Aqui, somente imagines com personagens fictícias FEMININAS. Apenas mulheres e/ou pessoas com a maior parte de suas características sendo femininas (não desmerecendo gênero algum).
Iludam-se à vontade, a vida serve para isso!
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S/N, filha de Ohiman, rei de Gamonan - um reino que eu pensava ser eterno, mas que já caiu há muito tempo.
O egocentrismo me arruinou, ele sempre nos arruina.
Eu era herdeira do trono e para ele eu pensava que já estava pronta. Acha mesmo que estava? Hoje sei que não. Fui uma tola, uma completa tola. Mas meu nome ecoava pelas multidões e eu me sentia em pura euforia. Eu era reconhecida, não existia medo em meu coração quando entrava no campo de batalha e ficava frente a frente com meus inimigos - isso reconheço, nunca tive esse medo.
Mas a certeza que eu sempre tinha era que a guerra traria soluções, não importasse o problema. Ela sempre resolveria.
A arrogância é o veneno dos corações.
Fui julgada como uma criança cruel e gananciosa. Mas meu pai foi um velho ignorante, porque ele também pensava que eu estava pronta. Consegue compreender isso? Ele pensava que eu poderia subir ao trono e reinar, mesmo sendo tão cruel. Ele sabe que foi um tolo, não importa onde esteja agora, milhares de anos depois de sua morte. E ele me julgou, em frente ao seu povo, usando as mesmas palavras que usei para se referir a mim. Ele falou tudo. A honraria que era ser princesa de Gomonan não me era merecida. Eu havia trazido guerra e somente isso para reinados pacíficos, trouxe tristeza para onde havia alegria, trouxe miséria, discórdia, conflito.
Assim, fui banida de meu reino. Não entendo o que meu pai queria me deixando desamparada, realmente não sei. Sinto que era para ser uma lição, mas também sei que ainda não a aprendi. Talvez um dia eu aprenda, mas já não quero que mais dias se passem.
Eu não sabia o que fazer, havia perdido tudo. Minha honra, minha dignidade, meu título.
No tempo que estive fora, minha mãe foi morta pelas mãos de um elfo e meu pai faleceu de algum modo, que ainda hoje não reconheço, pois não estava lá.
Eu achei... realmente achei... que poderia ser forte, resistir a tudo e a todos, mostrar a meu pai, passar por cima de minha vergonha. Então, quando voltei à Gamonan e Sauron - digo, sim, o seu nome, pois já estivesse muito tempo perto dele para temer apenas seu nome -, quando ele me ofereceu um dos nove Anéis, senti que eu poderia resistir ao poder destrutivo deles.
Envenenei-me com a minha arrogância e presunção.
Aceitei a proposta.
Quando coloquei o Anel em meu dedo, nada aconteceu. Pensei que eu estava certa, afinal - assim como os outros reis também pensaram. Eu era a nona, tendo subido ao trono de Gamonan.
Não vou dar detalhes de como cheguei ao fundo do poço, de como fui destruída aos poucos até me tornar o mal que serve a Sauron. Dói ainda agora, descrever todos os dias agonizantes que tive em vida seria como cravar uma adaga no meu coração.
