CAPITULO 29

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HELENA

 Acordo com a claridade em meu rosto, abro os olhos lentamente e vejo que não estou mais no hospital, olho para o relógio na parede e vejo que já é meio dia, merda onde eu estou dessa vez, vejo que estou em um quarto, a uma varanda linda e enorme vejo flores e algumas também decoram o quarto, me encosto na cabeceira me sentando aos poucos finalmente consigo sentir meu corpo.

- Se sentir melhor?

Tomo um susto com a voz de Lucerys.

- Estou começando achar que você tem um fetiche bem estranho em sedar e drogas as pessoas, sou sua primeira vítima ou aqui tem um porão com mulheres no meu estado.

Acabo fazendo piada do meu estado, agora realmente posso confirma, eu estou louca, Lucerys caminha em minha direção e senta na cama ao meu lado, meu corpo trava e não consigo olhar em seus olhos.

- Você é minha primeira vítima.

Ele diz com um pequeno sorriso.

- Por que isso me impressiona.

Digo com um sorriso se formando em meus lábios.

- Sempre gostei dos seus olhos.

Agora percebo que pela primeira vez estamos de fatos nos olhando nos olhos.

- Estranho você dizer isso, da última vez você disse que eu deveria aceitar a caridade que fez por min ao me dar um orgasmo, disse que com a minha aparência duvidaria muito de alguém me querer, não acredito em nada que sai da sua boca Lucerys.

Limpo uma lágrima solitária que desliza pelo meu rosto.

- Não era verdade.

Ele assume me deixando surpresa.

- Isso não importa mais Lucerys, o que você fez comigo...

Tento dizer mais o choro que estava se acumulando dentro de mim finalmente o coloco para foro, abraço meus joelhos choro tanto que meu corpo estremece aos pouquinhos.

- Do jeito que você me estuprou na frente daquelas pessoas....

Choro mais ainda me lembrando de tudo.

- Ou quando você me drogou naquela noite e abusou de mim pela primeira vez você me filmou e mostrou para o meu pai...

Digo soluçando várias vezes.

- Das vezes que você me bateu...

Cobro meu rosto com minhas mãos.

- Eu sei Helena, espero que um dia você possa me perdoar.

Ele diz baixo.

- O que você fez comigo não tem perdão, eu jamais irei te perdoar, prefiro a morte a esquecer de tudo que você fez comigo.

Grito para ele com raiva.

- Saia me deixe sozinha.

Digo com calma, Lucerys apenas se ponha de pé e sai me deixando sozinha, podia jurar que vi tristeza em seu olhar mais foi não breve que se quer existiu.

Depois que Lucerys saio do quarto decido tomar um banho, preciso sair das mãos deles preciso ser livre não vou conseguir minha liberdade se ficar parada sem fazer nada, deito na cama e me lembro de quando era criança posso sentir o cheiro de panquecas minha comida favorita, sinto minha boca salivar só de pensar, saio da cama e vou até a varanda ela é bem baixa se eu quisesse sair conseguiria fazer isso facilmente mais e se eu pulasse....

Tento calcular a altura da varanda para o chão e como percebi não é tão alto, subo no parapeito da varanda e observo que lá embaixo tem um monte formado de folhos.

- É agora Helena.

Digo para min mesmo me encorajando, sem pensar duas vezes pulo me jogando encima do monte de folhas que graça aos deuses amorteci minha queda, vejo que não tem segurança do lado de fora da casa, casas ou mansões uma mais linda que a outra, foco Helena mantenha o foco repito para min mesma, corro o mais rápido que posso me distanciando da casa onde estava para minha sorte ninguém me viu.

Depois de sentir que não posso correr mais decido parar já estou bem distante daquela maldita casa, tão distante que estou em uma estrada no meio do nada, aceno para vários carros mais nenhum para, quando finalmente penso em desistir um caminha para ao meu lado.

- Quer carona?

Um homem gordinho ele aparenta ser um senhor de idade.

- Sim por favor.

Digo aliviada e entro dentro do caminhão sem pensar duas vezes, o homem finalmente depois me analisar coloca o caminhão para se movimentar.

- Onde quer descer?

Ele pergunta mantendo o olho na estrada.

- Até onde o senhor vai?

Pergunto com medo estou tão assustada mais finalmente fugir daquela maldita vida.

- Estou indo para casa.

Ele diz desconfiado sinto algumas lágrimas deslizarem pelo meu rosto.

- Por favor, eu vivi um inferno só quero sair daqui eu não tenho ninguém, então onde o senhor me deixar irei lhe agradecer muito.

Digo chorando ele me fita por um bom tempo e volta a olhar para estrada.

- A viagem vai ser longa criança.

Ele diz sério.

- Mais creio que minha família ficará feliz em saber que levo a filha de um amigo falecido.

Ele diz com um pequeno sorriso e pisca o olho para min, respiro aliviada.

- Muito obrigada.

Finalmente estou livre. 

IMPERFEIÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora