

Digo me sentando no banco ao seu lado.

- Estava esperando por você criança.

Senhor Rollin diz ele mora aqui na estação já faz três anos sempre venho de metrô então sempre trago o jantar.

- Obrigada criança.

Ele diz recebendo minha sacola, sua mão toca na minha e vejo que ele está com frio e percebo que o senhor Rollin está sem seu casaco.

- Onde está seu casaco, Aqui está frio.

Digo olhando para ele que vira o rosto e vejo um hematoma em seu rosto e já entendo tudo ele deve ter se metido em outra briga isso sempre acontece.

- Senhor Rollin...Digo.

- Não se preocupe comigo Helena, ficarei bem.

Ele diz pegando minha mão coloca minha sacola no chão ao seu lado e seguro suas mãos.

- Espera aqui por mim voltarei logo.

Digo saindo antes que ele me impeça, saio da estação atrás de uma loja para comprar um casaco.

 Atravesso a rua e antes que chegue à calçada algo sinto um impacto em meu corpo e me entrego à escuridão.


Acordo sentindo uma dor forte em minha cabeça, não me lembra do que aconteceu sinto meus joelhos arde abro meus olhos ao poucos, onde eu estou?, Tento me sentar mais meu corpo todo dói me sento aos poucos e coloco minha mão em minha cabeça que não para de doer, observo em minha volta, mas não enxergo nada, onde está meus óculos tateio minhas mãos pela a cama o procurando.
- Procurando por isso.
Ouço uma voz, meu deus eu conheço essa voz, sinto minha boca ficar seca minha respiração se acelera me mantenho sentada.
Ouço passos se aproximar em seguida sente o colchão afundar, sinto seu cheiro, meu deus é o cheiro dele, sinto ele toca meu rosto e rapidamente me afasto e bato minhas costas na cabeceira.
- Calma Helena.
Sua voz sai baixa, vejo tudo desfigurado quase não consigo respirar, sinto seu toque em meu rosto meu corpo todo trava meu deus o que ele está fazendo, fecho meus olhos e sinto algo pousar em meu rosto, abro os olhos e consigo enxergar tudo a minha volta, e na minha frente está à pessoa que eu menos esperava, mas que não saia dos meus pensamentos, Lucerys Moureis.
- Melhor assim.
Ele pergunta olhando em meus olhos, não consigo racionar meu apenas balanço a cabeça fazendo sim, ele me olha Lucerys realmente me olha.
- Seus olhos.
Ele sussurra tentando dizer algo sinto sua mão tocar minha perna e me encolho abraçando meus joelhos.
- Onde eu estou? O que aconteceu?.
Pergunto com medo e alarmada, vejo suas afeições mudar para raiva.
- Gostava mais de você quando não falava.
Ele diz bravo me encolho mais com medo.
- Eu quero ir para casa.
Digo segurando o choro.
- Meu motorista bateu em você, você desmaiou e eu não sabia para onde levá-la.
Ele diz calmo.
- Para um hospital.
Digo alarmada.
- Você só desmaiou, não seja dramática Helena.
Ele diz se levantando Lucerys está de terno ele é tão lindo, merda foca Helena você precisa sair daqui você está na casa de um estranho, digo para mim mesma tento me levantar.
- Não se levante, vou limpar seus joelhos.
Ele diz de costa para mim, o que ele está fazendo, ele está bebendo vejo Lucerys pegar um copo com bebida encima de uma mesinha, me ponho de pé e me sinto tonta.
- Não obrigada, preciso ir para casa.
Digo tentando andar, mas sinto dor em meus joelhos levando um pouco meu vestido e vejo sangue em meus joelhos.
- Merda.
Falo mal baixinho.
- Que boca suja Helena.
Lucerys me dá um susto ele está atrás de mim, sinto sua mão fecha em meu braço.
- Eu mandei você não se levantar.
Ele diz com sua voz grave, sinto terror se apossar de meu corpo.

IMPERFEIÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora