CAPITULO 32

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HELENA

Estamos na estrada ouço uma viatura sinalizar rapidamente encosto carro, Hellen dorme tranquilamente no banco de trás em sua cadeirinha.

- Boa tarde.

Digo para o policial que aparece ao lado da porta do carro.

- Documento do carro e da senhora.

Ele exige, merda mil vezes merda.

- Creio que não será possível senhor, eu esqueci em casa.

Minto, meu Deus o que irei fazer agora.

- Esse bebê é seu?

O policial aponta para Hellen que dorme.

- Sim senhor.

Minha voz falha ele me olha como se estivesse desconfiado.

- Se retire do carro por favor.

Ele ordena.

- O que, por que?

Pergunto apreensiva.

- Já mandei se retirar do carro.

Ele esbraveja apoiando a mão em sua arma, levanto as mãos para cima e saio do carro.

- Se incline e ponha as mãos no capô do carro.

Ele ordena ríspido.

- por que está me tratando dessa forma, eu não fiz nada.

Digo fazendo o que ele manda, minha preocupação está em Hellen, sinto suas mãos em meu quadril ele está me revistando.

- Uma mulher não deveria fazer isso.

Digo com medo, sinto sua mão aperta meu peito meu corpo entra em transe me viro e acerto um tapa em seu rosto, rapidamente sou arremessada contra o capô com força, ele bate meu rosto no capô, sinto ele algemar minhas mãos.

- por que está me prendendo.

Pergunto alarmada, o mesmo me coloca dentro da viatura.

Minha filha.

Grito, o mesmo pega meu bebe e o coloca no acento da frente.

Agredir um policial é crime senhora.

Ele responde com raiva.

Apalpar uma mulher também é.

Chegamos à delegacia, o desgraçado me colocou em uma cela, não sei onde está minha filha.

Eu exijo ver minha filha.

Digo com raiva para o policial que me prendeu.

Você não exigir nada aqui.

Ele diz com raiva.

Tenho direito de fazer uma ligação, e você nem mesmo pronunciou meus direitos quando me prendeu, isso pode anular minha prisão.

Digo com calma, o mesmo me olha surpreso.

Eu conheço a lei, posso citar o livro agora mesmo se quiser.

Digo o desafiando.

Não será preciso, alguém já pagou sua fiança e está vindo busca-la.

Ouço outro homem se pronunciar, graças a deus senhor Jack irá vim me buscar.

CINCO HORAS DEPOIS.

Não sei quantas horas se passaram nesse inferno, já gritei para que eles deixem alimentar minha filha, mas eles não permitem, ando de um lado para o outro na cela, por que senhora Jack está demorando tanto.

Eu quero ver minha filha.

Grito me agarrando nas grades.

Quietinha aí.

Um guarda diz, raiva me consome e chuto a grade, volto a andar de um lado para o outro na cela.

Sempre tão impaciente.

Ouço uma voz vindo do lado de fora da cela, meu corpo paralisa minha boca fica seca, conheço essa voz, essa maldita voz.

Olá Helena.

Viro minha cabeça lentamente até encontrar os olhos do monstro que tentei fugir esse tempo todo, ele me encontrou e tenho certeza que irá fazer da minha vida um inferno. 

IMPERFEIÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora