Interações: Freya (O Caçador e a Rainha do Gelo) X Leitora
Pronome: feminino (ela/dela)
Tema: Drama
Contagem de palavras: 600
Me desculpem pelo tamanho reduzido e pela história não tão aprofundada, uma história bem genérica, mas eu não ando no pique para escrever ultimamente. Entendam.
Em outro momento eu faço um melhor da Freya.
Diz-se que nunca deve-se julgar quem amamos, pois o amor que não é cego não é amor. Mas a verdade é que todos sabem que tudo tem limites, mesmo a cegueira da paixão mais forte.
Freya sentiu seu coração doer quando passou pelas grandes portas duplas e encontrou a pobre moça esperando-a com flores nas mãos. Como se ela merecesse tudo aquilo. Como se o amor pudesse ser dela e apenas dela, como se ele valesse a pena. E, com o grande sorriso radiante que se formou ao ver a rainha gelada se aproximando, Freya se questionou se realmente não valia mesmo.
— Olá, amor.
Outra pontada em seu coração. Cada palavra era uma poesia nos lábios da moça; ela não a chamava pelo nome, apenas de amor. Tão doce quanto o açúcar mais puro, sem repunar.
Contudo, nem todos têm o mesmo desejo ou a mesma moral, e quanto mais S/N dava, menos Freya precisava. Observava os olhos brilhantes de S/N e a mão que sempre procurava a sua e sentia-se devastada pelo que sabia que viria.
Um coração partido tão jovem...
— Você parece feliz, irmã.
O dourado de Ravenna refletia no gelo branco de Freya, e a mais nova podia apenas permanecer sentada e observar a irmã andar pela sala.
— Pareço?
— Sim — Ravenna a encarou e Freya teve a impressão que podia ver sua alma — Está radiante desde que aquela mulher chegou aqui.
Nos poucos segundos que teve para pensar, Freya pensou na quantidade de vezes que havia sorrido desde que S/N chegou. Perdeu a conta há muito tempo. Então lembrou das pinhas que S/N recolhia e guardava, pois adorava colecioná-las. E disso, veio outras várias lembranças, tudo em menos de cinco segundos.
— Parece certo.
— Mas você sabe que não é.
A voz de Ravenna ecoava pelo lugar enquanto rondava a irmã.
— Eu sei...
— Ela é errada para você. No dia em que você partir, e você vai, ela vai desejar nunca ter te conhecido.
O hálito gélido saiu dos lábios de Freya junto a um suspiro profundo.
— Eu sei.
Tocando o queixo de Freya com a ponta dos dedos, Ravenna olhou fundo em seus olhos.
— Porque ela não parece feliz.
Não importava de quem fosse a culpa, simplesmente não importava. A verdade era que o sofrimento adorava a solidão, essa era a regra mais básica de todas. E para quem já está acostumado ao sofrimento, a solidão é a única solução, é um calmante.
— O que quer dizer, Freya?
— Não é sua culpa que eu não sou o que você precisa, querida...
— Como sabe disso? Como pode dizer isso? — Segurando suas mãos, se aproximou do corpo gelado da rainha.
Freya olhou além, para as árvores congeladas adiante e o sol que nascia atrás delas. Pareceria tão bonito... junto com os olhos brilhantes com as lágrimas presas à sua frente. S/N era tão bonita.
— Eu sou tudo o que eles disseram que eu seria, amor — Sussurrou Freya, acariciando o rosto da mulher apaixonada.
Então a beijou.
Um último beijo.
Um último toque quente.
Uma última mordida.
Uma última noite. Porque um pouco mais de dor não iria matar um coração tão puro quanto o de um apaixonado. E S/N estava apaixonada, completamente apaixonada. Assim, na cama fria ela deitou, tornando-a quente. Tocou no corpo pálido da rainha mais uma vez e o arrepiou. Satisfizeram-se juntas, unidas uma última vez.
— Feche seus olhos — Disse Freya.
S/N negou, o corpo nu e os olhos cheios de lágrimas, pois sabia que, se atendesse ao seu pedido, a perderia para sempre.
— Por favor, não... Freya...
Com as testas coladas, a rainha roçou seus lábios e observou os olhos s/o.
— Eu te amo... Mas anjos como você não podem voar para o inferno comigo. Feche os olhos.
E quando ela o fez, estendeu a mão e sentiu somente o frio lhe fazendo companhia. Novamente, a solidão.
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𝐒𝐚𝐩𝐩𝐡𝐢𝐜 𝐈𝐦𝐚𝐠𝐢𝐧𝐞𝐬🌈™
Fiksi PenggemarAqui, somente imagines com personagens fictícias FEMININAS. Apenas mulheres e/ou pessoas com a maior parte de suas características sendo femininas (não desmerecendo gênero algum). Iludam-se à vontade, a vida serve para isso!