Aqui, somente imagines com personagens fictícias FEMININAS. Apenas mulheres e/ou pessoas com a maior parte de suas características sendo femininas (não desmerecendo gênero algum).
Iludam-se à vontade, a vida serve para isso!
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O dono de um imprinting, ao longo do tempo longe de seu alvo, começa a experimentar a fraqueza do corpo, o desânimo da mente. Uma alma doente e um corpo que segue seus passos, sofrendo de saudade.
Mas o que fazer quanto a isso? Leah seria tudo o que S/N desejasse, tudo o que ela precisasse. E, assim que o carro saiu do terreno de Sam e Emily, S/N precisava de distância da quileute e desejava a quebra desse laço.
Era o que seu imprinting desejava. O que Leah era obrigada a cumprir. Mas ela tentou - como tentou! - mudar isso. S/N foi internada durante dois dias para tratar do ferimento no rosto causado pelas garras de um enorme lobo branco, nesses dois dias Leah não dormiu. Mesmo com as insistências de Emily, Leah tentou visitar S/N. Parou quando Sam deu a palavra final de alfa, proibindo-a de continuar insistindo.
Era o que o alfa queria. Era o que S/N queria.
Assim, a raiva corroeu Leah, que cada dia que passava se ressentia mais com a matilha, com sua prima e consigo mesma. Não com S/N, nunca com S/N. Ela estava certa, afinal. Arrependeu-se de tê-la questionado sobre a conversa no telefone, se arrependeu de suas palavras, se arrependeu de ter se levantado para segui-la quando ela saiu. E arrependeu-se muito mais de ter cedido à fúria. A imagem de sua namorada caída no chão, com os dedos manchados de sangue e o rosto rasgado coberto pelos cabelos não saía de sua cabeça, como se tatuada por dentro de suas pálpebras.
Era infernal.
— Ela vai voltar, vai te perdoar — Emily murmurou ao seu lado, deixando um copo d'água sobre a mesa.
Emily entendia mais do que ninguém a situação. Ela e Sam. A cicatriz em seu rosto era a prova disso. Mesmo assim, Leah não conseguiu acreditar nas palavras da prima.
— Ela vai — Emily assegurou — E vocês vão voltar, o tempo vai passar e a cicatriz vai ficar. Mas ela vai te perdoar.
Leah havia chorado no dia em que tudo aconteceu, mas, depois disso, parou. A tristeza e o pânico se transformaram em ódio de si mesma e Leah já não encontrou tempo para chorar. No entanto, ali, sentada ao lado da sua prima, sozinhas, ela não pôde segurar e as lágrimas caíram como uma avalanche, seu peito doeu e um som de pura aflição escapou do fundo de sua garganta.
Emily a abraçou, deixando sua cabeça apoiada em seu ombro enquanto sentia as lágrimas quentes molharem o tecido fino da blusa.
— Não vai. Ela não vai.
— Leah, olhe para mim — pediu, erguendo o rosto a prima — S/N está em casa, está sendo cuidada, daqui a pouco já vão conseguir tirar os pontos — aqui, as lágrimas da transmorfa correram mais fortes, lembrando do rosto da S/N — Você precisa voltar para a matilha e continuar vivendo.
