Aqui, somente imagines com personagens fictícias FEMININAS. Apenas mulheres e/ou pessoas com a maior parte de suas características sendo femininas (não desmerecendo gênero algum).
Iludam-se à vontade, a vida serve para isso!
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Amigas...
Amigas.
Amigas!
"Amigas, porra!"
Aquela palavra ficava se repetindo dia após dia, segundo após segundo. Em sonho, em pensamentos, em pesadelos e em lembranças. E, para meu desgosto, sei que ela não se repetia apenas para mim.
"Já não deixei óbvio? Já não deixei claro, caralho?"
— Você não tem vergonha?
— E do que eu teria vergonha?
— Ficar batendo na minha porta assim no meio da madrugada, em uma tempestade, para insistir em uma besteira!
Abrigada do lado de dentro, eu bloqueava o caminho daquela que já havia entrado na minha casa mais vezes do que eu podia contar. Enquanto observava Leah encharcada dos pés à cabeça pela chuva fodida do lado de fora, eu não podia deixar de ficar furiosa, ofendida e extremamente magoada. Minha melhor amiga desde que eu podia me lembrar estava na minha frente pela milésima vez para falar a mesma coisa também pela milésima vez, a porra do seu rosto bronzeado tão tranquilo que fazia seu sangue ferver, os olhos escuros fixos nos meus como se fossem as única coisas no mundo que eles gostariam de ver.
Como Leah podia se dignar a tentar com todas as forças estragar a nossa amizade daquela forma e agir como se tudo aquilo fosse mais do que certo?
— Não, não tenho, S/N — Falou séria, se aproximando mais, seu cabelo escorrendo água violentamente e molhando o tapete e o piso da entrada. Firmei-me ainda mais os braços no batente da porta, o corpo rígido e a expressão fechada — Eu te amo.
— Não estrague tudo falando essa merda — Grunhi, os dentes rangendo. E antes que Leah pudesse entrar mais, a empurrei para fora e fechei a porta com força, trancando.
"Amigas."
Seth me convidava para a praia, eu não aceitava. E mais 10% de raiva da Leah crescia dentro de mim por fazer eu me afastar do garoto que eu praticamente criei.
Deitada na cama, todas as noites eu gritava contra o travesseiro. Eu queria estraçalhar a fronha, socar a parede, quebrar a porta, gritar e chutar o chão. Mas era noite e todos estavam dormindo. E mesmo de dia eu não podia.
Vadia.
Sue me convidava para almoçar na sua casa, eu não aceitava. Mais 30% de raiva por me fazer ficar longe da mulher que me viu crescer.
